Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

‘O óbvio precisa ser dito’: Monique Kessous retorna a Salvador com show existencial

Por Jamile Amine

Foto: Divulgação

A cantora e compositora carioca Monique Kessous, que há pouco mais de um ano trouxe a Salvador o show de seu mais recente disco, “Dentro de Mim Cabe um Mundo”, retorna à capital baiana com a nova turnê “S.Ó.S”, em cartaz no Café-Teatro Rubi nesta sexta-feira (10) e sábado (11), às 20h30. “O trabalho novo não é disco, mas pode virar ainda. Acho que vai virar um EP futuramente, não sei ainda em que formato”, revela a artista, em entrevista ao Bahia Notícias. Além de algumas releituras e das músicas inéditas incluídas no repertório – “S.Ó.S.”, “Calmante Anti Sentimental”, “Viada” e “Normal, Aham” –, o que há de diferente neste show é o formato acústico e intimista, no qual Monique sobe ao palco apenas acompanhada pelo irmão e principal parceiro musical, Denny Kessous, ambos tocando violão. “A gente toca algumas músicas já conhecidas de outros trabalhos, algumas versões e músicas novas. Essa ‘S.Ó.S.’, que deu nome ao show e acabou virando ‘S.Ó.S.’ com acento no ‘o’, traz vários aspectos envolvendo esse nome. Ela faz parte de uma trilogia existencial que eu quero continuar e essa é a segunda etapa. A primeira foi com o ‘Dentro de Mim Cabe um Mundo’, meu disco passado”, conta a cantora, explicando que a nova turnê aborda os diversos significados da música-tema.  “Fala sobre isso, de sermos sós, de estarmos ali a sós com o público, falando de uma forma mais íntima e mais próxima. E fala também desse momento de crise, talvez cósmico. Não sei exatamente o que é, mas muitas pessoas se sentem diferentes. Fala de tanta coisa que tem acontecido no mundo, da certa dificuldade de ter otimismo. Fala sobre isso, e no final diz: ‘o vento traz, mas leva a dor embora’, então traz essa mensagem de otimismo também, que eu acho importante”, explica.

 

Confira um trecho de "Viada", uma das novas composições de Monique Kessous:


Depois de cantar sobre quebra de rótulos e tolerância no último trabalho (clique aqui e saiba mais), em seu novo repertório Monique intensifica o discurso do respeito à diversidade, a partir de observações cotidianas. A canção “Normal, Aham”, por exemplo, é uma crítica à exploração animal; enquanto “Viada” aborda o tema da “cura gay”. De acordo com a cantora, as mensagens têm a ver com a crise atual no Brasil e as injustiças que ela enxerga. “É um momento S.O.S. na vida, de precisarmos estar juntos para fazer alguma coisa, uma mudança, e tentar ter otimismo no dia de hoje”, contextualiza. Segundo ela, o apelo serve para discutir a questão dos direitos humanos e para “lutar contra essas pequenas grandes coisas que acontecem e atrapalham a vida das pessoas, principalmente de quem não tem informação e sofre preconceito de uma forma ignorante”. 


E se, por um lado, cresce hoje no país a hostilidade contra os artistas e manifestações culturais – inclusive com o assombro do fantasma da censura –, por outro, Monique Kessous está convicta de que é preciso reagir. “É um momento crucial, a gente tem que se posicionar e ser espelho para quem tiver assistindo, no sentido de inspirar e dizer o que realmente precisa ser dito. Tem muita coisa absurda acontecendo, então acho que os artistas precisam se posicionar sim. O óbvio precisa ser dito, e às vezes uma coisa que a gente acha que é óbvia, ela não é para todo mundo”, avalia a artista, que começou a turnê “S.Ó.S.” no Nordeste, mais precisamente em Fortaleza, e diz estar animada para reencontrar os baianos. “Minha expectativa é máxima, estou super animada e adoro o público de Salvador”, revela a cantora, que no último show realizado na cidade fez uma dobradinha animada com a plateia e chegou a aprender alguns verbetes do “baianês” (clique aqui e relembre). “O pessoal que foi ano passado já se manifestou e disse que vai voltar para curtir junto, pensar junto, e trocar energia”, diz a carioca sobre seu público, que promete cobrar o “dever de casa” e ensinar novas gírias locais.  “Tenho que relembrar tudo!”, brinca Monique.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Monique Kessous – S.Ó.S.
QUANDO: Sexta-feira e sábado, 10 e 11 de novembro, às 20h30
ONDE: Café-Teatro Rubi – Sheraton da Bahia Hotel – Salvador (BA)
VALOR: Couvert artístico de R$ 70

Compartilhar