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Notícia

Sindicato dos Atletas do Rio de Janeiro rebate Tite após críticas no jogo do Flamengo pela Libertadores

Por Redação

Foto: Reprodução/FlaTV

Após criticar o calendário do futebol brasileiro na partida entre Flamengo e Bolívar, na última quinta-feira (15), o técnico Tite foi duramente rebatido pelo Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Saferj) na sexta-feira (16).

 

Em comunicado oficial, a Saferj acusou Tite de "falta de capacidade" na gestão dos jogadores e criticou a forma como a comissão técnica administra o tempo de jogo dos atletas. O sindicato também lembrou que, durante seu período como técnico da Seleção Brasileira, Tite nunca se posicionou a favor de mudanças no calendário do futebol brasileiro.

 

"O senhor deveria ter aproveitado seus oito anos no comando técnico da seleção brasileira e ter lutado ou convencido a Confederação Brasileira de Futebol a mudar o calendário. Não recordamos de nenhuma atitude de sua parte neste sentido; em razão de defender jogadores, pois, provavelmente, não era conveniente para você tratar este assunto", afirmou a Saferj.

 

O sindicato ainda alertou que as críticas de Tite podem prejudicar os próprios jogadores: "Que o senhor explique aos seus atletas que, devido aos seus incômodos e falta de capacidade para lhes dar uma consistência de jogo, eles terão que renegociar seus contratos com valores muito menores, já que, por motivo óbvio, as televisões diminuirão, drasticamente, os valores negociados e investidos; e, por consequência, devido a menor exposição, os patrocínios serão reduzidos".

 

Tite havia comentado que o sindicato estava "entregando balinha doce" a respeito de um documento emitido no dia 8, que explicava o motivo da prática de intervalos de 66 horas entre jogos no Brasil. Confira a nota emitida pela Saferj e o documento em questão:

 

"O senhor quando ganhou o Campeonato Brasileiro, com o Corinthians, o calendário era exatamente o mesmo, mas, agora, que suas opções não estão levando seu clube a uma liderança segura, o argumento é conveniente; Sugerimos ao senhor que convença os dirigentes do seu clube a não disputar tantas competições e, por consequência, aceitar negociar valores menores com as empresas que compram as transmissões das competições;


Que o senhor dentro da sua sabedoria encontre uma forma de encaixar tantos jogos com intervalo de 78 horas, principalmente no segundo semestre, que mistura Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores e/ou Sul-Americana;

 

Que o senhor vá à CONMEBOL e os obriguem a mudar o calendário deles, pois este é o gargalo;

 

Que o senhor explique aos seus atletas que devido aos seus incômodos e falta de capacidade para lhes dar uma consistência de jogo que eles, atletas, terão que renegociar seus contratos com valores muito menores, já que por motivo óbvio, as televisões diminuirão, drasticamente, os valores negociados e investidos; e, por consequência, devido a menor exposição, os patrocínios serão reduzidos;

 

Que o senhor, com seu prestígio, lidere movimento junto aos treinadores e atletas pela paralisação do campeonato e nós estaremos juntos nesta briga.

 

O senhor trabalha em um dos maiores clubes do mundo, com uma estrutura extraordinária, com um ELENCO numeroso, formado por jogadores fantásticos e mesmo assim não encontra soluções internas para evitar lesões, desgastes e um bom rendimento técnico;

 

Que fique bem claro, o Sindicato nunca foi a favor de jogos abaixo de 78 horas, mas, devido ao excesso de competições e a necessidade permanente dos clubes de jogarem mais vezes, para melhorar suas receitas, fizemos o acordo que definiu que: o atleta não pode jogar com intervalo menor do que 66 horas. O clube, se assim quiser, pode jogar todos os dias;


Senhor Tite, não tente colocar o Sindicato como vilão de um problema.

 

Aja! Atue! Lidere! Se quiser, sem palavras ao vento, de fato paralisar o Campeonato, conte conosco".