Pabllo Vittar encerra 1ª temporada de programa com performance de coral de drags
O programa "Prazer, Pabllo Vittar" encerrou sua primeira temporada nesta terça-feira (29), no Multishow, com participações especiais de Maria Gadú e Mateus Carrilho, além de uma performance emocionante de um coral de drags. Com vestido vermelho, Pabllo abriu o programa cantando “Pode Apontar”. Em seguida, a cantora falou sobre sua formação como pessoa e como artista e bateu um papo com os convidados sobre assuntos como o futuro, temática do episódio de encerramento. "Estou feliz de receber vocês aqui hoje, até porque o último programa vai falar de futuro, fala de futuro, e eu acho que isso é muito lindo. Os artistas LGBTQs assumindo espaços e botando a música aí nas paradas de sucesso, dando a cara a tapa todos os dias. Aconteceu várias coisas muito boas, vários avanços pra todo mundo, eu acho que a gente tem batalhado e tem conseguido várias coisas”, disse Pabllo Vittar, destacando, no entanto, algumas dificuldades e retrocessos que ainda persistem no cenário atual, a exemplo do preconceito, cura gay e estatuto da família.
“Como vocês veem essa cena que a gente está vivendo agora, que a gente caminha 10 passos e volta dois, e assim vai?”, indagou a apresentadora. “Eu acho que a gente vai ganhando cada vez mais espaço, e também tem o outro lado, que é o lado do ataques, que é o lado das pessoas preconceituosas que não estão preparadas para lidar com isso, mas, de certa forma hoje em dia elas têm que lidar com isso porque a gente está cada vez mais unido”, disse Mateus Carrilho. Perguntada sobre o avanço da “caretice” no cenário atual da sociedade, Maria Gadu avaliou que não. “Eu acho que o mundo sempre foi careta. A gente colocou um holofote em cima da caretice. Mas eu não acho que a gente não dá passos pra trás, eu acho que [colocamos] esse holofote em cima dessa caretice que sempre houve”, disse a cantora. “Mais pessoas estão se sentindo confortáveis de sair do armário, de se colocar, de se sentir confortável dentro da própria existência e, obviamente, como essas pessoas estão se sentindo mais à vontade, os caretas também estão se sentindo mais à vontade. Mas a gente está caminhando”, acrescentou. Mas os convidados não ficaram apenas no papo. Maria Gadú cantou "Triste, Louca ou Má", de Francisco, El Hombre e "Axé Acappella". Já Mateus Carrilho aproveitou para apresentar ao público “Privê", seu mais novo single.
Mas um dos pontos mais altos do programa foi quando Pabllo Vittar cantou "I Will Survive" acompanhada do Coral do Drag-se.
O programa teve ainda a participação de Chicão Eller, filho de Cássia Eller e Maria Eugênia Martins, que falou sobre a criação por casais homoafetivos. Para fechar o "Prazer, Pabllo Vittar" ela cantou "Corpo Sensual".