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Isaac Carvalho busca acordo com MP-BA para manobra que permite candidatura em Juazeiro; multa seria milionária

Por Mauricio Leiro

Uma reviravolta na política de Juazeiro deve movimentar a base governista pensando nas eleições municipais deste ano. O pré-candidato petista, ex-prefeito da cidade, Isaac Carvalho teria ajustado um acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), para a realização de um acordo de "não-persecução cível", segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias. 

 

Detalhes da negociação apurados pela reportagem apontam que representantes do MP-BA resistiram na confirmação do acordo, porém acabaram cedendo após Isaac ter acionado o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Com certa "pressão", o acordo teria sido firmado, possibilitando a candidatura de Isaac na cidade. Um dos "intermediadores" do diálogo com o MP também teria sido o senador Jaques Wagner (PT), que também deve aguardar a publicação do acordo para tratar sobre o tema. 

 

Isaac Carvalho era, até então, o franco favorito a disputar como candidato único da base pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, PV). O PT é entusiasta da sua candidatura, mas dentro da Federação também há outros nomes com pré-candidaturas postas: os deputados estaduais Zó do Sertão (PCdoB) e Roberto Carlos (PV). Fora da Federação, há ainda os pré-candidatos Andrei da Caixa (MDB), nome considerado “novo”, e Joseph Bandeira (PSB), ex-deputado federal, que também já foi prefeito do município. 

 

Apesar disso, especialistas ouvidos pela reportagem disseram que é possível se falar na "celebração do acordo de não-persecução cível, mas que seria muito difícil aplicá-lo ao caso, pois o rito imposto pela legislação demandaria ao menos 60 (sessenta) dias para ser cumprido". Seria, então, possível, a celebração do acordo de não-persecução, mas é impossível que o mesmo seja celebrado em menos de 60 (sessenta) dias, se cumprido o rito adequado. 

 

GRUPO EM DEBATE
Internamente, há um clima de insatisfação quanto a insistência do PT em torno da candidatura de Isaac Carvalho, cuja inelegibilidade vem sendo debatida desde o ano passado e, na última quinta-feira, foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com fontes com trânsito no Palácio de Ondina, mesmo com as candidaturas de outros nomes da Federação postas, como a dos deputados estaduais Zó (PCdoB) e Roberto Carlos (PV), o PT “sequer discutiu essas outras possibilidades”, pois quis “empurrar Isaac Carvalho goela abaixo, mesmo quando todos sabiam da sua inelegibilidade”. Um aliado afirmou à reportagem que o “PT cometeu um erro ao apostar todas as fichas numa candidatura que o mundo político inteiro, e também jurídico, sabia que tinha dificuldades”.

 

Um outro interlocutor pontuou que o dilema vivido em Juazeiro poderia ter sido evitado se essa solução tivesse acontecido há meses, quando o grupo já vinha alertando das dificuldades jurídicas de Isaac Carvalho. “A verdade é que o PT apostou, até o último momento, numa perspectiva que nós alertamos o tempo inteiro que não prevaleceria, como não prevaleceu”, frisou. 

 

Agora, o cenário pode ser mudado completamente.