Falta de diversidade em ‘Entre Idas e Vindas’ gera questionamentos da plateia em Salvador
Amor, amizade, traição, perdão e conflitos familiares. Essas são as linhas que desenham o filme “Entre Idas e Vindas”, estrelado por Ingrid Guimarães, Alice Braga, Caroline Abras, Rosanne Mulholland, Fábio Assunção e o jovem estreante João Assunção, filho do veterano ator global. Com direção de José Eduardo Belmonte, responsável por “Alemão” e “Se nada mais der certo”, na última quarta-feira (13), o longa foi exibido em uma sessão especial com a presença de Ingrid e Alice Braga. Na plateia, imprensa e convidados viram em primeira mão o produto final, a exemplo da fotógrafa Andréa Magnoni. Para ela, a fotografia do filme é interessante, bem como as tomadas e forma como capturaram as imagens, porém um questionamento se fez presente durante toda a exibição: “Fico me perguntando se a proposta era colocar apenas mulheres brancas, magras, cisgêneros e heterossexuais, sabe? Acho que o produto ficou empobrecido por não ter uma gorda, uma lésbica ou uma preta. No fim, acaba se resumindo ao que estamos acostumados a assistir”, desabafa.
Isso porque a montagem conta a história de quatro amigas, atendentes de telemarketing, Amanda, Sandra, Cillie e Krisse, que decidem aproveitar as férias e cruzar o litoral sul de São Paulo em um motorhome, espécie de casa andante. Na outra ponta do enredo, é apresentado o drama de Afonso e Benedito, pai e filho, tentando chegar à capital paulista em um velho carro Lada para encontrar a mãe do jovem, sem que ele saiba. Eles não se veem há 6 seis anos, desde que ela se mudou para Paris. As histórias se cruzam quando o carro de Afonso quebra, sem possibilidade de conserto, e as meninas decidem dar carona a eles. A partir desse marco, a trama se desenrola e vários encontros e desencontros acontecem. “Entre Idas e Vindas” é um filme leve que pode conduzir o público a um álbum de fotografia antigo. Não tem aquele apelo das grandes comédias brasileiras, mas não é clássico filme italiano. Os personagens são bem defendidos pelos intérpretes, apesar de ser possível reconhecer na Amanda de Ingrid Guimarães traços de todos seus personagens anteriores. O ponto alto da trama é a grata surpresa do estreante João Assunção. Ele imprimiu um tipo carismático, a ponto de possibilitar o compadecimento do público com seus embates sofridos ao longo da narrativa.
Em entrevista ao Bahia Notícias, as atrizes contaram como foi realizado o convite. “Estava com muita vontade de trabalhar com o Belmonte e um dia ele me ligou e mostrou a ideia. Fiquei encantada com a proposta, porém do dia que conversamos até começar a filmar passaram-se uns 4 anos, o que fez toda a diferença, pois pude acompanhar a formação do roteiro, a chegada dos outros atores; vi toda construção de perto”, celebrou Alice. Já para Ingrid, o convite casou com uma vontade de interpretar um tipo diferente do que vinha desenvolvendo no cinema, “Há um tempo que queria fazer um ‘road movie’ (gênero fílmico em que a história se desenrola durante uma viagem), e contei dessa inquietação para Cláudia Jouvin, que é minha amiga e uma das roteiristas do longa, e me indicou para o Belmonte que, em seguida, fez o convite. Foi engraçado porque ele disse que só tinha a Alice Braga confirmada e eu pensei: ‘gostaria de fazer um filme com a Alice’ (risos). E o resultado ficou maravilhoso”, assegura.
Ingrid comemora o resultado e acredita que as pessoas embarcarão na história, “Acho que conseguimos fazer um filme que não vejo por aí, pois ao mesmo tempo em que diverte, traz emoção, sabe? Ele apresenta um pouco de cada um de nós e nos presenteia com essa relação linda de pai e filho. É um gênero comum lá fora, mas que sentimos falta aqui no Brasil. É o tipo que você assiste e sai se sentindo leve. Não é necessariamente uma comédia rasgada, nem um dramalhão”, explica. Entretanto, Alice ressalta que o processo não foi fácil, pois foi um filme que tirou os atores da zona de conforto, “O Belmonte tem uma coisa de tirar o ator do comum. Ele não queria que a Ingrid fizesse a comédia e nem que eu fizesse o dramalhão. Teve um ensaio que ficamos meio em pânico e nós duas brincamos: ‘será que a gente poderia trocar de personagens?’”, comenta aos risos. "Entre Idas e Vindas" estreia na próxima quinta-feira (21) em todo território nacional. Confira o trailer:
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Isso porque a montagem conta a história de quatro amigas, atendentes de telemarketing, Amanda, Sandra, Cillie e Krisse, que decidem aproveitar as férias e cruzar o litoral sul de São Paulo em um motorhome, espécie de casa andante. Na outra ponta do enredo, é apresentado o drama de Afonso e Benedito, pai e filho, tentando chegar à capital paulista em um velho carro Lada para encontrar a mãe do jovem, sem que ele saiba. Eles não se veem há 6 seis anos, desde que ela se mudou para Paris. As histórias se cruzam quando o carro de Afonso quebra, sem possibilidade de conserto, e as meninas decidem dar carona a eles. A partir desse marco, a trama se desenrola e vários encontros e desencontros acontecem. “Entre Idas e Vindas” é um filme leve que pode conduzir o público a um álbum de fotografia antigo. Não tem aquele apelo das grandes comédias brasileiras, mas não é clássico filme italiano. Os personagens são bem defendidos pelos intérpretes, apesar de ser possível reconhecer na Amanda de Ingrid Guimarães traços de todos seus personagens anteriores. O ponto alto da trama é a grata surpresa do estreante João Assunção. Ele imprimiu um tipo carismático, a ponto de possibilitar o compadecimento do público com seus embates sofridos ao longo da narrativa.
Em entrevista ao Bahia Notícias, as atrizes contaram como foi realizado o convite. “Estava com muita vontade de trabalhar com o Belmonte e um dia ele me ligou e mostrou a ideia. Fiquei encantada com a proposta, porém do dia que conversamos até começar a filmar passaram-se uns 4 anos, o que fez toda a diferença, pois pude acompanhar a formação do roteiro, a chegada dos outros atores; vi toda construção de perto”, celebrou Alice. Já para Ingrid, o convite casou com uma vontade de interpretar um tipo diferente do que vinha desenvolvendo no cinema, “Há um tempo que queria fazer um ‘road movie’ (gênero fílmico em que a história se desenrola durante uma viagem), e contei dessa inquietação para Cláudia Jouvin, que é minha amiga e uma das roteiristas do longa, e me indicou para o Belmonte que, em seguida, fez o convite. Foi engraçado porque ele disse que só tinha a Alice Braga confirmada e eu pensei: ‘gostaria de fazer um filme com a Alice’ (risos). E o resultado ficou maravilhoso”, assegura.
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Ingrid comemora o resultado e acredita que as pessoas embarcarão na história, “Acho que conseguimos fazer um filme que não vejo por aí, pois ao mesmo tempo em que diverte, traz emoção, sabe? Ele apresenta um pouco de cada um de nós e nos presenteia com essa relação linda de pai e filho. É um gênero comum lá fora, mas que sentimos falta aqui no Brasil. É o tipo que você assiste e sai se sentindo leve. Não é necessariamente uma comédia rasgada, nem um dramalhão”, explica. Entretanto, Alice ressalta que o processo não foi fácil, pois foi um filme que tirou os atores da zona de conforto, “O Belmonte tem uma coisa de tirar o ator do comum. Ele não queria que a Ingrid fizesse a comédia e nem que eu fizesse o dramalhão. Teve um ensaio que ficamos meio em pânico e nós duas brincamos: ‘será que a gente poderia trocar de personagens?’”, comenta aos risos. "Entre Idas e Vindas" estreia na próxima quinta-feira (21) em todo território nacional. Confira o trailer: