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Marca Bahia Notícias

Notícia

O 'Olhar Material' de Bel Borba converte lixo em arte na Praia do Forte

Por Jamile Amine

Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
Com obras inéditas, além de trabalhos já expostos em Salvador, São Paulo, Nova York e Montreux (Suíça), o artista plástico baiano Bel Borba lançou seu “Olhar Material” neste domingo (13), no Tivoli Ecoresort da Praia do Forte. A exposição, que conta com 37 esculturas confeccionadas através do reaproveitamento de materiais como plástico, concreto, madeira e metal, se deu à convite de João Pinheiro, Diretor Geral do estabelecimento, por entender que o trabalho do artista tinha conexão com o conceito ambiental do hotel. “Ele me convidou por achar que seria uma maneira de criar um novo entretenimento aqui para os hospedes, alinhado com essa coisa da ecologia”, explica Bel Borba, que sempre produziu obras sustentáveis, antes mesmo de pensar no conceito. “Na realidade eu nunca dei essa ênfase à coisa ambiental, só agora me ocorreu. Eu fazia a reutilização por uma questão inevitável, era o que encontrava disponível. A primeira exposição que eu fiz, em 1975, na Universidade Federal da Bahia, ela foi de assemblagem, que é você fazer uma montagem de fragmento de mecânica, de carro. Então eu não tinha atinado de que eu sempre fui um reutilizador”, conta o artista, que pretende estimular o cidadão comum a lembrar da sua capacidade de transformar lixo em “uma coisa digna de contemplação”.
 

Bel Borba e João Pinheiro durante o lançamento da exposição | Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
 
E foi nesta direção que surgiu o “Olhar Material”: da sincronia entre a matéria-prima encontrada por Bel Borba e sua mirada, que transformou, por exemplo, fragmentos da implosão da antiga Fonte Nova em esculturas como “Cérebro”, “Aranha Mãe” e “O Beijo”. “Essa minha pegada, esse meu rastro na direção da área ambiental não anula a história isolada de cada uma dessas coisas. A história da moça que me deu 180 pias para fazer as bolhas ou aquele “Cachorrão” ali que eu fiz com 2 mil garrafas pet. Cada um tem sua historinha, eu gosto dessa coisa intimista”, diz os artista sobre as obras, que estarão expostas no Tivoli até fevereiro de 2016. E o próximo passo já está definido. Depois de um ano com os pés plantados na Bahia para dedicar-se à filha de três anos e meio, Bel Borba se sente preparado para voar outra vez. “Olhar Material” seguira itinerância, passando por Recife, Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro e, por fim, Düsseldorf, na Alemanha, onde o baiano conhece um artista que possui uma galeria fechada e uma fazenda de energia solar, que deve ser transformada em local de exposição.

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