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Marca Bahia Notícias

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Coordenadora do Coquetel Molotov destaca incentivo estadual para sucesso de festivais

Por Jamile Amine

Foto: Reprodução / Facebook
Realizado na capital baiana em 2010 e 2011, o No Ar Coquetel Molotov retorna à cidade pela terceira vez, com shows musicais de Céu, OQuadro, Ava Rocha (clique aqui e saiba mais), Boogarins, Giovani Cidreira, Ventre, Bagum e Lívia Nery, neste sábado (14), a partir das 17h, no Museu du Ritmo. Originário de Recife, em 2015 o festival chegou a ter uma edição reduzida anunciada para Salvador, mas acabou não acontecendo, por problemas burocráticos. O hiato de mais de cinco anos serviu, no entanto, para acertar os pontos e costurar um evento ainda mais completo. Há 13 anos à frente do Coquetel Molotov, a coordenadora Ana Garcia conta que tiveram que refazer todo projeto, que este ano teve como proponente a produtora baiana Maré, viabilizando, assim, a captação de recursos estaduais por meio do Fazcultura. “O festival esse ano está vindo para Salvador com mais cara do que é o festival de Recife. A gente está conseguindo explorar também outras formas de arte, além da música. A gente está com uma feirinha com mais de 25 expositores, tem desfile, vai ter intervenção artística”, explica Ana Garcia.
 
A produtora lembrou ainda que um dos requisitos para garantir o patrocínio foi oferecer uma programação 50% baiana. “Para a gente faz todo sentido, já que é um festival que pretende estimular a cena local”, disse a coordenadora do festival, que destaca ainda a importância das políticas de incentivo em nível estadual. “Estados como a Bahia e como Minas Gerais têm sistema de incentivo, onde a gente pode aprovar o projeto e captar [com a iniciativa privada] e isso é muito importante. É incrível, mas em Pernambuco nós não temos isso, então a gente não consegue captar e varias empresas, como Ambev, Oi, Natura, que estão procurando estados onde tem o mecenato para investir em projetos locais”, afirma Ana Garcia. 
 
Para ela, que há mais de uma década trabalha no ramo dos festivais, o cenário é melhor do que no passado, mas o setor ainda depende muito do dinheiro público para se manter. “Qual festival acontece em Salvador, que não seja popular, que não tenha apoio do Fazcultura? É pouquíssimo, você pode contar nos dedos. É preciso esse tipo de incentivo”, questiona. A produtora destaca ainda a discrepância entre as diferentes regiões do Brasil e a necessidade de estimular as empresas a enxergarem as potencialidades dos projetos e das leis de incentivo. “A gente vê o eixo Rio-São Paulo com uma visão um pouco melhor. No nordeste isso ainda está muito limitado, muitas vezes porque [as empresas] não entendem como funciona [política de incentivo], têm medo de usar, não tem nenhuma ideia melhor de como as coisas funcionam e de que existe sim fiscalização, prestação de conta”, avalia. 

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