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Marca Bahia Notícias

Notícia

'Vamos tocar tudo que já lançamos', diz Pietro sobre show de 10 anos da Pirigulino Babilake

Por Virgínia Andrade

Show acontece neste sábado (18), no Pelourinho. Foto: Vinicius Xavier/Divulgação
Como dizem, dez anos não são dez meses ou dez dias. Em uma década cabe muita música e amigos também. E para celebrar dez anos de amizade e bons encontros, a Pirigulino Babilake se reúne, após hiato de um ano e meio, para um show especial que promete emocionar a todos que acompanham a banda. A apresentação acontece neste sábado (18), na Praça Tereza Batista, Pelourinho, a partir das 21h. “Tocar no Pelourinho é tocar em casa. O palco da Pedro Archanjo foi o primeiro onde toquei profissionalmente, aos 15 anos, então me sinto muito à vontade não só como artista, mas como alguém que está dentro da sua própria casa. Foi uma escolha e uma oportunidade”, destaca Pietro Leal, vocalista da Pirigulino. Quem for, vai conferir o repertório autoral da banda na íntegra, incluindo todas as músicas do Rosa Fubá (2010) e do EP Quarto Crescente (2012), além de singles e releituras que marcaram a trajetória da banda. “A ideia é tocar todo o repertório autoral que a gente já produziu e já lançou. Estamos tentando compactar tudo dentro de um show. A Pirigulino tem um repertório autoral muito diverso, no sentido de gêneros, e a gente entende que o público também é diverso. Tem gente que gosta daquela música e daquela outra, e não queremos deixar nada de fora para todo mundo sair satisfeito”, diz Pietro. Para este show, a banda se apresentará com a mesma formação que gravou o Rosa Fubá, formada por Guto Miranda (guitarra e teclado), Davi Brandão (guitarra), Gugu Pinto (percussão), Rafael Menduyn (bateria) e Vinicius Nunes (baixo), além de Pietro na voz e no violão. “É a formação que talvez tenha passado mais tempo junto e que a gente se compreendeu como banda, de uma forma mais segura”, avalia o cantor.

O novo single da Pirigulino Babilake, "Modo Avião", também estará no show deste sábado:

Em fase de transição e autoconhecimento, a Pirigulino Babilake está sem fazer shows desde o início de 2014, mas o reencontro não significa que a banda vai voltar à ativa. Pelo menos não de imediato. Segundo Pietro, o grupo precisava de um tempo para respirar e se entender não apenas dentro do mercado, mas individualmente, cada um a sua vida. “Cada um tinha vontades e planos e vimos uma oportunidade boa de experimentar isso. Até porque sentimos que a banda vive com e sem a gente também. As músicas giram na rede, sabe? Então resolvemos e respirar um pouco”, explica. Hoje, a Pirigulino ainda está tentando entender esse retorno e como seria a relação da banda à distância, já que Pietro, o guitarrista Guto e o baixista Vinicius vivem atualmente em São Paulo. “De início, a intenção do encontro é esse show especificamente. O pensamento é de fazer esse show e depois compreender como a gente levaria isso com essa formatação, uma parte morando aqui em Salvador e outra parte em São Paulo”, pondera. Por enquanto, o grupo abusa da tecnologia para lidar com a distância física e se manter conectado. “Vínhamos ensaiando em São Paulo com o nosso baterista gravando as baterias aqui [em Salvador] e mandando por e-mail. Ensaiávamos ouvindo o áudio dele. O virtual facilita a relação”, conta. Apesar de uma ou outra adversidade, a saída de Salvador foi uma mudança necessária para Pietro, que se sentia “anestesiado” em relação ao que a cidade tem a oferecer de bom e que era sufocado pelos problemas cotidianos da capital. “Quando a gente vive o dia a dia de Salvador, acabamos nos anestesiando para um monte de coisa que existe aqui, que é bonita, e que você só percebe quando sai. Eu volto para Salvador com um prazer maior, sem conviver com os problemas diários da cidade, mas compreendendo que eles existem, e tentando relembrar esse lado bonito que, às vezes, a gente esquece ou passa despercebido”, pontua. 
 

Para o show de 10 anos, a Pirigulino se apresentará com sua formação original, composta por Pietro, Guto, Gugu, Davi, Rafael e Vinicius | Foto: Vinicius Xavier
 
Para além da compreensão do seu lugar enquanto baiano e, mais ainda, sua condição de baiano em São Paulo, a mudança também mexeu com Pietro musicalmente. Apesar de ter mudado há apenas um ano, o músico já sente a diferença nas composições e pensa em gravar um disco solo, paralelo ao seu trabalho na Pirigulino. “Tudo isso veio com essa mudança, que trouxe várias outras mudanças na minha cabeça, inclusive a de compreender essa relação com Salvador e de ser baiano, porque ser baiano em São Paulo é ser baiano mesmo e se compreender como tal. Então venho repercebendo meu sotaque e muitas outras coisas”, comenta. Vizinho da Maglore em SP, o cantor tem aproveitado a experiência para pensar e articular novos projetos ao lado dos conterrâneos, mas não só. “As pessoas perguntam se eu estou fazendo música em São Paulo e eu digo que estou conspirando música. Tenho encontrado os meninos da Vivendo do ócio, da Maglore e outros baianos que vão a São Paulo. A vivência me fez perceber que a Bahia tem um valor muito grande lá. Não só um valor cultural, mas artístico, de mercado, que muitas vezes não é explorado e a gente está conspirando essas parcerias para poder pensar em projetos juntos em São Paulo em breve”, revela. Apesar de ainda não poderem ser mostradas, segundo Pietro, já existem coisas pré-formatadas e encaminhadas, além de outras ideias interessantes sendo gestadas.

Ouça abaixo "Rosa Fubá" e relembre os primeiros sucessos da Pirigulino:

Por enquanto, resta aos fãs curtirem o show de sábado, que será um reencontro com a Pirigulino Babilake e, para Pietro, a oportunidade de se reaproximar de um público que curtia o grupo no início, mas se distanciou com o tempo. “A banda não marca só a gente, ela marca uma geração. Tenho sentido nas redes sociais um movimento de pessoas que assistiram aos primeiros shows da Pirigulino, depois não ouviram mais, e que agora vão voltar para assistir. Isso para a gente é interessante”, enfatiza. Sobre a onda de términos de bandas com muito tempo de estrada, Pietro acredita que ninguém tem o poder de acabar com uma banda, porque as pessoas vão continuar ouvindo e gostando das músicas. “A gente sabe que o poder de se ter uma banda é muito maior do que os músicos pensam sobre isso. Passamos um ano sem tocar e a Pirigulino continuava sendo tocada, as redes sociais continuaram movimentadas, então é maior que a gente”, conclui.
 
Serviço
O QUÊ: Pirigulino Babilake comemora 10 anos
QUANDO: Sábado, 18 de julho, a partir das 21h
ONDE: Praça Tereza Batista, Pelourinho
QUANTO: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

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