A Dama fala sobre machismo no pagode baiano: “O pagode não abre espaço para as mulheres”
Por Ana Clara Pires
No podcast Bargunça desta terça-feira (16), a cantora A Dama falou sobre o ambiente machista dentro do pagode baiano. “Tem cantora mas não tem oportunidade, não tem o mesmo espaço aberto para essas mulheres”, contou a cantora.
Com apoio do Bahia Notícias, o Bargunça Podcast é apresentado por Wagner Miau e Thiago Mithra. Nesta edição, contou com a presença de Brenda Santana, que apresentou o programa ao lado de Thiago.
Quando questionada sobre a diferença entre as oportunidades que o pagode proporciona para homens e mulheres, a cantora Alana descreveu o cenário musical como “extremamente machista”.
“Eu sinto a diferença quando eu bato hits, e aí quando você pega a minha agenda e compara com a de um cara que canta putaria, você vê a diferença aí. Começam a contratar aquele cara que está cantando putaria e não contratam meu som que está batendo leve”, explicou A Dama.
A artista continuou dizendo que acredita que se fosse um homem cantando as músicas que canta, ela teria uma agenda mais lotada.
“Existem mulheres do pagode que são melhores que muitos homens, mas elas não tem oportunidade. Então não são as músicas, é o machismo mesmo, por ser mulher. Por que música por música, estaria todo mundo desempregado, porque todos cantam a mesma coisa”, finalizou Alana