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Marca Bahia Notícias

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Ao passar cargo para Jorge Portugal, Albino Rubim evidencia falta de recursos

Por Júlia Belas

Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
O ex-secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim, transferiu, na manhã desta terça-feira (6), o cargo ao atual comandante da pasta, Jorge Portugal. O pesquisador celebrou o fato de que a sala, no Palácio Rio Branco, estava repleta. O evento foi aberto ao público e, durante o seu discurso, Rubim aproveitou para fazer um balanço do seu trabalho na secretaria entre 2011 e 2014. "Fico muito feliz que, nesse momento de transição de cargo a Jorge Portugal, esta sala esteja cheia com tantas pessoas representativas da cultura e da política da Bahia. Isso mostra a importância que a cultura e a Secretaria de Cultura têm, hoje", disse Rubim. Dirigindo-se ao novo secretário durante o discurso, ele exaltou o trabalho desenvolvido, mas ressaltou bastante a falta de recursos financeiros que impediu que alguns projetos fossem executados. "Jorge, este trabalho é muito importante, muito significativo. É um grande desafio, mas eu acho que, para as pessoas ligadas à cultura e à política, é uma honra esse lugar. A Secretaria de Cultura é um cargo fundamental em um estado como o nosso, que é um estado eminentemente cultural, que é uma terra da cultura", afirmou. O ex-secretário falou sobre as dificuldades e o apoio para desenvolver o trabalho. "O plano de institucionalização da cultura também trabalhou com a reforma dos equipamentos culturais. Estão em andamento, com a primeira fase já concluída, a reforma do Arquivo Público, do Museu de Arte Moderna e do Teatro Castro Alves. Mas, apesar disso, algumas obras necessárias não foram realizadas. Isso se deve, fundamentalmente, à limitação de recursos da secretaria e, muitas vezes, das dificuldades de efetivação destas construções", lamentou.


Foto: Reprodução / Facebook / SecultBA

Para Rubim, além da falta de recursos, Portugal terá que melhorar também a questão da "agilidade nessa área de obras do governo do Estado". "Muitas vezes, a gente tinha recursos, mas a agilidade não viabilizava essas obras", declarou. Albino voltou a citar os problemas financeiros depois de falar dos projetos para divulgar a cultura baiana fora do país, como o kit do teatro baiano, livros publicados pela secretaria e divulgados nacionalmente e o Mapa Musical da Bahia. "Nós fizemos grandes diálogos com o Brasil e com o mundo. Entretanto, diversos desses programas ficaram abaixo das suas potencialidades devido às limitações financeiras, apesar dos índices alcançados pela secretaria na execução orçamentária", avaliou. Rubim finalizou o discurso agradecendo aos partidos políticos que apoiaram o seu trabalho, principalmente ao PT. "Nós tivemos uma série de parlamentares de vários partidos que foram muito atuantes e tiveram uma relação muito próxima com a secretaria. Sem a participação da comunidade cultural e sem o empenho e dedicação da secretaria de cultura, tudo isso não aconteceria. Gostaria de agradecer a todos, pois o trabalho foi e é um trabalho coletivo. As políticas públicas de cultura desenvolvidas na Bahia, nesses anos, são frutos de muitas mãos, resultado direto de articulações e diálogos constantes com a sociedade civil, a sociedade política e as comunidades culturais", concluiu.

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