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Marca Bahia Notícias

Notícia

'Censor, eu? Nem morta!', defende-se Caetano sobre biografias

O cantor Caetano Veloso se pronunciou publicamente sobre a polêmica publicação de biografias não autorizadas em sua coluna de domingo (13) no jornal O Globo. No texto, o músico diz que a imprensa trata o tema de modo "despropositado" e defende a posição dos artistas que lutam pela exigência de autorização prévia para a comercialização dos livros. No texto, ele chega a afirmar que é a favor de biografias não autorizadas de figuras como José Sarney ou Roberto Marinho, mas cita "o sofrimento de Gloria Perez" e o "perigo de proliferação de escândalos" como justificativas para uma atenção maior ao direito de privacidade. A ressalva se refere ao livro escrito por Guilherme de Pádua, assassino de Daniela Perez, filha de Gloria. Intitulado "A História Que o Brasil Desconhece", o livro foi impedido de circular pela Justiça após um pedido da mãe da vítima. "Tenho dito a meus amigos que os autores de biografias não podem ser desrespeitados em seus direitos de informar e enriquecer a imagem que podemos ter da nossa sociedade. Pesquisam, trabalham e ganham bem menos do que nós (mas não nos esqueçamos das possibilidades do audiovisual)", escreve.

Na defesa que faz de Paula Lavigne ["minha empresária, ex-mulher e mãe de dois dos meus três filhos maravilhosos"], presidente e porta-voz do grupo Procure Saber (criado para defender causas de um grupo de artistas, entre elas a autorização prévia para biografias), Caetano critica a Folha. "Repórter da 'Folha' cita trechos de algo dito por Paula Lavigne em outro contexto para responder a sua carta de leitor. Logo a 'Folha', que processou, por parodiá-la, o blog Falha de S.Paulo", declarou, em referência à ação movida pela Folha contra o blog "Falha de S.Paulo", criado pelos irmãos Mario e Lino Bocchini, por violação da propriedade da sua marca – e não por parodiar o jornal. "Censor, eu? Nem morta!", exclamou Caetano, para quem "no cabo de guerra entre a liberdade de expressão e o direito à privacidade, muito cuidado é pouco".

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