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Léo Santana critica parâmetros de sucesso nas plataformas digitais: "Tem canções que nunca ouvi"

Por Bianca Andrade

Foto: YouTube

Léo Santana polemizou ao trazer a público um questionamento que já vem dando o que falar e envolve as plataformas digitais de música. Um registro extraído da entrevista dada pelo baiano ao Brito Podcast no início do mês, mostra o pagodeiro falando sobre artistas que surgem no topo das paradas do Spotify, por exemplo, da noite para o dia.

 

 

"Tem canções que têm batido número 1, mas que eu nunca ouvi. É diferente você ouvir o número 1 do país que está sendo executada de verdade. Exemplo é ‘Zona de Perigo’, ‘Posturado e Calmo’, que não bateu top 1, mas ficou no top 20 e parecia top 1 no país, que estava todo mundo executando, era samba, era sertanejo, era fazendo a brincadeira, o desafio", afirmou.

 

O cantor afirmou que o intuito dele não era desmerecer os artistas, mas entender como é feito o trabalho nos charts e como eles refletem o que toca na rua. 

 

“Não é desmerecer, nem desfavorecer o trabalho, mas é porque realmente eu não ouvia e trabalho na rua, eu vivo dessa parada aqui, estou o tempo todo vendo tudo, ouvindo as coisas. Acabou virando uma parada muito mais de dinheiro do que resultado, de povo realmente na rua, sabe? Eu tenho canções nos shows que são uma loucura das pessoas cantarem de forma ensurdecedora e nunca atingiram nenhum chart das plataformas.”

 

Em março deste ano, o portal Leo Dias relatou uma suposta máfia na plataforma Spotify. De acordo com a publicação, bots estavam sendo usados como ouvintes fantasmas para acessarem as músicas determinadas e com isso aumentarem o número de streams.

 

Chamada de "fazendas digitais", a prática estaria fazendo com que os artsitas subissem até 92 posições no streaming em apenas um dia. Segundo Leo Dias, o investimento feito pelos artistas vão de R$ 50 mil a R$ 200 mil por mês.

 

Por meio de nota, a Som Livre afirmou que há uma movimentação suspeita alavancando as músicas nas principais plataformas de streaming.

 

"O que vemos é que a grande maioria dos streams com movimentos pouco naturais parece vir de playlists que têm espaços comercializados abertamente. Playlists assim estão no ar há muito tempo e continuam ativas até hoje. Já vimos artistas serem penalizados por terem uma música em uma playlist que de fato parece não ser totalmente orgânica, mas a playlist segue no ar, o que é difícil de entender."

 

Em uma página de suporte do Spotify, a plataforma informou que os serviços pagos de terceiros que garantem streamings não são legítimos e são passíveis de punições.

 

"Quando identificamos casos confirmados de streamings artificiais ou de manipulação de streamings, adotamos algumas medidas que podem incluir: a retenção de royalties, a correção de números públicos de streamings e outras atitudes para assegurar a precisão da popularidade do artista ou da música em nossas paradas."