'É um festival para o baiano', diz realizadora do Bahia em Cena que começa nesta quarta

Com a pretensão de ter edições anuais, o Festival Bahia em Cena será aberto nesta quarta-feira (12), às 21h, no Teatro Jorge Amado, após o hiato de quase três anos. Até o próximo dia 30, vários teatros e espaços públicos de Salvador receberão oito montagens, dentre elas uma inédita.

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"A Caixa Não é de Pandora", monólogo estrelado pela atriz Andrea Elia, é a aposta da organização para a abertura e para a própria síntese do evento, que pretende dar destaque aos espetáculos produzidos na Bahia para o público local. "Ao contrário de muitos festivais que acontecem na cidade, nós não trazemos espetáculos de fora, internacionais. A nossa missão é divulgar a cena baiana. Colocamos diversos espetáculos baianos em cartaz simultaneamente, com divulgação única e direcionada ao público baiano mesmo. É um festival para o baiano", explicou Fernanda Bezerra, produtora e idealizadora do festival e nome à frente da Multi Planejamento Cultural.  
 

Além da montagem estreante, serão reapresentadas “A Dona da História”, “Amnésis”, “Destinatário Desconhecido”, “Dissidente”, “Remendo Remendó”, “Partiste” e “Solo Almodóvar”. Todos os espetáculos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Com esse valor, a produção pretende atrair até o fim do Bahia em Cena cerca de 10 mil espectadores.

Indicado a três categorias do Prêmio Braskem, 'Destinatário Desconhecido'  será reapresentado
 

Em 2013, quase acontecia de o projeto ser retomado – em meados de agosto –, mas um dos maiores patrocinadores teve um problema burocrático com as leis de incentivo. "A questão não se resolveu a tempo e acabamos transferindo para março desse ano", lembrou Bezerra. Para ela, essa é a grande dificuldade do projeto, que este ano teve um montante de R$ 300 mil em patrocínios, bancados por três empresas.
 

Nesta segunda edição, uma parceria com o festival Porto Alegre em Cena será retomada. O espetáculo "Sargento Getúlio", apresentado no primeiro ano, chegou à capital gaúcha após ser visto pelo curador e diretor do festival de lá, Lucas Alabarse. "Depois de levarmos 'Sargento Getúlio' para Porto Alegre, convidamos Alabarse para compor a comissão de curadoria desta segunda edição e conhecer um pouco do trabalho que é feito aqui. Temos de ampliar essa rede de conhecimento", comentou Fernanda. Até agora, é certo que o estreante “A Caixa de Pandora” irá para o Sul ainda este ano. “E esperamos que este não seja o único representante baiano lá”, continuou. A curadoria do evento baiano é composta ainda por Celmar Batista, coordenador geral da Caixa Cultural Salvador e Sérgio Sobreira, produtor cultural e professor da Faculdade de Comunicação da Ufba.

 

Serviço

 – A Caixa não é de Pandora

Teatro Jorge Amado (Av. Manoel Dias da Silva), Abertura (quarta-feira, 12) | Apresentações às 20h, às sextas e sábados, e às 21h, aos domingos
 

–  A Dona da História

Teatro ICBA/Goethe Institut (Av. Sete de Setembro/ Vitória), às 20h às sextas-feiras e aos sábados, às 18h e 20h
 

–  Amnésis – Uma Busca Intencional pela Lembrança

Teatro Gamboa Nova (Largo dos Aflitos), 14, 15 de março, às 20h, dia 16 de março, às 19h, 19 e 20 de março, às 15h (sessão gratuita), dias 22 e 23 de março, às 20h e dia 24 de março, às 19h
 

– Destinatário Desconhecido

Palco Principal do Teatro Vila Velha (Passeio Público/ Campo Grande), às 21h, de sexta à domingo
 

– Dissidente

Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha (Passeio Público/ Campo Grande), sextas e sábados, às 19he domingo, às 18h
 

– Remendo Remendó

Praças públicas, aos sábados e domingos
 

– Solo Almodóvar

Teatro Módulo (Av. Magalhães Neto), aos sábados, às 18h e às 21h, e domingos, às 20h
 

– Partiste

Teatro Molière (Ladeira da Barra), de sexta a domingo, às 20h