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Notícia

Em cartaz em Salvador, Claudia Ohana diz que relacionamentos sempre acabam ao telefone

Por Jamile Amine

Foto: Divulgação
Motivada pelo “axé da cidade”, a atriz carioca Claudia Ohana traz a Salvador, nesta sexta-feira (21), a estreia nacional do espetáculo teatral “A Voz Humana”, uma adaptação do clássico texto do francês Jean Cocteau. A comédia dramática que foi apresentada pela primeira vez em 1930, com Berthe Bovy, e teve como protagonistas nomes como Maria Barroso, Eunice Muñoz, Isabel de Castro, Raquel Dias, Margarida Cardeal e Ana Moreira, está em cartaz no Teatro Sesc Casa do Comércio até o domingo (23). “A gente queria estrear fora do Rio, pra viajar um pouco, e Salvador nos pareceu ideal. A gente tem duas maneiras de estrear hoje em dia. Ou você estreia no eixo Rio – São Paulo, ou viaja e depois vem pra cá. Nós somos uma peça com várias pessoas que se juntaram, que não têm patrocínio. Fizemos aqui por amor, e então, sem patrocínio, no Rio de Janeiro e São Paulo já fica mais difícil. E a gente achou que Salvador seria uma cidade boa, já temos fechado em várias cidades, mas escolhemos Salvador para dar aquele Axé”, contou a artista em entrevista ao Bahia Notícias.
 
Além de ser um clássico interpretado por grandes nomes e, segundo Claudia Ohana, cobiçado por todas as atrizes, a peça é um monólogo, o que representa um desafio ainda maior para a artista. “Tem uma responsabilidade. Eu falo que sou metida, porque tem que ter uma cara-de-pau para fazer um monólogo. Eu nunca pensei que podia fazer, mas depois eu fiz falas e percebi que poderia encarar um monólogo”, diz Claudia. “É um desafio grande porque você está o tempo todo sozinha no palco e você está falando ao telefone com alguém que não existe. É muito difícil isso. E o personagem se chama ‘Ela’, é uma mulher, não é um personagem que tenha um nome, uma profissão, então você leva muito de você pro palco. As pessoas vão ver. É um drama, um término. Mas às vezes, em um término, a pessoa tão apaixonada acaba ficando patética, e aí vira comédia, tem um certo humor. Mas vocês vão ver eu terminando um relacionamento pelo telefone”, conta.

 

'Hoje você começa o relacionamento pelo Facebook e acaba no Whatsapp', diz Claudia Ohana | Foto: Divulgação
 
A mulher em questão ama verdadeiramente um homem e tenta, desesperadamente, impedir que ele se vá. Através da personagem, o espetáculo aborda temas como amor, desamor, encontros, desencontros e términos, que para a atriz só acontecem intensamente uma vez na vida. “Eu acho que a gente só tem uma relação assim uma vez na vida. Ela está em um extremo. Está em uma relação que ela acha que não vai conseguir viver sem aquela pessoa, e eu acho que a gente só tem isso uma vez na vida. Quem não passou, passará”, opina a atriz, sobre o clássico que recentemente ganhou uma versão cinematográfica, protagonizada por Sophia Loren.
 
O texto, que foi feito para a comédia francesa nos anos 1930, segue atual, já que tais sentimentos são universais. Claudia lembra que a obra foi escrita bem quando chegou o telefone, mas diz que se encaixa perfeitamente na sociedade atual. “Hoje você começa o relacionamento pelo Facebook e acaba no Whatsapp. Todo relacionamento, você pode acabar ao vivo, claro, mas no final acaba no telefone. Duvido que os seus não tenham sido assim. Eu boto a minha mão no fogo que todo mundo acaba a relação e fica no telefone horas discutindo o relacionamento”, desafia a artista, que após apresentações em Salvador , segue com o espetáculo para Ilhéus, Petrolina, Fortaleza, Brasília, Manaus e Vitória.
 

A atriz integra o elenco da série "Psi", cuja segunda temporada estreia em outubro na HBO | Foto: Divulgação
 
Além do teatro, o público poderá ver Claudia Ohana na série “Psi”, que estreia sua segunda temporada em outubro, na HBO. A atriz acabou de gravar ainda o filme “Aldo”, sobre o lutador José Aldo; e integra também o elenco de “Zoom”, onde interpreta o par romântico de Mariana Ximenes, e contracena com Gael García Bernal e Jason Priestley.


Serviço
O QUÊ: “A Voz Humana” – Cláudia Ohana
QUANDO: 21, 22 e 23 de agosto, Sexta e sábado, às 21h e domingo, às 20h
ONDE: Teatro Sesc Casa do Comércio
QUANTO: R$ 70/ R$ 35 (sexta e domingo) e R$ 80/ R$ 40 (sábado)

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