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Em audiência sem discussão, população sai cheia de dúvidas

Por Rafael Rodrigues

Foto: Rodrigo Soares/ CMS
Encerrada a primeira das quatro audiências públicas em que se pretende discutir as polêmicas mudanças no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) para a Copa do Mundo de 2014, a população saiu do auditório do Centro de Cultura da Câmara nesta sexta-feira (2) sem saber de fato do que se trata a matéria. “Não dá para discutirmos um projeto que não foi apresentado. A ausência de um representante da prefeitura para explicar o PDDU foi muito grave”, reclamou Cleide Avelino, representante do Movimento Mude Salvador. A doutora em urbanismo Laila Mourad, pesquisadora da Universidade Católica de Salvador, também utilizou-se do direito de pronunciar-se no evento para protestar. “O que nós estamos fazendo aqui? É ilógico e desrespeitoso este calendário. Nós não discutimos qualquer conteúdo aqui. Isso é só para legitimar o processo? O que aconteceu aqui é inócuo, tem que ser suspenso”, cobrou. Na compreensão da urbanista, para que haja uma discussão legítima da matéria, a Câmara Municipal deveria devolver à prefeitura o projeto para uma reelaboração, por meio de novas audiências públicas. O também urbanista Luiz Antônio de Souza, professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), considerou haver “erros conceituais” no texto da reforma do PDDU, como a “mistura de zona com perímetro”. O especialista também alerta para a inexistência de estudos que indiquem a necessidade de haver mais leitos na rede hoteleira de Salvador – a mudança no PDDU permite que se construa novos hotéis na orla da cidade e que alguns dos já existentes possam aumentar o número de andares em até 50%.

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