Família de Duda Mendonça questiona decisão da Justiça baiana contra o publicitário

A família do publicitário Duda Mendonça contesta uma decisão do Poder Judiciário da Bahia (PJ-BA) que deu ganho de causa para que a construtora DAG tenha direito a parte da herança do publicitário, morto em agosto de 2021. O processo ainda cabe recurso.

 

Conforme apurou o Metro 1, o valor pedido pela empresa é de R$ 30 milhões. A família do empresário aponta que há uma série de inconsistências na condução do caso. 

 

A primeira das inconsistências seria a escolha de George James Costa Vieira para ser o juiz do processo, não por sorteio, mas por conta própria. O processo corre na 4ª Vara Cível de Salvador. 

 

Os familiares de Duda dizem ainda que a sentença foi dada sem defesa, impedindo que os advogados comprovassem os fatos. Algumas das provas apresentadas foram as delações feitas no âmbito da Lava Jato, quando foi citada a relação direta da DAG com a Odebrecht.

 

Emílio Odebrecht, dono da antiga empreiteira baiana, deveria dinheiro ao publicitário por ser um dos supostos fianciadores de campanha do PT. Duda prestou serviços de marketing político em campanhas eleitorais do partido.

 

A dívida do marqueteiro seria justamente por conta de um desses compromissos da legenda e da Odebrecht com ele: a compra de um imóvel no Sul da Bahia. Pela relação próxima, aponta o jornal, Odebrecht pediu que a DAG realizasse a compra. 

 

Outra queixa da família é que o juiz George James Costa Vieira aceitou que o dono da DAG não pagasse as custas do processo, alegando não ter condições financeiras para isso.

 

Envolvidas no caso, a DAG e o PJ-BA foram procurados pela reportagem, mas não responderam os questionamentos.