Ex-funcionária de Gal Costa diz que cantora a proibia de comer no serviço e pede R$ 1,1 milhão de indenização

O nome da cantora Gal Costa está envolvido em uma outra briga judicial, desta vez, iniciada por dois ex-funcionários da cantora baiana que cobram na Justiça os direitos trabalhistas em uma ação que pode ultrapassar R$ 1,1 milhão.

 

Em entrevista exclusiva dada ao Domingo Espetacular, na Record, a secretária do lar Luciana de Souza Santos, e o marido, Ed Wilson, que trabalharam para a artista por cinco anos, relataram as condições precárias que viviam no emprego.

 

Luciana contou ter sido contratada em 2017 com a função de limpar, lavar, passar, passear com os cachorros e cuidar de Gabriel, filho de Gal, que na época tinha 12 anos, e já nessa época, o atraso com o pagamento era frequente.

 

"Me dava R$ 2 mil na carteira e o restante por fora. Isso foi combinado, mas ela pediu a carteira, e ficou lá no escritório dela, na casa dela. [...] Ela ficava dois meses sem pagar, três meses... ou dava um pouquinho em dinheiro e dava outra parte em cheque. Tinha que cobrá-la bastante para pagar, porque ela dizia que esquecia", disse.

 

A ex-funcionária ainda contou que Gal e Wilma proibiam os funcionários de comerem a comida pedida pela família e já chegou a ser repreendida pela artista. "Ela não gostava que eu pegasse feijoada. Ela ficou brava. Era muito humilhante estar com fome e não poder comer".

 

O marido de Luciana foi contratado durante a pandemia para ajudar na mudança de endereço, no entanto, não foram pagos pelos serviços realizados. "Teve um dia que nós dormimos na rua porque não tinha gasolina para irmos embora", afirmou Luciana.

 

Segundo a ex-funcionária, Wilma Petrillo enganava eles na hora do pagamento. Luciana conta que a empresária apresentava comprovantes de depósito bancário por envelope, mas que o dinheiro podia sumir depois. "Eu fui deixando. Quando fui ver, não tinha. Estávamos juntando para pagar nossa casinha", declarou.

 

O advogado que representa o casal já ganhou outro processo trabalhista contra o espólio de Gal em duas instâncias, no valor de R$ 400 mil.