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Bruno Monteiro promete modernização de Sala Principal do TCA e rebate críticas de ACM Neto: “Não tem informação”

Por Bruno Leite, de Feira de Santana / Lula Bonfim

Foto: Kleber Lobo / Bahia Notícias

O secretário estadual da Cultura, Bruno Monteiro, rebateu, na noite desta quinta-feira (20), as críticas realizadas por ACM Neto (União), ex-prefeito de Salvador, que apontou que o “fechamento” do Teatro Castro Alves (TCA) seria um reflexo da falta de apreço do governo Jerônimo Rodrigues (PT) pela cultura da Bahia. Para o titular da Secult, o ex-gestor municipal está desinformado sobre o que está acontecendo no estado.

 

“Essa fala do ex-prefeito, com todo respeito, é uma fala de quem não tem informação sobre o que está acontecendo. Ao contrário do que ele falou, o Teatro Castro Alves não estava num processo de degradação. Quem vai ao Teatro Castro Alves — eu não sei se ele tem ido recentemente — vê que isso não é verdade. O teatro estava em perfeitas condições”, declarou o secretário.

 

Bruno Monteiro ainda afirmou que o governo do estado está planejando uma ampla reforma na Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA). Segundo ele, a modernização do espaço é um compromisso assumido pela gestão estadual.

 

“O que há, obviamente, é uma necessidade de modernização do equipamento, que já estava prevista e que não aconteceu por causa da pandemia. Mas o mesmo grupo político que fez a nova Concha Acústica e que entregou a nova Sala do Coro tem compromisso e entregará uma Sala Principal completamente reformada e modernizada. Isso já estava previsto antes do incêndio do dia 25 de janeiro”, disse Monteiro.

 

O titular da Secult, porém, sinalizou que há dificuldades técnicas para o início das obras do TCA, que é um equipamento cultural tombado, que necessita de um maior cuidado no projeto.

 

“O que acontece é que é uma obra cara, é uma obra que necessita de uma série de especificidades técnicas, tecnológicas, de acústica, normativa, com um orçamento elevado e é um equipamento tombado. Mas essa obra está sendo planejada de uma forma muito responsável e acontecerá”, prometeu.

 

Monteiro diz ainda que, apesar da Sala Principal estar fechada desde o incêndio de janeiro, o TCA continua funcionando em seus outros espaços.

 

“O TCA é o principal equipamento cultural que nós temos na Bahia. Não só o teatro, mas todo o complexo do TCA. E ele já faz um trabalho de muita integração, com toda a parte técnica, as oficinas de costura, de figurino, o corpo de balé do Teatro Castro Alves, a Orquestra Sinfônica… Claro: pode sempre melhorar, pode sempre ser aprimorado, mas o complexo do TCA não se resume às apresentações da Sala Principal”, apontou o secretário.

 

“E claro: queremos sempre um TCA muito mais vivo, mais presente e mais integrado à comunidade, à exemplo do que já acontece no projeto Domingo no TCA, onde os ingressos custam R$ 1 inteira e R$ 0,50 a meia-entrada, permitindo uma democratização do acesso ao Teatro Castro Alves”, concluiu Bruno Monteiro.

 

CRÍTICAS DE NETO

As críticas de ACM Neto relatadas por Bruno Monteiro ocorreram nesta quinta. Para o ex-prefeito de Salvador, o incêndio de janeiro teria escancarado graves problemas estruturais do TCA, que teria poltronas rasgadas, camarins com infiltração e vazamentos, acústica e outros equipamentos tecnológicos defasados.

 

“A última grande reforma do Teatro Castro Alves aconteceu em 1993, portanto, há 30 anos. Aqueles que nos governam há 16 anos prometeram algumas vezes [reformar o TCA] e nunca cumpriram. Em 2018, o então governador Rui Costa disse que iria fazer uma grande reforma na sala principal do teatro, e nada saiu do papel”, disse Neto.

 

“O Teatro Castro Alves é um dos maiores símbolos da arquitetura moderna brasileira, um dos mais importantes patrimônios da nossa cultura e da nossa história, e o governo estadual simplesmente nada fez ainda para devolver o espaço aos baianos e aos artistas”, criticou.

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