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Maria Odília, primeira médica negra do país, ganha documentário filmado na Bahia

Por Redação

Foto: Divulgação

A baiana e primeira médica negra do Brasil, Maria Odília, terá sua história retratada em um documentário, intitulado “Quem é essa mulher?”. A obra, que é resultado da parceria entre a Maré Produções e a cineasta soteropolitana Mariana Jaspe, será lançada nos próximos dias 15 e 16 de junho na Mostra Olhar de Cinema, festival internacional de Curitiba. 

 


Foto: Caio Lírio

 

Apresentando a jornada de Odília, o filme recebeu apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Bayer e Drogaria São Paulo. Em seu enredo, o documentário traz para o público uma narrativa contada através dos olhos de Mayara Santos, mulher negra, oriunda da periferia da capital baiana e Mestra em História pela UFBA. No documentário, a pesquisadora desvenda a vida da médica, nascida alguns anos antes da abolição da escravidão, em São Félix do Paraguaçu-BA. 

 

"Para mim, este é o encontro da minha vida. Me traz muita felicidade, mesmo após todos esses anos, pois continua sendo minha prioridade. Esta jornada me presenteou tantas pessoas, lugares e sensações, que considero um verdadeiro privilégio e acredito que o filme é a melhor linguagem para compartilhá-la. Podia pôr numa praça, num telão e lá vai ter uma criança de 10 anos e uma senhora de 87, sendo tocadas por essa história de alguma forma. Esse filme é um sonho”, contou Mayara.

 


Foto: Caio Lírio

 

A diretora do projeto, ganhadora do Kikito de Melhor Direção no Festival de Gramado, ressaltou a importância dessa imersão profunda na história de Maria. Ela ainda destacou a direta relação entre Mayara e Odília, duas mulheres que apesar de separadas por um século representam figuras femininas contemporâneas. 

 

 “Levar a trajetória dela, e de grandes mulheres como ela, para as telas é essencial para nossa identidade. É parte do exercício de desconstrução de uma historiografia colonizada para a construção de algo nosso, brasileiro, do nosso povo. Meu desejo é que o filme, e todas as interseções entre as vidas das nossas protagonistas, ajude a traçar um retrato complexo e profundo de personagens históricos negros, com suas diversas camadas e vivências, oferecendo à contemporaneidade novas perspectivas e possibilidades”, completou Jaspe.

 

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