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Marca Bahia Notícias

Notícia

Sanara Rocha apresenta as performances 'Corpo Ebó' e 'A Mulher Sem Cabeça'

Foto: Divulgação

Idealizada pela feminista negra, produtora cultural e artista interdisciplinar, Sanara Rocha, a plataforma Futurismos Ladino Amefricanas (F.L.A) apresenta a obra A Mulher Sem Cabeça, uma performance-ensaio rito-musical dividida em dois experimentos audiovisuais: uma vídeo-performance intitulada Corpo Ebó, prenúncio para a ficção futurista e audiovisual A Mulher Sem Cabeça, a partir dos dias 10 e 20 de abril, respectivamente, no Youtube oficial do projeto 

 

Estrelada pela realizadora, ambas as apresentações debatem o corpo negro, feminino e as violências que, fruto do racismo, machismo e preconceitos, atravessam também o corpo da artista. 

 

Com referência no ebó, um rito de re-equilíbrio de energias internas e externas, de limpeza e fortalecimento da energia vital, Corpo Ebó representa a própria tecnologia de fuga frente a estruturas sólidas e opressivas, através da linguagem da dança. O binômio é também corpo-oferenda, a continuidade de lutas históricas, a representação de corpos que visam existir em sua integridade e completude, como movimento, dinâmica, ao deslocar estruturas sólidas do lugar, seja dançando ou desviando da captura delas, e poderá ser assistido a partir do dia 10 de abril. 

 

“O corpo ebó é esse corpo deixado de tocaia nas encruzilhadas para afrontar o sistema com a desorganização de uma ordem construída para violentar a nós, pessoas não brancas e não normativas, de muitas maneiras. Re-existo como força desviante de possíveis capturas ou normas e transformo as minhas lutas contra a estrutura racista em um corpo-ginga, em um corpo-ebó contra-genocídios”, afirma Sanara Rocha.

 

Já A Mulher Sem Cabeça, uma ficção autobiográfica da artista, é uma fábula em realismo fantástico que se apoia na linguagem da performance audiovisual para contar uma história ficcional-autobiográfica, a partir de 20 de abril. Na trama, o alter-ego de Sanara busca meios de romper com os limites e violências psíquicas impostas pela colonialidade para um corpo negro-feminino, através de tecnologias e saberes ancestrais que lhe dão o sustento para experimentar novos processos de reinvenções de si. 

 

Ao levantar as mortes, perdas, buscas e encontros cotidianos da multi-artista frente a sociedade brasileira que é fortemente machista e racista, a obra traz a história de uma mulher que ao acordar um dia sem cabeça, decide procurar meios fantásticos para reinventá-la e reinventar a si mesma, carregando um título que também diz desse rosto negro-feminino que a performer sustenta sobre seus ombros.

 

As performances são as últimas ações da plataforma F.L.A, que abriu convocatória para artistas pretes e indígenas e a subsequente exposição online Abre O Olho - Jikula Ô Messu e, em seguida, lançou a primeira edição da sua revista online com fotografias e escritas, seguida de duas lives bate-papos nos dias 24 e 25 de março,também de artistas pretes e indígenas.

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