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IV Conferência Estadual da Mulher Advogada da OAB-BA aborda raça, diversidade e liderança com palestra de Cármen Lúcia

Por Manuela Meneses

Fotos: André Carvalho / BN Hall

A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA) deu início nesta segunda-feira (22) à IV Conferência Estadual da Mulher Advogada, no Centro de Convenções de Salvador. O evento teve início com uma palestra magna da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia. A conferência, que se estenderá até esta terça-feira (23), aborda temas como raça, diversidade, liderança e igualdade de gênero e conta com a participação de diversas personalidades do cenário jurídico e social.

 

 

Daniela Borges, a primeira mulher a presidir a OAB-Bahia, destacou a importância do evento, que ocorre a cada três anos. “Neste triênio, a gente traz o ‘Mulheres Plurais Caminhos Para Mudar o Mundo’, com temas não apenas da área jurídica, mas também dos direitos das mulheres, dos desafios numa sociedade ainda marcada pelo machismo, uma sociedade ainda patriarcal”, explicou em conversa com o BN Hall.

 

 

Quanto à escolha das personalidades e autoridades que compunham a mesa, a presidente contou que buscou levar a diversidade e a pluralidade para o palco do evento. “A discussão de raça tem painéis específicos, mas ele também está transversal nos outros painéis, a preocupação também com a representatividade indígena, e com as pessoas com deficiência. A gente procurou trazer diversidade, não só [palestrantes da] capital, mas também do interior da Bahia”.

 

A programação propõe reflexões sobre problemas contemporâneos, incluindo o enfrentamento à violência contra a mulher, os desafios das mulheres no mercado de trabalho e a conciliação entre maternidade e carreira. Além disso, o evento aborda a liderança feminina, a participação das mulheres na política institucional da OAB e as prerrogativas das advogadas, com oficinas específicas visando capacitar e empoderar ainda mais as mulheres presentes.

 

Durante a palestra, a ministra Cármen Lúcia falou sobre a pluralidade das mulheres, destacando que “a vida não é feita só de luta, mas também das alegrias”. Ela ressaltou a capacidade das mulheres de realizar múltiplas atividades simultaneamente e a importância de se sentir representada tanto nos momentos de sofrimento quanto nos de celebração.

 

 

“Eu falo muito de mulher plural, no duplo sentido. Primeiro porque muitos seres habitam as almas das mulheres. Nós nunca somos só uma, como todo ser humano tem todo o seu lado de som e do seu lado de luzes. Nós mulheres somos também plurais (...). E também mulher plural no sentido de que, onde tiver uma mulher sendo agredida, vilipendiada, indignada, injustiçada, ali sou eu. Portanto, na pluralidade do sofrimento, como também quando tiver uma mulher pulando o carnaval alegremente, também lá sou eu”, disse durante seu discurso.

 

Vera Lúcia Santana Araújo, ministra substituta do TSE, integrou o painel “Igualdade de Gênero e Raça no Sistema de Justiça” e focou sua participação na representatividade da mulher negra dentro do sistema da Ordem dos Advogados do Brasil. “A advocacia tem um papel muito importante dentro do sistema de justiça e isso precisa ser ressaltado. Acho que a OAB, como essa representação da sociedade, como se coloca, precisa trazer também a demanda da sociedade para a sua própria organização interna”, contou ao BN.

 

 

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