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Ameaçado de condução coercitiva, Ronaldinho vai à CPI e nega envolvimento em esquema de pirâmide

Por Edu Mota, de Brasília

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Depois de faltar por duas vezes, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho compareceu nesta quinta-feira (31) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados. Ronaldinho foi ameaçado pelo presidente da CPI, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), de ser levado à comissão por meio de condução coercitiva, caso se ausentasse novamente.

 

Ronaldinho Gaúcho foi convocado a prestar esclarecimentos na CPI por suspeitas de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas por meio da empresa 18K Ronaldinho. O relator da comissão, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), argumentou que a empresa que supostamente pertenceria a Ronaldinho Gaúcho foi apontada pelo Ministério Público como de pirâmide financeira.

 

Nas primeiras perguntas, Ronaldinho Gaúcho alternou respostas curtas a opção de ficar em silêncio, conforme garantia obtida por habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Quando questionado sobre a utilização de suas imagens nas propagandas da empresa 18K Ronaldinho, o ex-jogador disse que foram utilizadas imagens de arquivo. No entanto, ao ser questionado pelo relator se, ao notar o uso impróprio da própria imagem pela empresa, teria avaliado recorrer à Justiça, Ronaldinho preferiu se manter em silêncio.

 

No início do seu depoimento, o ex-jogador negou que estaria planejando deixar o Brasil para não ter que depor na Comissão. “Eu nunca recebi uma intimação desta CPI. Se vocês pedirem a prova, verão que inexiste. (…) Não é verdade que eu pretendia deixar o Brasil para não participar da CPI”, disse Ronaldinho.

 

Assim como já havia declarado o seu irmão, Roberto de Assis Moreira, em depoimento na CPI, Ronaldinho disse não ser verdade que ele seria fundador e sócio-proprietário da empresa 18K Ronaldinho. O ex-jogador afirmou que os donos da empresa usaram o seu nome para criar a razão social.

 

“Nunca foi autorizado que essa empresa utilizasse meu nome e a minha imagem. Nunca foi autorizado que a empresa usasse meu apelido na razão social”, declarou.

 

Ronaldinho Gaúcho explicou na CPI que, em 2019, foi firmado com a empresa brasileira 18k Watch Comércio Atacadista e Varejista de Negócios um contrato de licença temporária de uso de imagem, nome, assinatura, apelido e som de voz para divulgação de uma empresa de marketing multinível.

 

“Esse contrato previa a comercialização de outros produtos além dos relógios. Logo após a assinatura, chegou ao conhecimento do meu irmão que o senhor Marcelo [Lara, dono da empresa 18k Ronaldinho] estava utilizando indevidamente a minha imagem em uma empresa sem qualquer autorização”, esclareceu o ex-jogador.