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Marca Bahia Notícias

Notícia

Em cartaz no Teatro Molière, Ricardo Castro faz homenagem ‘irônica e despudorada’ ao Axé

Por Jamile Amine

Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias
O ator baiano Ricardo Castro apresenta, até o dia 26 de março, o espetáculo “Sexo, Drogas & Axé Music”, em cartaz no Teatro Molière da Aliança Francesa às sextas e sábados. Segundo o artista a montagem é uma homenagem “lisérgica, irônica e despudorada” aos 30 anos do gênero musical. O ator, que acumula 11 funções, deste diretor, a figurinista e técnico de som, escolheu “Hamlet”, uma tragédia de Shakespeare, para contar a história do reino do Axé. A peça, é narrada por Ramlet  - com “R”, por um erro de um funcionário do cartório -, o príncipe do carnaval, viciado em Axé, que busca ajuda no grupo de apoio, Axezeiros Anônimos, para se livrar da dependência. A partir dai, e usando paródias de personagens clássicos, como Ofélia, Horácio e Claudio, além dos coveiros, que nesta versão são uma espécie de “corveiros”, mistura de coveiros com cordeiros, o artista conta a tragédia do reino do Axé. “Qualquer indústria, corte, muito endinheirada, como acontece com o axé, que passou a ser uma indústria que movimenta muito dinheiro e muitas pessoas de todas as áreas, começa também a criar as intrigas palacianas. E isso gera tragédias”, conta Ricardo. Em entrevista ao Bahia Notícias, o ator explicou de onde surgiu a ideia para montar o espetáculo e a inspiração de artistas como Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Carla Perez e Gerônimo, para a construção dos personagens. Ricardo comentou ainda sobre a “crise” do Axé, o papel social dos artistas baianos, fez um comparativo com o carnaval de Pernambuco e sobre a suposta independência daqueles que recebem dinheiro público para tocar sem cordas. “Na minha peça tem dois cordeiros, que viraram coveiros porque eles não têm mais trabalho, porque todos os grandes artistas agora são independentes, e tocam de graça por R$ 500 mil. Eu adoraria trabalhar de graça por R$ 500 mil, você não queria não? (risos). Então, assim, que independência é essa, quando esse dinheiro vem de um governo ou de uma prefeitura?”, questiona. Confira a entrevista completa.

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