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Marca Bahia Notícias

Notícia

'Eu toco para as pessoas que querem me ouvir', diz Marcelo Nova sobre show em Cajazeiras

Por Júlia Belas

Foto: Liv Fotografia e Design
O cantor Marcelo Nova, 62 anos, começou a carreira nos palcos soteropolitanos à frente do lendária banda punk baiana Camisa de Vênus. Com 33 anos de carreira, o artista frequenta Salvador para shows, mas afirma que está desatualizado com os rumos tomados pela música baiana. O cantor se apresenta pelo Festival da Cidade no bairro de Cajazeiras no sábado (29) juntamente com as bandas Adão Negro e Cascadura, a partir das 19h. Marcelo contou, em conversa com o Bahia Notícias, que nunca se apresentou na região, mas não vê problema nisso. "Eu tenho esses 33 anos de carreira e tenho me apresentado para todos os tipos de públicos e classes sociais. Para mim, isso não faz nenhuma diferença. Meu trabalho não se submete a questões de classe, cor... Eu toco para as pessoas que querem me ouvir", afirmou.


Foto: Livia Lamana / Reprodução / Facebook

Para ele, é interessante que "a cidade do axé, a cidade do horror" receba outros estilos musicais em uma ocasião tão importante. "É interessante, Salvador tem uma característica de ter um gênero musical e só ele, ou praticamente só ele. Eu estou afastado, mas ouço os comentários. E agora, você tem um evento que marca uma diferenciação sonora, rítmica e cultural", comentou o artista. Em seu início de carreira, na banda de punk-rock soteropolitana Camisa de Vênus, Marcelo Nova tentou transcender as barreiras musicais. "Eu sou pré-axé. Fiz o início da minha carreira em Salvador com o Camisa de Vênus, e nós fizemos uma história de controvérsia, de discussão artística, de como a arte deve ser. A arte pequena tem a função de entreter, é entretenimento. Nós éramos muito jovens e determinados a fazer o imponderável em Salvador. Foi o acontecimento do imponderável do ponto de vista cultural", relembra.


Foto: Alex Fabiano / Reprodução / Facebook

Atualmente, Nova não está atualizado com relação ao cenário musical soteropolitano. No entanto, garante que, se as bandas novas forem boas, podem ter tanta importância quanto o Camisa. "Eu tenho trabalhado muito, corrido, viajado, sou um cigano psicodélico. Acho que o meu aval não tem essa importância. Se a banda nova é boa e perdurar, daqui a 10 anos ela vai continuar sendo relevante. A gente tem uma preocupação acima da medida com as novidades, saudamos as novidades como se fossem espetaculares. Só o tempo vai determinar", avaliou. Sobre o show de sábado, Nova garantiu que vai tocar de tudo. "O repertório tem um pouco de tudo o que eu já fiz. Tem músicas do meu disco novo "12 Fêmeas', coisas dos anos 1980 com o Camisa, tem coisas que fiz com o Raulzito... Enfim, canções de Marcelo Nova, independente da época ou da parceria", concluiu.

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