Com disco de inéditas programado para 2018, Jards Macalé faz show intimista em Salvador

Contemplado pelo edital Natura Musical, Jards Macalé se prepara para lançar um disco de canções inéditas em 2018. “Estou garimpando aqui e estou começando a trabalhar nas músicas”, conta o cantor, violonista, compositor, arranjador e ator carioca, que no novo trabalho deve registrar parcerias com nomes como Kiko Dinucci (Metá-Metá) e Romulo Fróes. Enquanto o álbum não se materializa, ele segue nos palcos e, nesta sexta (1º) e sábado (2), aporta no Café-Teatro Rubi, em Salvador, com um show intimista, de voz e violão.

O repertório das apresentações é baseado no CD e DVD Ao Vivo, de 2015, além de sucessos de sua carreira de mais de 50 anos. “Mas tem algumas coisas que eu vou cantar também, como ‘A Banca do Distinto’, de Billy Blanco e Dolores Duran. Também coisas de Luiz Melodia; coisas minhas com Torquato Neto, Capinan, Waly Salomão e Rogério Duarte”, conta Jards, evidenciando a forte influência baiana em suas parcerias, que, além do trio citado por ele (Capinan, Waly e Rogério), incluem nomes como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa. Esta última gravou sua canção “Vapor Barato”, considerada por Macalé um “hino que atravessa os tempos”.

 

Gal Costa interpreta "Vapor Barato":

Aos 74 anos, Jards demonstra ter também uma boa relação com as novas gerações. Isto se expressa tanto por seu público, que segundo ele hoje é 80% formado por jovens; quanto pelos parceiros de vários gêneros musicais e idades diversas. Segundo o músico, que nos dois últimos álbuns gravou com Elton Medeiros, Luiz Melodia, Frejat, Zeca Baleiro, Ava Rocha e Thais Gulin, o segredo é simples: “Todos nós nos aproximamos através da música e diferentes formas de poesia”.

Com os ouvidos atentos, Macalé conta que tem reconhecido muitos novos trabalhos de qualidade e diz que no país segue existindo um “movimento fertilíssimo” na música. Apesar de evitar citar nomes, para não ser “injusto” com aqueles que sua memória poderia excluir, ele avalia como rica a cena independente. “Eles estão mais nas redes sociais, do que propriamente no que chamamos de mercado. Então, em São Paulo tem uma coisa fortíssima de autores e cantores. Na Bahia também, de criadores. No Brasil inteiro. Eu tenho ganhado muitos discos, poesias. Eu fico impressionado com como o Brasil é um caldeirão de arte, mesmo com todos estes problemas terríveis que estamos passando”, avalia. 

 

SERVIÇO
O QUÊ: Jards Macalé
QUANDO: Sexta-feira e sábado, 1º e 2 de dezembro, 20h30
ONDE: Café-Teatro Rubi – Sheraton da Bahia Hotel – Salvador (BA)
VALOR: Couvert artístico de R$ 80