Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

'Os escritores sofrem de síndrome de Van Gogh', afirma Paulo Coelho

Foto: Divulgação
Depois de passar por uma cirurgia no coração para desobstruir artérias, que quase lhe custou a vida, o escritor Paulo Coelho lança o seu 22º livro, “Manuscrito Encontrado em Accra” (Sextante).  Às vésperas de completar 65 anos, totalmente recuperado, o escritor brasileiro mais lido no mundo não deixou de falar sobre a morte. “A proximidade da morte sempre foi uma constante na minha vida. Passei por isso outras vezes, desde o meu sequestro em 1974, até a vez em que me perdi em uma montanha e pensei: ‘já era’. Essa proximidade sempre me estimulou a viver intensamente”, contou em entrevista ao Jornal O Globo. Sobre o seu novo livro, Paulo Coelho explicou que a inspiração veio logo após a cirurgia, e que o processo de escrita durou apenas 15 dias. 
 
“Acho que os escritores simplesmente não entendem o que está acontecendo e sofrem da síndrome de Van Gogh: ‘Vou morrer e as pessoas vão descobrir minha arte’, o que é um equívoco. Ou eles se adaptam a essa realidade ou não vão sobreviver. Recentemente li uma reportagem no (jornal britânico) 'The Guardian' que dizia que eu só podia agir assim porque sou rico, o que não é exatamente verdade. Quando eu comecei, tudo o que eu mais queria era ser lido, se existisse e-book naquela época, eu certamente apoiaria”, explicou ao ser perguntado se é muito criticado por apoiar ideias como o download gratuito e os livros digitais. “O número de pessoas que comprou meus livros aumentou barbaramente. Eu noto que elas [as pessoas] querem pagar por conteúdo, desde que seja justo”, finalizou.

Compartilhar