Com 60% de reprovação, agentes penitenciários querem que psicoteste seja refeito
Por José Marques
Diante de uma reprovação, em exame psicológico, de quase 60% dos candidatos aprovados em concurso para agentes penitenciários na Bahia, o sindicato da categoria pediu ao Estado que a avaliação seja refeita. A solicitação, encaminhada em ofício ao secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, diz que “vários dos candidatos que foram reprovados no aludido exame já exercem atividade (...) em razão de contrato REDA e haviam sido aprovados em exame psicológico ao serem contratados” e que “tal resultado pode ser contestado pelos reprovados perante a Justiça, o que certamente irá ocorrer”. Por isso, a entidade de classe demanda que o governo pule a etapa judicial, que seria “responsável pela paralisação do processo seletivo em andamento” e refaça o teste, já que “os aprovados não são suficientes para suprirem a carência existente [de profissionais no sistema penitenciário baiano]”. Em outro documento, o colegiado anexa abaixoassinado em que pede “o envio [ao Legislativo] do projeto de lei que dá aos agentes penitenciários e membros de escolta o direito ao porte de arma”. Ambas as requisições foram alvo de protesto de leitores do Bahia Notícias, que contra-argumentam que o "reteste" desclassifica “laudos feitos por profissionais competentes, como psicólogos, com experiência nesse tipo de exame” e que a reprovação põe sob suspeita “a capacidade técnica destas pessoas que vão trabalhar com um público diferenciado, pondo em risco toda a sociedade”. Procurado na noite desta sexta-feira (16) para comentar o assunto, o secretário Nestor Duarte estava com o celular fora de área ou desligado.