Teatro Oficina perde casa onde guardava acervo com peças históricas
Diante das dificuldades financeiras, o Teatro Oficina foi obrigado a desocupar às pressas, na semana passada, um imóvel no bairro do Bixiga, em São Paulo, onde mantinha seu acervo há 15 anos.
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, a companhia teve que deixar a casa, após o local ser vendido. Ainda segundo a publicação, o conjunto arquitetônico será demolido para a construção de um novo empreendimento.
Diante da situação, o Teatro Oficina busca doações e um novo local para guardar o acervo, que inclui materiais audiovisuais de espetáculos, documentos, cartazes históricos, cadernos de artistas e do diretor da companhia, Zé Celso Martinez, além de obras de Surubim Feliciano da Paixão, peças de roupa de Lina Bo Bardi e um raio-x de Luiz Antônio Martinez Correa, irmão de Zé, assassinado em 1987.
“A vida é mais importante que o capitalismo. Já atravessei muita coisa e tenho certeza que vamos encontrar soluções mais bonitas e excitantes”, disse Zé Celso, que aos 83 anos mantém isolamento há mais de 100 dias em seu apartamento e tem aproveitado o período longe do teatro para fazer lives e escrever o livro “A Origem da Tragicomédiaorgya”.