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Artigos

Roberta Garcia
Empoderando Vozes Negras: Os Desafios da Mulher Negra no Mercado de Trabalho
Foto: Divulgação

Empoderando Vozes Negras: Os Desafios da Mulher Negra no Mercado de Trabalho

Embora haja uma crescente conscientização sobre a importância da diversidade e da inclusão, ainda persistem as complexidades e as barreiras históricas e estruturais da sociedade. A ascensão da presença feminina no mercado de trabalho é feita de histórias de conquistas significativas e de constantes desafios. Recentemente, o Brasil alcançou um marco significativo para o gênero e registrou o maior número de mulheres ocupadas desde 2012, com cerca de 43,3 milhões de trabalhadoras, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio (Pnad) de 2023.

Multimídia

“Geraldo não pode apagar o passado dele”, ressalta Claudio Tinoco sobre a candidatura do vice-governador

“Geraldo não pode apagar o passado dele”, ressalta Claudio Tinoco sobre a candidatura do vice-governador
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (22), o vereador Cláudio Tinoco (União) debateu sobre as articulações do grupo municipalista para as eleições de outubro e ao ser questionado sobre a candidatura do vice-governador Geraldo Jr., ex-aliado de longa data do ex-prefeito ACM Neto, ele ressaltou que a campanha será um teste para o opositor.

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

chacina em salvador

Amanda é condenada pelos assassinatos de quatro motoristas de app em 2019
Foto: Alberto Maraux

A cabeleireira Amanda foi condenada a 63 anos e oito meses de reclusão, na noite desta quarta-feira (19), pelos assassinatos de quatro motoristas de aplicativo no ano de 2019, em Salvador. A condenação foi uma escolha majoritária do júri, formado por sete pessoas, sendo cinco mulheres e dois homens.

 

Amanda era acusada de 12 crimes: quatro homicídios, uma tentativa de homicídio, seis roubos e uma corrupção de menor, referente ao adolescente Estênio, que teria participado na ação criminosa contra os motoristas de aplicativo.

 

Durante o julgamento, Amanda se declarou inocente de 11 acusações, assumindo para si apenas um dos roubos de carro. Segundo ela, o traficante de drogas Jeferson seria o responsável pelas mortes e a teria coagido a ajudar nos roubos dos veículos.

 

“Eu não estou aqui para matar ninguém. Eu não sou assassino”, disse Amanda, usando o gênero masculino. “Eu não sou monstro. Eu não estava lá para tirar a vida de ninguém. Era simplesmente um roubo para quitar dívida”, lamentou. “Eu tenho convicção que não matei ninguém. Não fiz por espontânea vontade”, continuou a cabeleireira.

 

A defesa de Amanda alegou que a ré sofreu de transfobia no processo e era também vítima das ações do traficante de drogas Jeferson, que a coagiu a participar de crimes para pagar a dívida de R$ 5,5 mil que Murilo, marido da cabeleireira, possuía com ele.

 

“Como se coloca a foto de sete homens e de uma travesti e questiona quem é a travesti? Isso é reconhecimento? Isso é apontar o dedo para quem é culpado. Somente a foto de Amanda foi apresentada às testemunhas", criticou o defensor público Daniel Soeiro Freitas.

 

“Amanda foi coagida, induzida e não tinha escolha ao que Jeferson determinava. Todos que ali estavam sabiam que se opusessem morreriam. Morreria Murilo, morreria você (Amanda) do jeito cruel que Jeferson sabia fazer”, argumentou a defensora Flávia Apolônio.

 

Na madrugada do dia 13 de dezembro de 2019, cinco motoristas por aplicativo foram vítimas do crime: os falecidos Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix e Sávio da Silva Dias, além do sobrevivente Nivaldo dos Santos Vieira, que conseguiu fugir.

 

Como testemunha no julgamento de hoje, Nivaldo reconheceu Amanda como um dos agressores que o atacaram naquela madrugada. Segundo ele, a cabeleireira chegou a pular sobre ele enquanto o agredia.

 

“Você vai morrer hoje e eu vou morrer depois. A gente se encontra lá no inferno”, teria dito Amanda a Nivaldo, segundo o relato do próprio sobrevivente.

 

De acordo com a acusação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Amanda seria vinculada à organização criminosa chamada “Bonde do Maluco” e se juntou com o adolescente Estênio para a prática de um assalto na região da Estação Pirajá no dia 12 de dezembro de 2019. Na localidade de transbordo, os dois teriam roubado um aparelho celular, no qual foi realizada uma chamada no aplicativo “Uber”.

 

O motorista por aplicativo conhecido como Sávio foi rendido, levado a um barraco, espancado com um “barrote”, teve o pescoço amarrado com um fio de telefone e depois teria sido morto a tiros.

 

Em seguida, ainda segundo o MP-BA, o celular de Sávio teria sido usado por Amanda e Estênio para chamar um segundo motorista, desta vez pelo aplicativo “99 Pop”. O modus operandi teria se repetido, até a quinta vítima, que sobreviveu ao ataque.

 

 

Defesa alega transfobia em processo contra Amanda: "Apontar o dedo para quem é culpado"
Foto: Camila São José / Bahia Notícias

Os defensores públicos que compõem a banca da cabeleireira Amanda Franco da Silva Santos - nome social da travesti - alegaram transfobia dentro do processo contra a acusada de estar envolvida nos assassinatos de quatro motoristas por aplicativo em Salvador no ano de 2019. Segundo a defesa, ao chamar o único sobrevivente da chacina, Nivaldo Santos Vieira, para identificar Amanda, a polícia apresentou 8 fotos, sendo 7 homens com roupas masculinas e apenas uma pessoa com roupas femininas.

 

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“Como se coloca a foto de sete homens e de uma travesti e questiona quem é a travesti? Isso é reconhecimento? Isso é apontar o dedo para quem é culpado. Somente a foto de Amanda foi apresentada às testemunhas, ao Nivaldo e ao Daniel”, alegou a defesa.

 

A defesa afirma que a conduta para o reconhecimento de Amanda se repetiu por diversas vezes de maneira transfóbica, já que na maioria das ocasiões apenas a acusada aparecia vestida com roupas femininas nas fotos.

 

Os defensores também afirmaram que Amanda não era a única trans na cena do suposto crime. Ela também estaria acompanhada de uma pessoa conhecida como Dominique e uma terceira mulher trans não identificada.

 

A DÍVIDA DE MURILO E A ENTREGA À POLÍCIA

A defesa de Amanda afirmou que a acusada, desde sempre, alegou que o seu marido, Murilo, teria uma dívida de R$ 5,5 mil reais com um traficante de drogas, identificado como Jeferson. Segundo os advogados, a cabeleireira disse que, caso não pagasse os débitos, acabaria sendo morta.

 

“Amanda foi coagida, induzida e não tinha escolha ao que Jeferson determinava. Todos que ali estavam sabiam que se opusessem morreriam. Morreria Murilo, morreria você (Amanda) do jeito cruel que Jeferson sabia fazer”.

 

Os defensores disseram que Amanda teria assumido a participação de outros delitos, da chamada de dois motoristas, mas "teve coragem, espontaneamente, de procurar a polícia e se entregar, enquanto os verdadeiros algozes dos motoristas do Uber fugiram”. Em relação ao assassinato dos motoristas, a defesa de Amanda afirma que a ré sempre negou qualquer envolvimento.

 

“O senhor Nivaldo não viu em nenhum momento a Amanda atirar em alguém. Tem alguma prova nos autos dizendo que Amanda deu um tiro em alguém? São apenas deduções. Quem praticou os homicídios contra os 4 motoristas de Uber e o homicídio tentado foi o Jeferson”.

 

Para a defesa, se ela tivesse a frieza, a liberdade de escolha e a vontade de participar de “crimes tão cruéis” não teria se entregado à polícia. Os advogados afirmam que Amanda se entregou e passou informações, com a promessa de conseguir a proteção pelo programa Pró-Vida.

 

Segundo a defensoria, se não fosse a apresentação espontânea de Amanda, o delegado já teria encerrado o inquérito porque “os algozes” das vítimas já estavam mortos. 

 

A defesa encerrou afirmando que Amanda não é autora dos quatro homicídios, nem da tentativa de homicídio. Ela teria cometido apenas crime patrimonial (roubo). Além disso, os defensores pediram absolvição de Amanda quanto ao crime de aliciamento de menores, ligado a Estênio - que a acusada nega ter ciência de que se tratava de um menor de idade.

 

 

Frente ao júri, Amanda nega ter participado dos assassinatos de motoristas de app; confira detalhes do depoimento
Foto: Camila São José / Bahia Notícias

Acusada de envolvimento nos assassinatos de quatro motoristas por aplicativo em Salvador no ano de 2019, a cabeleireira Amanda negou ter participado dos crimes que estão sendo julgados nesta quarta-feira (19), no Salão Principal do tribunal do júri do Fórum Ruy Barbosa.

 

“Eu não estou aqui para matar ninguém. Eu não sou assassino”, disse Amanda, usando o gênero masculino.

 

De acordo com a acusação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Amanda seria vinculada à organização criminosa chamada “Bonde do Maluco” e se juntou com o adolescente Estênio para a prática de um assalto na região da Estação Pirajá no dia 12 de dezembro de 2019. Na localidade de transbordo, os dois teriam roubado um aparelho celular, no qual foi realizada uma chamada no aplicativo “Uber”.

 

O motorista por aplicativo conhecido como Sávio foi rendido, levado a um barraco, espancado com um “barrote”, teve o pescoço amarrado com um fio de telefone e depois teria sido morto a tiros.

 

Em seguida, ainda segundo o MP-BA, o celular de Sávio teria sido usado por Amanda e Estênio para chamar um segundo motorista, desta vez pelo aplicativo “99 Pop”. O modus operandi teria se repetido, até a quinta vítima, que sobreviveu ao ataque.

 

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A VERSÃO DE AMANDA

A cabeleireira, porém, negou as acusações do MP-BA. Segundo Amanda, ela teria topado participar de crimes junto a Estênio e a uma outra travesti, identificada como Dominique, para o pagamento da dívida de R$ 5,5 mil que seu marido - Murilo, que estava preso - possuía junto a um traficante de drogas identificado como Jeferson.

 

Amanda garantiu que não esteve na Estação Pirajá no dia 12 de dezembro de 2019, encontrando Estênio apenas no dia seguinte. Amanda disse ter sido chamada por ele para sair da casa por volta das 4h30 da manhã do dia 13.

 

Conforme o depoimento de Amanda durante o julgamento, naquele momento, um carro por aplicativo já havia sido chamado e, quando eles entraram no carro, Estênio teria puxado a arma e apontado para o motorista, identificado como Anderson, que depois teria sido liberado pelo adolescente.

 

“Estênio era, digamos assim, compulsivo por dinheiro, gostava de dinheiro, gostava de farra. Quanto mais ele gastava, mais ele queria”, afirmou a cabeleireira, reconhecendo que sabia que Estênio já havia cometido outros crimes.

 

Ainda segundo o depoimento da acusada, ao saber da liberação de Anderson, Jeferson teria agredido a ela e a Estênio. Em seguida, o traficante chamou Dominique e um outro homem, determinando que os quatro fizessem uma nova chamada de carro por aplicativo, para um novo assalto.

 

“Eu não me recordo quem foi o motorista. Estênio que fez a chamada”, disse Amanda, negando se lembrar da vítima sobrevivente, identificada como Nivaldo. “A gente ficou aguardando, o carro entrou dentro da localidade. Nós entramos no carro, Estênio foi na frente e eu no fundo, e levamos ele até o campo”, relatou a cabeleireira.

 

Amanda confirmou que ela e Estênio portavam armas de fogo neste momento, mas negou que eles tivessem agredido o motorista. Após a dupla armada render a vítima, Jeferson apareceu e levou Nivaldo para o barraco, enquanto os dois faziam uma vistoria no carro.

 

Ao chegar no barraco, Amanda conta que encontrou cinco pessoas: Jeferson, uma mulher trans e outros três. “Jeferson que recebia (os motoristas) junto com outros dois rapazes”, contou.

 

Na versão da cabeleireira, Jeferson teria obrigado Estênio a agredir o motorista. Ao ouvir a recusa, o traficante agrediu o adolescente. Amanda afirma ter deixado o local neste momento, negando ter agredido Nivaldo. “Agressão? Eu que fui agredido por Jeferson e os outros rapazes”, declarou a travesti.

 

Ainda segundo o depoimento da cabeleireira, Estênio teria se recusado a ir embora junto a ela e acabou sendo assassinado por Jeferson. Amanda diz não saber que o adolescente era menor de idade. “Estênio tinha vida de adulto. Ele fazia programas. Ele tinha um corpo de adulto”, disse.

 

Ao deixar o local do crime, Amanda teria ido para a casa de um outro homem, na localidade Paz e Vida, na companhia de Dominique. Depois que saiu de lá, foi para a casa de uma outra pessoa no bairro da Mata Escura. Ao ter conhecimento das acusações contra si, ela teria procurado a delegacia por conta própria.

 

“Eu fui por minha espontânea vontade até a delegacia”. “O tempo todo, o delegado Altair Carneiro querendo que eu assumisse uma coisa que eu não fiz”, acusou, apontando ter sido coagida pelos policiais a se incriminar.

 

A perícia em Amanda, que está presa desde então, só teria sido realizada no dia 27 de janeiro, mais de um mês após os crimes. No presídio da Mata Escura, onde está no momento, ela diz ter sofrido agressões de agentes penitenciários e de outros internos. Lá, teria contraído o vírus HIV. “Fui abusada sexualmente diversas vezes”, contou, afirmando que só dorme com ajuda de medicamentos.

 

“Eu não sou monstro. Eu não estava lá para tirar a vida de ninguém. Era simplesmente um roubo para quitar dívida”, lamentou. “Eu tenho convicção que não matei ninguém. Não fiz por espontânea vontade”, concluiu.

 

 

“Eles sentiam prazer no que estavam fazendo”, diz único sobrevivente da chacina de motoristas de app
Fórum Ruy Barbosa, em Salvador | Foto: Camila São José / Bahia Notícias

O único sobrevivente da chacina de motoristas de app, que ocorreu na madrugada de 13 de dezembro de 2019, por volta das 4h, na localidade conhecida como “Paz e Vida”, na entrada do bairro de Santo Inácio, em Salvador, Nivaldo Santos Vieira, detalhou os momentos de pânico vividos por ele, que teve uma arma colocada no olho e outra na orelha. 

 

Durante o seu depoimento, no júri que acontece no Fórum Ruy Barbosa, na capital baiana, nesta quarta-feira (19), ele disse recebeu a chamada no aplicativo por volta das 5h30 e que foi levado pelos suspeitos para um corredor de barracos, onde observou que já tinha marcas de sangue e roupas jogadas, o que o fez pensar em cativeiro. “Eu tenho certeza que morreu mais gente ali”, contou. 

 

Nivaldo ainda detalhou o momento em que foi encaminhado para a segunda casa pelos cinco acusados, sendo que foi agredido por 4 acusados, apenas Jel, apelido de Jefferson, não bateu: “mandava em tudo ali”. 

 

De acordo com ele, no segundo barraco estava Alisson amarrado (com cabo de rede de internet, nas mãos e pés) e amordaçado, e ao lado dele tinha um corpo com um saco na cabeça. A pessoa morta era um motorista, de nome Sávio. 

 

No seu relato, Nivaldo ainda falou que após Jeferson, apontado como líder por Nivaldo, pedir o dinheiro que ele tinha conseguido no dia, os sete reais, Amanda ficou pulando no corpo de Nivaldo, agredindo. Com isso, o cabo de rede que prendia suas mãos afrouxaram. Não contente com a cena, Amanda olhou para o sobrevivente e falou: “Você vai morrer hoje e eu vou morrer depois. A gente se encontra lá no inferno”. 

 

Nivaldo ainda levou uma pancada de facão no ouvido direito dada por um rapaz que ele identifica como “baixinho”. Depois disso, enquanto ele orava o salmo 121, deixaram uma pistola em cima da geladeira, Genivaldo pegou e Nivaldo se jogou na mata conseguindo fugir. “Poca, poca, poca”, diziam os acusados.

 

Quando chegou ao final da mata, Nivaldo notou que era uma empresa e pediu socorro. “A ficha do segurança só caiu quando ele ouviu os tiros”, afirmou Nivaldo. 

 

Nivaldo ainda disse que não tinha costume de rodar durante a madrugada. “Como era final de semana, uma sexta-feira, eu decidi rodar. Como eu não tinha nada em casa, de comer, 20 reais e o carro sem gasolina, eu fui rodar. Apareceu uma chamada boa para Camaçari e aí eu neguei, porque o pagamento era em cartão e eu precisava do dinheiro”, lembrou. 

 

Para o sobrevivente, “eles sentiam prazer no que estavam fazendo” e “riam muito a todo momento”. 

 

Quando questionado pela defesa se Amanda estava no momento em que conseguiu fugir, Nivaldo afirmou que ela tinha saído para buscar outro motorista e que no momento estavam apenas o rapaz com manchas no rosto e o baixinho “Nonon”. 

 

Junto com comparsas, Amanda é acusada de ter montado uma emboscada e simular chamadas em aplicativos de viagem para atrair motoristas até o bairro. Ao chegarem, as vítimas foram espancadas e torturadas até a morte. Os quatro motoristas assassinados foram identificados como Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix e Sávio da Silva Dias. O quinto motorista, Nivaldo dos Santos Vieira, conseguiu fugir e sobreviveu à chacina.

 

 

Duas testemunhas faltam a júri de travesti acusada de envolvimento em mortes de motoristas por app
Foto: Camila São José / Bahia Notícias

Uma das cinco testemunhas de acusação e a única testemunha de defesa não compareceram ao julgamento da travesti Amanda, acusada de envolvimento na morte de quatro motoristas de aplicativo de Salvador em 2019. O 2° Juízo da 2ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ocorre nesta quarta-feira (19) no Fórum Ruy Barbosa, localizado no Campo da Pólvora, Centro da capital baiana.

 

A testemunha de defesa, Uelinton B., não foi ao local do julgamento e nem foi localizada. No caso das testemunhas de acusação, apenas Daniel C. não compareceu. Ana C.Joelma M. Franciane F. e o sobrevivente Nivaldo dos Santos Vieira já testemunharam.

 

Para o turno vespertino, o julgamento saiu do Segundo Salão do Júri - onde esteve durante a manhã - para o Salão Principal do Fórum Ruy Barbosa.

 

LEMBRE O CASO

Na madrugada de 13 de dezembro de 2019, por volta das 4h, quatro motoristas de aplicativo foram mortos na localidade conhecida como ‘Paz e Vida’, na entrada do bairro da Santo Inácio, na capital baiana.

 

Junto com comparsas, Amanda é acusada de ter montado uma emboscada e simular chamadas em aplicativos de viagem para atrair motoristas até o bairro. Ao chegarem, as vítimas foram espancadas e torturadas até a morte. Os quatro motoristas assassinados foram identificados como Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix e Sávio da Silva Dias. O quinto motorista, Nivaldo dos Santos Vieira, conseguiu fugir e sobreviveu à chacina.

 

A motivação do crime, conforme constam nos autos do processo, seria vingança, já que na noite anterior, diversos motoristas teriam se recusado a entrar na localidade, no bairro Santo Inácio, alegando falta de segurança. A recusa das viagens teria impedido o atendimento médico da mãe de um traficante da região, apontado como mandante e um dos autores dos crimes. Às vítimas, os acusados disseram fazer parte de facção criminosa conhecida como Bonde do Maluco.

 

 

Viúva de vítima da chacina de motoristas de app conta que namorado planejava casamento e detalha noite do crime
Foto: Camila São José / Bahia Notícias

Um relacionamento tranquilo que já durava nove meses. Foi assim que a namorada de Alisson Silva Damasceno, uma das vítimas da chacina de motoristas por aplicativo em 2019, em Salvador, classificou a relação dos dois. Ela é uma das testemunhas de acusação no júri da travesti Amanda, acusada de envolvimento no crime. O júri acontece no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, e teve início às 8h desta quarta-feira (19).

 

Durante seu depoimento, Joelma relatou que Alisson estava desempregado antes de rodar através do aplicativo Uber. Após ser demitido do mercado em que trabalhava, ele conseguiu alugar um carro para atender corridas de transporte de passageiros através da plataforma. Ainda conforme a testemunha, o namorado trabalhava entre 8h e 18h. "O nosso combinado foi ele não rodar à noite, só de dia", disse.

 

De acordo com o relato, na noite do crime, Alisson teria buscado ela no trabalho e o casal foi para o Dique do Tororó comer pizza. Na ocasião, os dois teriam acordado que Alisson iria para a casa dos pais, na Bonocô, e na manhã seguinte voltaria para o apartamento dela no Orixás Center. Joelma conta que por volta das 6h15 viu uma mensagem que Alisson havia deixado, às 1h55, e dizia: "Amor, vou começar a rodar porque a cama fica vazia sem você". A testemunha conta, ainda, que questionou o horário e pediu para o namorado tomar cuidado.

 

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Joelma trabalha como cuidadora de uma criança com deficiência e ficou sabendo do caso pela TV, quando a câmera deu zoo na placa do carro de Alisson, um automóvel de cor vermelha. "Soube que tinha um sobrevivente e eu achava que o sobrevivente era ele", disse.

 

Durante o depoimento, ela também relatou que ele estava fazendo um curso para polícia e planejando casamento.

 

RELEMBRE O CASO

Na madrugada de 13 de dezembro de 2019, por volta das 4h, quatro motoristas de aplicativo foram mortos na localidade conhecida como ‘Paz e Vida’, na entrada do bairro da Santo Inácio, na capital baiana.

 

Junto com comparsas, Amanda é acusada de ter montado uma emboscada e simular chamadas em aplicativos de viagem para atrair motoristas até o bairro. Ao chegarem, as vítimas foram espancadas e torturadas até a morte. Os quatro motoristas assassinados foram identificados como Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix e Sávio da Silva Dias. O quinto motorista, Nivaldo dos Santos Vieira, conseguiu fugir e sobreviveu à chacina.

 

A motivação do crime, conforme constam nos autos do processo, seria vingança, já que na noite anterior, diversos motoristas teriam se recusado a entrar na localidade, no bairro Santo Inácio, alegando falta de segurança. A recusa das viagens teria impedido o atendimento médico da mãe de um traficante da região, apontado como mandante e um dos autores dos crimes.

 

 

Júri de travesti acusada de envolvimento em mortes de motoristas de app terá cinco testemunhas de acusação
Fórum Ruy Barbosa, em Salvador | Foto: Camila São José / Bahia Notícias

O júri da travesti Amanda, acusada de envolvimento na morte de quatro motoristas de aplicativo em Salvador em 2019, terá cinco testemunhas de acusação. Entre eles, Nivaldo dos Santos Vieira, único sobrevivente do caso, que também entra como vítima no processo. Além disso, o julgamento terá uma testemunha de defesa.

 

A sessão do tribunal do júri ocorre no Fórum Ruy Barbosa, no Largo Campo da Pólvora, nesta quarta-feira (19), e o Bahia Notícias acompanha em tempo real o julgamento que teve início às 8h. A previsão é que a sessão entre pela tarde. De acordo com a lei, 50 jurados devem ser escolhidos mas para o caso 100 pessoas foram selecionadas. Do número, 29 estão nas dependências do Fórum e apenas sete nomes serão sorteados para compor o júri.

 

LEMBRE O CASO

Na madrugada de 13 de dezembro de 2019, por volta das 4h, quatro motoristas de aplicativo foram mortos na localidade conhecida como ‘Paz e Vida’, na entrada do bairro da Santo Inácio, na capital baiana.

 

Junto com comparsas, Amanda é acusada de ter montado uma emboscada e simular chamadas em aplicativos de viagem para atrair motoristas até o bairro. Ao chegarem, as vítimas foram espancadas e torturadas até a morte. Os quatro motoristas assassinados foram identificados como Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix e Sávio da Silva Dias. O quinto motorista, Nivaldo dos Santos Vieira, conseguiu fugir e sobreviveu à chacina.

 

A motivação do crime, conforme constam nos autos do processo, seria vingança, já que na noite anterior, diversos motoristas teriam se recusado a entrar na localidade, no bairro Santo Inácio, alegando falta de segurança. A recusa das viagens teria impedido o atendimento médico da mãe de um traficante da região, apontado como mandante e um dos autores dos crimes. Às vítimas, os acusados disseram fazer parte de facção criminosa conhecida como Bonde do Maluco.

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