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Marca Bahia Notícias

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Paula Lavigne diz que Huck não deve se candidatar por ser 'arejado' e 'honesto'

Foto: Divulgação

A produtora e atriz Paula Lavigne teve um ano de intenso ativismo. No apartamento em que mora com o cantor e compositor Caetano Veloso, no Rio, recebeu uma série de políticos - alguns deles presidenciáveis. “Sem dúvida foi um ano atípico, pelo ritmo em que os retrocessos vieram. As causas nos atropelaram e nos mobilizaram. Como muitas pessoas, senti a necessidade de fazer alguma coisa diante de tamanha perda de direitos”, disse ela, que é líder do movimento de artistas batizado de 342, que defendeu a abertura das investigações contra o presidente Michel Temer. Em entrevista por e-mail ao Estadão, Paula Lavigne contou como se deram os encontros em seu apartamento. “Recebemos pedidos e sugestões de parte da classe artística que quer ouvir e debater com nomes da política nacional. É importante deixar claro que não é a classe toda, mas um grupo ao qual eu tenho acesso. Não temos restrição partidária, mas só convidamos pessoas do campo progressista. Recebemos o Ciro Gomes, a Marina Silva, o Joaquim Barbosa, o Fernando Haddad, o Guilherme Boulos e outros. E todos causaram excelente impressão ao apresentarem suas ideias sobre o Brasil”, disse a mulher de Caetano.

 

A produtora afirmou ainda estar receosa com o cenário no país no próximo ano, que é de eleições presidenciais. “A minha preocupação com 2018 é com o uso descontrolado de robôs e difusão de fake news, que já ocorrem sem regulamentação. Precisamos ter essa preocupação, pois isso pode fazer muita diferença no cenário eleitoral”, avaliou, rechaçando qualquer possibilidade de candidatar-se. “Minha vocação não é ocupar cargos públicos, fazer negociações com quem discordo ou ter que agir diplomaticamente com pessoas cujas práticas desprezo. Meu perfil é outro. E temos de parar de achar que as pessoas só se engajam em causas por interesse próprio. Eu gosto de ser ativista do lugar onde estou e nele quero permanecer”, afirmou, não rejeitando, no entanto a possibilidade de vir apoiar algum candidato. “O 342 existe em torno de causas. São elas que nos reúnem e agregam. Se houver algum candidato que represente o nosso conjunto de causas e a maioria do movimento decidir apoiar, isso pode acontecer”, ponderou Lavigne, que considera Joaquim Barbosa “uma pessoa com importantes serviços prestados e que pode qualificar muito o debate eleitoral”. “O admiro e respeito muito”, acrescentou. Sobre Luciano Huck, outro nome que foi cogitado como presidenciável, ela avalia como “um empreendedor, uma pessoa bastante arejada e honesta”. Apesar disso e por isso, ela diz que ele “não precisa se submeter à violência e ao baixo nível de uma campanha”. Já a candidatura de Guilherme Boulos, do MTST, lhe parece positiva. “O Boulos é uma liderança desse momento urgente da política brasileira, que necessita de nomes novos e identificados com as causas. Se for candidato, certamente dará muita qualidade ao debate político”, diz Paula Lavigne. 

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