Mãe Stella de Oxóssi é destaque da programação desta terça na Bienal do Livro da Bahia
Maria Stella de Azevedo Santos, a Mãe Stella de Oxóssi, primeira negra mãe de santo a assumir o posto de “imortal” na Academia de Letras da Bahia (ALB), é a convidada desta terça-feira (12) do espaço Território Jovem. Com mediação de Adelice Souza, a ialorixá participa de um bate-papo intitulado “Os orixás do cotidiano”, em que questiona os papéis que as religiões africanas e as divindades do candomblé desempenham na existência e como o cotidiano é regido por essas influências. “Por que é importante estudá-las? E na prática, qual a sua necessidade no mundo atual?”, são alguns dos questionamentos que devem entrar na pauta do debate com o público.
Aos 88 anos, Mãe Stella ocupa a cadeira 33, cujo patrono é o poeta abolicionista Castro Alves. O último imortal a ocupar o assento foi o historiador baiano Ubiratan Castro. Enfermeira de formação pela Universidade Federal da Bahia, doutora honoris causa da UNEB e articulista do Jornal A Tarde, Stella tem seis livros publicados na área do candomblé.
Para enriquecer o debate, o espaço contará com a presença do professor e ativista paranaense Nelson Maca, que se intitula como “um poeta da literatura negra” e integra o grupo político-artístico Coletivo Blackitude, criado há 14 anos para movimentar a consciência negra de Salvador. Nesta quarta-feira (13), Maca participa ainda de uma conversa Café Literário, espaço mais tradicional da Bienal do Livro Bahia. Ao lado do carioca Écio Salles, discutem “A literatura nas quebradas da periferia” e a relevância social e estética da produção literária em comunidades carentes e dominadas pela violência.