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Além da SSP, impasse com indicação para a Secult também causa dor de cabeça em Jerônimo

Por Anderson Ramos

Nova sede da Secult, nos Barris. Foto: Fernando Vivas / GOVBA

A indicação para a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não é o único impasse que o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) enfrenta para a composição do seu secretariado. Outra dor de cabeça que o petista enfrenta é com a Secretaria de Cultura (Secult).

 

Segundo fontes que acompanham de perto as negociações do grupo de transição do setor, faltam nomes que queiram assumir a pasta, que é classificada por atores políticos como desprovida de verba e com pouco prestígio.

 

A Secult chegou a ser ofertada ao PCdoB, mas, para isso, o partido precisaria abrir mão do comando da Secretaria de Trabalho Emprego, Renda e Esporte (Setre), que tem como titular o presidente da sigla, Davidson Magalhães.

 

A proposta foi negada e a Setre, que administra importantes órgãos como a Superintendência de Desportos (Sudesb) e o Serviço de Intermediação para o Trabalho (Sine), deve continuar sob a batuta dos comunistas. Existe a expectativa da secretaria ser turbinada com a reformulação do Ministério do Trabalho no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Até o momento, o PCdoB tem garantida a Secretaria da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), que será administrada pela presidente nacional da Unegro (União de Negros pela Igualdade) Ângela Guimarães.

 

BATE-CABEÇA

Atualmente a Secult tem como titular Arany Santana. Militante histórica da cultura na Bahia, Arany é uma indicação direta do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), que foi reconduzido como líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) por Jerônimo e tem influência nos rumos da pasta.

 

É grande a possibilidade da pasta continuar sob a batuta do PT e um nome que surgiu com força nos bastidores nos últimos dias foi o da vereadora de Salvador, Maria Mariguella. Ela teria a preferência da classe artística baiana, que já se mobiliza a seu favor.

 

Apesar desse indicativo, não está descartado que o futuro governo repita o movimento de Lula, que indicou Margareth Menezes para o Ministério da Cultura, e anunciar um artista para a pasta. Nomes como o de Manno Goes, Lazzo Matumbi e Mariene de Castro chegaram a ser ventilados nos bastidores, mas não teriam apoio dos trabalhadores do setor.

 

Um outro nome que apareceu com chances de assumir a pasta é o de Bruno Monteiro, assessor do senador Jaques Wagner (PT). Antes cotado para a chefia da Secretaria de Comunicação, que deve continuar com André Curvelo, Bruno tem sido cogitado para a Secult. Ele tem um passado ligado a pessoas do setor cultural, chegando a atuar como assessor de Caetano Veloso por algum tempo. 

 

O mistério deve ter fim na próxima terça-feira (27), data prevista para que Jerônimo anuncie o restante do secretariado. Ao longo desta semana, o petista revelou 17 nomes do seu time de assessores.

 

SSP

Jerônimo também enfrenta dificuldade para definir o comando da SSP. Uma das principais apostas para assumir o cargo é o coronel Paulo Coutinho, atual comandante-geral da Polícia Militar. Porém, alas da Polícia Civil têm resistido à indicação e outro nome pode ser indicado.

 

A resistência parte da tentativa de também emplacar um nome da corporação para o cargo, já que os últimos secretários foram delegados da Polícia Federal. Apuração do Bahia Notícias indicou que, justamente, o nome de um delegado federal estaria sendo cogitado para assumir a pasta. O movimento do futuro governo "pacificaria" a disputa local e deslocaria um nome "externo" para atuar na pasta da segurança. 

 

Atualmente, a pasta no estado é comandada pelo juiz federal aposentado Ricardo Mandarino. Durante a transição, Jerônimo confirmou que, além da mudança em outras pastas, faria a alteração na segurança do estado.

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