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Amor de novela na vida real: Um casamento arranjado por Santo Antônio

Por Ana Clara Pires

Foto: Reprodução

O dia 13 de junho, também conhecido como hoje, celebra o dia de Santo Antônio, cuja fama de casamenteiro corre a léguas de distância. A data foi eternizada menos de um ano após a morte do apóstolo, que faleceu de um quadro de Hidropisia (acúmulo de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo). 

 

Segundo o padre Ronaldo Marques, da Paróquia de Santo Antônio Além do Carmo, a principal característica do casamenteiro é o amor. “Santo Antônio é um santo que é muito amado de modo muito particular no Brasil e na Bahia. Uma das características que marca Santo Antônio é o amor e carinho que ele tinha pela palavra de Deus. Sobretudo, baseado na misericórdia que é o amor de Deus para conosco”, afirmou o pároco.

 

Há quem diga que o santo é responsável também por causas impossíveis - calma, Santo Expedito! - no ramo amoroso. Mas antes de apelar para outros interventores junto a Deus, é para Antônio que os pedidos por relacionamentos são encaminhados. Simpatias, rituais ou tradições religiosas: tenta-se de tudo para garantir que o santo escute e atenda os pedidos.

 

A professora de Educação Física, Gabriela Araújo, contou sua história de devoção a Santo Antônio, que resultou em 17 anos de casamento e dois filhos. “Minha devoção a Santo Antônio foi passada por minha mãe, que é devota dele. Muitas coisas em minha vida, acontecem ou na terça-feira - que é dia de Santo Antônio - ou no dia 13, que é a data de Santo Antônio. Inclusive, nosso filho caçula, fez cirurgias no dia 13 e em algumas terças-feiras. E foi pro céu no dia 13 de fevereiro desse ano”, começou Gabriela.

 

“Tive um namoro apenas, antes de conhecer meu esposo, que durou sete anos. Quando esse relacionamento acabou, lembro bem, que estava passando um remake da novela Cabocla, na Globo, e achava linda a história e a música Céu de Santo Amaro. Falei com minha mãe que queria arranjar um amor igual ao dela e do meu pai. Ela me disse que pedisse a Santo Antônio, mas não fizesse a maldade de colocar ele na geladeira. Minha mãe me disse que pedisse a ele porque o que era meu estava guardado”, completou.

 

A professora, que é natural de Valença, contou que em 2006 decidiu morar na capital junto com um primo. Quando chegou a Salvador, Gabriela resolveu implorar para Santo Antônio atendesse seu pedido.

 

"Vi que tinha uma simpatia de colocar uma fita branca, com três palmos e amarrar nos pés de Santo Antônio. Eu fiz, e, dia 08/06/2006, vi Ronaldo, de longe, entrando num ônibus e digo que foi uma paixão à primeira vista, que não sei nem explicar”.

 

No ônibus, o casal conversou e decidiu trocar os telefones. “Quando foi na segunda, Dia dos Namorados, ele ligou. Mas ainda estava com pé atrás e não levei ele muito a sério. E nisso, continuava rezando minha trezena para Santo Antônio. No dia 13, era Copa do Mundo e marcamos de nos encontrar numa churrascaria, perto de onde morava e combinei com meu primo, dele me ligar a cada 30 minutos porque não sabia quem era aquele rapaz. Aí, conversamos e na hora em que fui pegar o ônibus pra voltar para casa nos beijamos e desde então, não nos desgrudamos mais”.

 

Depois do primeiro beijo, o casal começou a namorar e, em julho de 2008, eles decidiram se casar. “Íamos nos casar no dia 13/12, mas meu pai decidiu que o casamento seria 13/09 e eu só me mudaria depois do casamento. Em três meses, minha mãe organizou, de Valença e eu daqui, o casamento”, contou a professora.

 

Depois do casamento, o dia 13 ainda continuava se mostrando um dia significativo para a família. O casal passou quase 6 anos tentando gerar um filho. A dificuldade de engravidar naturalmente fez com que eles procurassem especialistas para fazer indução ovariana, que não teve sucesso. Segundo a médica, o casal só teria filhos por fertilização in vitro. 

 

“Decidimos que íamos aceitar a vontade de Deus e se fosse da vontade Dele, teríamos nosso filho. Pois bem: dia 03/06/14 fiz um beta HCG que deu negativo. Estava rezando a trezena e sempre pedindo a Santo Antônio que me desse a graça de ser mãe. No início de agosto, estava grávida e a médica disse que a concepção teria acontecido entre 10 e 13 de junho, ou seja, no tríduo de Santo Antônio. Resultado, nosso primeiro filho, que se chama Antonio Francisco, nasceu”, contou Gabriela.

 

No fim, ela contou que seu segundo filho chegou no dia 10/05, sem precisar de tratamento, com o pedido que o primogênito fez para Santo Antônio. ”Antonio disse para Santo Antônio, na trezena, que queria um irmão. Só descobri a gravidez com quase 10 semanas, acredita?”, finalizou.