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Marca Bahia Notícias

Notícia

Grupo quer medidas de segurança para jornalistas após nova operação da 'Abin paralela'

Por Folhapress

A Rede Liberdade, grupo de advogados que atua em casos de violação de direitos humanos, enviou um pedido de reunião extraordinária ao Ministério da Justiça para tratar da suposta atuação ilegal da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no governo de Jair Bolsonaro (PL).
 

Uma nova operação da Polícia Federal (PF) trouxe detalhes que envolvem ações clandestinas contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), parlamentares e jornalistas.
 

A solicitação foi enviada nesta sexta-feira (12) à Secretaria Nacional de Justiça da pasta comandada por Ricardo Lewandowski. A Rede Liberdade quer sugerir a criação de um grupo de trabalho para monitorar as investigações e a adoção de medidas para assegurar a proteção de profissionais da imprensa.
 

Entre jornalistas monitorados estão Mônica Bergamo, colunista da Folha, Vera Magalhães, colunista do jornal O Globo, Luiza Alves Bandeira, do DFRLab (Digital Forensic Research Lab), ligado ao Atlantic Council, e Pedro Cesar Batista, do Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima.
 

"A realização dessa reunião extraordinária é vital para garantir que as violações de direitos e liberdades fundamentais sejam tratadas com a seriedade necessária. A segurança dos jornalistas e a proteção da liberdade de imprensa são pilares essenciais da nossa democracia", afirma a diretora-executiva da Rede Liberdade, Amarilis Costa.
 

"Precisamos de uma resposta firme e coordenada para assegurar que o Estado democrático de Direito seja preservado."
 

A investigação da PF estabelece ligações da atuação de agentes que eram subordinados ao então diretor Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, a ataques contra os Poderes e ações para desacreditar o processo eleitoral. Também aponta tentativas de usar a estrutura de inteligência do governo para blindar filhos do ex-presidente.
 

O suposto esquema se tornou alvo da PF no ano passado, depois da divulgação do uso do software espião FirstMile pela Abin para monitoramentos sem autorização judicial. A nova fase ampliou a lista de pessoas que teriam sido espionadas.

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