Ipac não foi consultado sobre vinculação de fundo de preservação do patrimônio cultural à Conder
A proposta de vinculação do Fundo Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural à Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), motivo de discordância entre a bancada governista e de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, continua a causar polêmica. Defendida pelo governo, a ideia de que o fundo cultural seja administrado pela Conder esbarrou na vontade daqueles que preferem vincular a iniciativa ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac). “A Conder está acostumada a fazer obras rústicas e não tem estrutura nem mão de obra qualificada para assumir ações de preservação do patrimônio. Para que vale o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac)?”, questionou o vice-líder da oposição, deputado Carlos Gaban (DEM). Segundo o deputado estadual Zé Neto (PT), líder da maioria, o questionamento é “intriga da oposição”, "a pauta está vencida" e “não há inovação nenhuma em vincular a Conder ao fundo, uma vez que a ideia é captar ainda mais recursos do governo federal para o estado”. Ainda de acordo com o parlamentar, o Ipac e outros órgãos relacionados à preservação patrimonial estarão contemplados dentro do Conselho Curador, que elegerá representantes da Conder e do Ipac, além de mebros da Secretaria do Planejamento (Seplan), Secretaria da Fazenda (Sefaz), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Poder Executivo Municipal e da sociedade civil.