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Giovanna Heliodoro e Bielo Pereira lançam o “Trans Baile” em Salvador com coquetel para convidados

Por Alexandre Brochado

Fotos: Genilson Coutinho

As influenciadoras digitais Giovanna Heiodoro e Bielo Pereira realizaram na noite desta terça-feira (31) o lançamento do “Trans Baile”, evento que contempla baile e premiação com o propósito de dar maior protagonismo ao universo trans e acontecerá no mês de junho. O coquetel de lançamento aconteceu no Fera Palace Hotel, localizado na Rua Chile, em Salvador. 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, as idealizadoras do evento falaram como surgiu a ideia do “Trans Baile”. “O evento e a iniciativa por si só surge da necessidade da gente tornar o mês de janeiro evidentemente importante, não só para a nossa comunidade trans e travesti, mas também importante para todas as pessoas de uma forma geral. O que a gente busca é que as pessoas tenham conscientização, como já tem no mês de junho, que é o mês da visibilidade LGBTQIAP+, o mês de janeiro é também, de alguma forma, o que se evidencia a luta da comunidade trans e travesti”, explicou Giovanna. 

 

 

De acordo com Bielo, a escolha pela capital baiana para o lançamento do evento se dá ao fato da cidade ser o berço histórico da transexualidade e da travestilidade no Brasil. Bielo contou que registros do Santo Oficio do século XVI apontam Xica Manicongo como a primeira travesti da história do país, que foi trazida da África para o Brasil como sujeito escravizada e viveu na cidade de Salvador. 

 

“Esse projeto não só vai transformar a história da nossa comunidade, como também vai mudar como o Brasil enxerga esse mês. Vamos ter uma premiação que não vai só premiar pessoas da nossa comunidade, como vai premiar o mercado porque isso é muito importante, visto pela nossa ótica e não uma ótica de terceiros. Tudo isso vai celebrar nossa vivência e a nossa existência”, afirmou Bielo. 

 

 

Ao BN, a baiana Léo Kret destacou a importância do evento: “Tudo quando se fala de transgênero eu acho importante porque estamos no país que mais mata pessoas LGBTQIAP+ no mundo, principalmente o estado da Bahia, no qual eu moro e vejo a dificuldade que é viver em um estado tão preconceituoso. Então quando se fala em eventos para pessoas trans fico muito feliz porque há 20 anos atrás a gente não via isso. Vim como uma das primeiras artistas transessuais dançando e cantando em banda de pagode e sei que há 20 anos atrás era mais dificil”.  

 

Uma das personalidades presentes no evento, Paolilo citou a necessidade sentida pelo público da comunidade de uma premiação que mostrasse a relevância delas. “A gente tem uma necessidade de festas mais plurais, não essas festas tão nichadas para o homem [cisgenero]. Quando apresento a proposta de um paredão ou quando a Bielo vem com essa ideia do Trans Baile é incrível esse movimento porque mostra que todas as identidades merecem espaço”, declarou.