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Marca Bahia Notícias

Notícia

Banho de Mar à Fantasia terá Larissa Luz e Ministereo Público

Foto: Reprodução / Instagram

O Banho de Mar à Fantasia, realizado nas imediações da Ladeira da Preguiça, no bairro do Dois de Julho, acontecerá neste domingo (16) e vai contar com as apresentações da cantora Larissa Luz, da banda de soundystem Ministereo Público, do afoxé feminino Filhas de Gandhy, do rapper Xarope MC, do grupo Batekoo, das bandas de samba Vai Kem Ké e Assim Que Se Faz, do bloco afro Ilê Aiyê, dos Mascarados de Maragogipe e da Fanfarra da Preguiça.

 

A festa acontece há mais de 90 anos e foi revitalizada na última década por um grupo de moradores e ativistas. Além dos shows, uma multidão vestida de personagens icônicos vão para as ruas entoando palavras de ordem e jogando glitter e serpentinas.

 

“Nossa ideia é que a festa seja tão bem-sucedida quanto no ano anterior, mas que a gente dê o peso político necessário, que é o que faz essa atividade existir. Precisamos denunciar o processo de gentrificação e de retirada de direitos das pessoas negras, das tentativas de remoção dos moradores dessa região”, afirma o ativista cultural Marcelo Teles, um dos coordenadores do Centro Cultural Que Ladeira É Essa?.

 

A maioria das atrações se dividirão entre o Palco da Praia, localizado na Praia da Preguiça, e o Palco Mirante, situado na Rua Visconde de Mauá. Já os Mascarados de Maragogipe e a Fanfarra da Preguiça serão responsáveis por puxar o cortejo que dá início à festa, saindo da Ladeira Preguiça às 12h.

 

Participará da caminhada o bloco Ilê Aiyê, que fará a ‘levada’ do retorno, em direção à Praia da Preguiça. O banho que dá nome a festa vai acontecer no meio da tarde.

 

O historiador Marcos Rezende, ativista do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e um dos responsáveis pela revitalização do Banho de Mar à Fantasia, também defende que a festa possui uma função social forte, que é garantir os direitos da população negra. “O que queremos é, por meio de uma atividade que parece ser somente festiva, mostrar que a nossa cultura é o meio ideal para denunciar o racismo geográfico e territorial, a criminalização dos nossos territórios, defender o direito de todas as pessoas à cidade, o direito à moradia e de nosso povo permanecer nos locais onde ele construiu sua história a vida toda. Essa é uma ação em defesa da cidade, porque construir um Salvador para todos é defender toda a cidade”, defende.

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