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Marca Bahia Notícias

Notícia

Site de venda de ingressos é processado por atores e produtores

Foto: Divulgação / Rodrigo Peixoto

Atores e produtores de teatro estão passando por problemas com uma empresa especializada em venda de ingressos pela internet. Entre eles Mônica Martelli, Mateus Solano, Herson Capri. Eles ficaram sem receber os valores devidos pela comercialização de bilhetes on-line realizada pelo site Compre Ingressos. 

 

“Pagamos as pessoas, só que esse dinheiro não entrou e nos deixou um prejuízo. É muito complicado, porque atinge a arte, o teatro, que é muito difícil de fazer no Brasil”, diz Herson Capri a Época. “Uma empresa dá calote na gente e não tem punição, porque os processos vão sendo levados para a frente e nada acontece.”

 

Mônica Martelli e Capri entraram com uma ação judicial contra a empresa de ingressos para reivindicar pelo pagamento superior a R$ 50 mil pela peça Minha vida em Marte apresentada em Goiânia.

 

Segundo o site, nas ações mencionadas, os proprietários da Compre Ingressos não estiveram presentes às audiências para responder por seus atos. E, de acordo com Capri, mesmo ganhando o processo à revelia, não há perspectiva de ressarcimento. 

 

Mateus Solano esteve nesta semana no Fórum da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para uma audiência sobre outro caso que envolve a Compre Ingressos. O ator cobra uma dívida de R$ 80 mil referentes a espetáculos da produção Selfie em Aracaju e Goiânia. Os empresários novamente não compareceram. De acordo com o advogado de Solano, Ricardo Brajterman, está claro que os donos da empresa não aparecem para não pagarem o que devem. Ele informou que em busca de uma solução mais rápida, vai adotar outra estratégia. "A ação é contra a empresa. Como ela está sendo usada para esconder o patrimônio, a gente vai pedir uma desconsideração da personalidade jurídica para ir direto no patrimônio dos sócios". 

 

Mesmo com as ações, o site continua em operação com anúncios de ingressos para eventos em cidades como Salvador, Santos, Fortaleza, São Paulo e Belo Horizonte. 

 

O maestro Fabio Oliveira, sócio da produtora Maestro Entretenimento, teve um prejuízo de R$ 35 mil com a exibição da peça Master class, estrelada pela atriz Christiane Torloni, na capital goiana. 

 

Na Justiça, a situação é a mesma: “O sujeito está foragido. Ninguém consegue encontrá-lo para fazer a citação e ele continua operando”, afirmou Oliveira. “Isso é roubo. Não tem outra palavra. É apropriação indébita. Além de não ter recebido ainda tive de pagar de meu bolso. Eu não ia deixar as pessoas sem receber”.

 

Anteriormente, o maestro já teve problemas com a empresa ao apresentar seu espetáculo em Santos. Ele alertou ao teatro e aos produtores locais, que fecharam com a Compre Ingressos. Após o contato, de acordo com o produtor, a empresa quitou sua dívida: “Quando viram que eu estaria em Goiânia, me pagaram o de Santos, porque sabiam que dessa vez ia ser maior. E aí deram o golpe final. Não pagaram nada”.

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