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Marca Bahia Notícias

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Em nova carta, Lobão alfineta Gil, Caetano e Chico e critica Lei Rouanet: ‘antro de parasitas’

Foto: Divulgação
Depois de enviar uma carta aberta endereçada a Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque (clique e confira), Lobão resolveu enviar uma nova mensagem aos medalhões da música popular brasileira, sob a justificativa de que “não houve nenhum sinal significativo de resposta”. “Saliento comovido e contente o meigo e solitário depoimento de Gil ao aceitar as minhas desculpas. Contudo, se Gil se dispusesse a ler o texto com atenção constataria que o cerne da questão gira em torno de um outro intento: uma convocação”, escreveu o cantor em carta enviada com exclusividade à Jovem Pan. Para Gil, ele destacou o papel do baiano no Ministério da Cultura e fez insinuações sobre os benefícios decorrentes da posição política ocupada por Gil e por Juca Ferreira. “Não sei se é apenas uma estranha coincidência, mas foi exatamente durante todo esse período que as perversidades e aberrações da Lei Rouanet começaram a pulular em total descontrole. Foi aí inaugurada a era em que artistas consagrados com grande nicho de público e mercado, começaram a pautar seus eventos, shows, projetos, discos e DVD por intermédio de subvenção de incentivos hospedados no bojo dessa lei, transformando o mainstream cultural num antro de parasitas, chapas-brancas e castrados de opiniões confiáveis”, escreveu, acrescentando que “Essa lei proporcionou que a criação artística decrescesse a níveis alarmantes, pois os tais editais dos quais se extrai a grana dos medalhões privilegiam as enfadonhas comemorações de aniversários de carreira, reuniões insólitas entre aristas improváveis, homenagens pouco sinceras a astros falecidos, festas sem algum sentido real de se comemorar e outras chicanas lamentáveis para justificar o uso do dinheiro público. Para piorar a situação, como se isso só não bastasse, esse grupo de parasitas passa a atuar como um grupo de ardentes defensores do governo. É a Era do Artista Chapa-Branca. Uma era a ser esquecida”. Recentemente o Ministério da Cultura emitiu uma nota oficial dando esclarecimentos sobre a lei de incentivo e refutando as críticas neste sentido (clique e veja).
 
Escrevendo como “Nada” e em nome dos artistas anônimos, “apartados de grandes eventos, que não têm acesso a leis de incentivos, que não são residentes de trilhas de novelas de grande emissoras, que não contam com o beneplácito das editorias de cultura dos jornais...”, Lobão faz um “apelo angustiado”: “Seria plausível vocês reverem suas posições quanto a essa lei de direitos autorais e nos ajudar a revogá-la? Ainda é tempo. O STF está analisando nosso pedido de revisão e o relator é o Ministro Fux. Seria lindo nos aliarmos nesse momento de tamanha gravidade. Seria mais lindo ainda derrubar a Lei Rouanet como vigora e tentarmos direcionar seus benefícios àqueles que realmente dela precisam (Sou o Nada mas, mesmo nessa hipótese continuaria a não me incluir como beneficiário)”. Lobão disse ainda que seria triste que Gil e Caetano, que fizeram muito pela cultura brasileira, se reduzissem “como ícones de uma era vergonhosa, como defensores de um governo execrável, incompetente, corrupto, criminoso”, acrescentando que a dupla baiana ainda teria tempo de pedir perdão, como ele próprio pediu. Para Chico Buarque, Lobão afirmou que se assusta com a “impermeabilidade diante da falência absoluta de suas crenças ideológicas”. Ele propôs ainda que o carioca pedisse desculpas a povo: “Me perdoe, povo brasileiro por ser eu, um mimado por uma corte de intelectuais flácidos ao meu redor me tornando imune a qualquer drama de consciência e insistir em subscrever um ideário comunista que tem sob seu manto a opacidade dos medíocres, cujo o único brilho que emana de seus anseios é o da inveja, da revanche e do ódio. Enfim, povo brasileiro, me perdoe por te trair". (confira a carta completa).

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