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Marca Bahia Notícias

Notícia

Pais de alunos se revoltam com 'erotização' de HQ de Anne Frank usada em escola de SP

Foto: Reprodução

Um grupo de pais de alunos de uma escola particular de São Paulo ficou indignado e procurou a direção da instituição para criticar o uso de uma versão em quadrinhos do “Diário de Anne Frank”, na qual apontam a “erotização” da personagem.

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o incidente ocorrido na escola Móbile veio à público por meio de um vídeo da DJ Pietra Bertolazzi, no Instagram, no qual ela lê parte da obra, que é utilizada em inglês, durante as aulas da língua estrangeira. 

 

“Eu vou ler aqui uns trechos de um livro e vocês tentam adivinhar do que se trata. É um livro em inglês e eu traduzi aqui algumas partes. Então, é uma figura feminina descrevendo aí suas partes íntimas detalhadamente, de uma forma bem sexual, e por fim ela fala assim: 'esse buraco é tão pequeno, que mal consigo imaginar como um homem entra aqui dentro. Já é difícil enfiar o meu dedo indicador nele'. E aí tem uma outra parte que essa mesma menina fala assim: 'eu me lembro particularmente de uma vez em que dormi na casa da Jaque, será que poderíamos ver os seios uma da outra? Se ela soubesse o desejo terrível que eu tenho de beijá-la'. E aí, uma outra parte que eu separei é assim: 'eu devo admitir, toda vez que eu vejo uma mulher pelada eu entro em êxtase, se eu pelo menos tivesse uma namorada...'. Enfim, todas essas frases são dessa mesma personagem, e então esses são alguns trechos que eu peguei desse livo que eu recebi e eu imagino que você tenha certeza aí que eu estou citando um conto erótico ou a autobiografia de alguma atriz pornô, mas não. Esse livro estava ontem mesmo sendo estudado e lido em sala de aula para crianças de 10 e 11 anos na escola Móbile, em São Paulo”, relatou Bertolazzi, que se disse chocada com o material.

 

Conforme se pronunciou a instituição de ensino, a obra intitulada “Anne’s Frank Diary: The Graphic Adaptation”, se trata de uma versão oficial do clássico Diário de Anne Frank, declarado patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).  Segundo a escola, o livro escrito pela jovem judia morta pelo regime Nazista, em 1945, foi referendado pela Unicef e pela Fundação Anne Frank.

 

“A leitura integra um projeto amplo para o debate e reconhecimento dos horrores do Holocausto, estimulando a reflexão sobre seu contexto histórico”, informou a direção, em nota enviada à coluna, apontando que o conteúdo é indicado para a faixa etária de 8 a 12 anos. “A Móbile salienta que todo o conteúdo textual da edição consta no diário original redigido por Anne Frank, inclusive os trechos pontuais que suscitaram a referida discussão. Por fim, a escola tem conversado com alguns pais que levantam dúvidas sobre o conteúdo do livro", acrescentou.

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