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Marca Bahia Notícias

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Entidades acusam Tinoco de fazer lobby de camarotes; 'Perderam a boquinha', rebate vereador

Por José Marques

Foto: Divulgação
Oito entidades carnavalescas acusaram, em carta aberta, o vereador Claudio Tinoco (DEM) de fazer "lobby dos camarotes" na proposta de reforma do Conselho Municipal do Carnaval (ComCar). Em relatório final sobre o seminário "Panorama Carnaval de Salvador", divulgado nesta quinta-feira (16), Tinoco que é ex-presidente da Empresa Salvador de Turismo (Saltur), responsável pela organização do carnaval propôs, entre outras mudanças, a substituição do assento da Federação dos Clubes Sociais da Bahia pela Associação Baiana dos Camarotes; da Associação de Cronistas Carnavalescos pela Associação Baiana de Imprensa (ABI); dos proprietários de Trios Elétricos Independentes por proprietários de Equipamentos de Som, Trios Elétricos, Iluminação e Infraestrutura; e da Polícia Civil pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). Os Blocos dos Índios e da Secretaria Estadual de Saúde seriam excluídos. Os insatisfeitos dizem, no documento, que esperam "que a proposta de inclusão dos camarotes seja suprimida". "Esse segmento não colabora em nada com o Carnaval da Bahia, uma vez que tira patrocínio dos blocos, da prefeitura, de todos os órgãos de imprensa e nenhuma contrapartida dá para a festa baiana. Pagam uma taxa irrisória à Sucom e [...] inclusive há denúncias [...] no Ministério Público, ações na Justiça Comum que tiram totalmente a idoneidade desse segmento", acusam. O ofício é assinado pelas associações Baiana dos Trios Elétricos Independentes, dos Blocos de Salvador, dos Afoxés da Bahia, dos Blocos Travestidos da Bahia e dos Blocos de Percussão da Bahia, Liga Baiana do Samba e Representação Indígena no Conselho no Carnaval (leia a carta na íntegra). A proposta do democrata será analisada pelos nove membros da Comissão Especial do Carnaval da Câmara de Salvador antes de ir a votação.
 

Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
 
Claudio Tinoco "refutou" as acusações contra si e disse que o seu relatório foi feito de forma "criteriosa, objetiva e com base no que tem de representatividade no carnaval hoje". "Quem está se queixando é porque perdeu a boquinha", alfinetou. Com as mudanças propostas pelo legislador, o Comcar passaria a ter representantes da Fundação Gregório de Mattos (FGM), da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), da Associação Brasileira de Entretenimento – seção Bahia, da Associação Baiana do Mercado Publicitário, dos Conselhos Comunitários Regionais, dos Blocos Alternativos, dos Blocos de Samba e das Bandas de Sopro e Percussão. "O conselho foi criado em 1992. O carnaval mudou e consequentemente isso tem que refletir no conselho", avaliou. Para ele, "não faz sentido" uma entidade como a dos blocos indígenas, "que tem dois produtos" ter um assento no colegiado em vez da Blocos de Samba que tem 51 entidades cadastradas. "Esse grupo [que divulgou a carta] age de forma corporativa. Engraçado que é o mesmo que realizou audiência pública parar discutir um novo modelo do carnaval e muitas das propostas foram acolhidas", avaliou. Ele disse que, de qualquer forma, a proposta "vai ser analisada pelos nove vereadores [da comissão] e depois vai passar pelo crivo dos 43 integrantes da Câmara". "Se houver mudanças, estamos abertos para discussão", dispôs-se.

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