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Luiza Maia diz que, se preciso, topa 'briga' com Chico Buarque ou Caetano Veloso

Por Rodrigo Aguiar

Foto: Andrei Amós / Bahia Notícias
Em entrevista na sala do cafezinho da Assembleia Legislativa da Bahia, enquanto atualizava os números da sua boca-de-urna particular, a deputada Luiza Maia (PT) disse que precisou “entregar os anéis para manter os dedos”, ao comentar as alterações feitas pelo relator do projeto “antibaixaria”, João Bonfim (PDT), que alterou o texto da matéria de modo que fica proibida a contratação apenas com dinheiro público estadual de bandas cujas canções seriam ofensivas às mulheres. “Não perdeu a essência. O projeto precisava de uma arrumada”, reconheceu. Ao ser questionada se o projeto não seria de pouca utilidade, já que as prefeituras poderão, por exemplo, contratar artistas com verbas próprias independentemente da aprovação da sua proposta, a petista disse que fará uma “cruzada”. “Levarei um material, o kit antibaixaria, a diversos municípios para sensibilizar as prefeituras e mostrar que não há inconstitucionalidade. Quem deu a eles o direito de nos mandarem ralar a nossa genitália no chão?”, questionou. Perguntada pelo Bahia Notícias sobre o que achava da possibilidade de músicas como Geni e o Zepelim, de Chico Buarque, ou Não Enche, de Caetano Veloso, serem proibidas, a parlamentar disse que o machismo deveria ser combatido “independentemente da fama” do artista. “Se tiver que brigar com Chico ou Caetano, que eu adoro, eu brigo”, garantiu. Já sobre o próximo show do carioca, marcado para o Teatro Castro Alves – espaço pertencente ao Estado –, Luiza Maia declarou que, neste casso, não haveria nenhum problema, a não ser que exista qualquer patrocínio do Estado da Bahia ao evento. “Além disso, acho que é um pouco de exagero comparar Chico Buarque com essas bandas baianas recentes. Há um contexto”, opinou, em clara contradição e em uma demonstração das inúmeras inconsistências e subjetividades que devem surgir com a aprovação da proposta.

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