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Sinal de paz: Processo entre Arquidiocese e Irmandade do Senhor do Bonfim será suspenso para nova eleição da mesa diretora

Por Redação

Foto: Reprodução

Uma reunião da Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim realizada na noite desta terça-feira (4) parece ter encontrado um caminho para colocar fim a uma batalha com a Arquidiocese de Salvador que já dura 10 meses. O grupo aprovou por unanimidade uma proposta do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para a realização de nova eleição da mesa diretora da Irmandade. 

 

Com a decisão, os fiéis irão eleger os novos membros e o juiz da Irmandade - o atual ocupante do cargo, Fernando José Maximus Moreira, será o responsável por conduzir o pleito. A expectativa é que até setembro a situação seja resolvida, com a conclusão do processo eletivo. 

 

“Essa gestão atual de Fernando, que tomou essa decisão muito importante de não fazer questão de estar na chapa em prol da paz, está no início, não tem nem um ano. Então, ele está encerrando esse ciclo para que daqui até no máximo setembro seja resolvido. O processo será momentaneamente suspenso para que ele conduza a nova eleição”, explicou o vereador de Salvador e um dos membros da atual mesa diretora da Irmandade, Joceval Rodrigues. 

 

Durante esse período, a ação judicial ajuizada por integrantes da Irmandade do Senhor do Bonfim contra a intervenção na Basílica será suspensa. A intervenção na Irmandade foi decretada pelo Cardeal Arcebispo Metropolitano e Primaz do Brasil, Dom Sergio da Rocha, em agosto do ano passado, ao determinar a deposição de Jorge Nunes Contreiras da função de juiz da Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim.

 

De acordo com Rodrigues, nunca houve antes na história da Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim uma eleição com mais de uma chapa. “Nunca houve uma briga na Irmandade porque sempre teve chapa única. Uma Irmandade de quase 280 anos nunca teve um bate chapa, sempre foi chapa consensual. Então, tendo em vista que é tradição, nós esperamos que em agosto ou no máximo em setembro, foi assim que a procuradora falou, nós já tenhamos uma chapa consensual com integrantes do processo que ficaram insatisfeitos com a intervenção e com também atuais membros da mesa diretora, como eu”, detalhou.  

 

Antes do acordo desta terça, conduzido pela procuradora Cleonice de Souza Lima, foram realizadas duas audiências no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e um terceiro encontro estava marcado para o dia 10 de junho. As audiências foram realizadas pelo desembargador José Barreto. 

 

RELEMBRE O CASO

O processo no TJ-BA foi iniciado após divergências entre o reitor da Basílica do Bonfim, padre Edson Menezes, e a irmandade. O caso se iniciou na Justiça, quando o juiz da Irmandade, Jorge Nunes Contreiras, pediu o afastamento do padre da vaga de capelão da Devoção, estando somente como reitor da Basílica, podendo celebrar missas.

 

Segundo um grupo da irmandade, alguns problemas relacionados à administração do espaço motivaram a ação. Antes, os voluntários da Basílica Santuário da Igreja do Bonfim denunciaram que o reitor do templo, Padre Edson Menezes, estaria sendo perseguido por alguns membros da irmandade da igreja

 

Ainda neste cenário, a Arquidiocese de Salvador nomeou, na época, uma comissão para averiguar os fatos relacionados ao conflito entre o reitor da Basílica do Senhor do Bonfim, o Padre Edson Menezes, e a devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim. 

 

Porém a Justiça acatou depois uma liminar e suspendeu a intervenção na Irmandade do Senhor do Bonfim. 

 

Logo depois, no mês de novembro, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) devolveu a gestão da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim à Arquidiocese de Salvador - deixando para esta a escolha do pároco, ao invés da Irmandade do Nosso Senhor do Bonfim.