Policiais baleados em Valéria realizavam operação contra duas facções do bairro
Por Anderson Ramos / Victor Hernandes
Os três agentes que ficaram feridos durante operação, no bairro de Valéria, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (15), estavam cumprindo mandados de prisão contra traficantes de duas facções diferentes, que atuam na região. A informação foi indicada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), em coletiva de Imprensa, nesta sexta.
Dos policiais baleados, dois eram federais e um civil. Lucas Monteiro Carybé, um dos atingidos, foi levado ao Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.
Segundo a SSP, o caso aconteceu quando a Polícia chegou ao local para cumprir onze mandados de prisão contra membros dessas duas facções.
“Duas das equipes na verdade se depararam com a por mais que nós façamos todos o trabalho de inteligência bem feito toda a articulação todo o planejamento existe o risco que você acabar tendo contato direto com aquele alvo. Eram mais de onze prisões ali que estavam se buscando executar naquela região, alvos das duas facções e foi o que acabou acontecendo. Nossas equipes se deslocando para o terreno se depararam com um bando de criminoso armado mostrando e aí começou um intenso tiroteio que culminou infelizmente com esse dia trágico pra gente pelas forças de segurança”, revelou o secretario de Segurança Pública, Marcelo Werner.
No entanto, ao chegar no local, os agentes foram surpreendidos por um grupo que iniciou confronto contra a polícia. De acordo com Werner, a ação da Polícia tinha o objetivo de “fazer contenção para fazer o cumprimento de prisão”desses suspeitos, quando o confronto com os criminosos se iniciou.
"A gente realizou uma ação para fazer a contenção para fazer o cumprimento da prisão de mais de dez pessoas envolvidas nas facções daquela região. As equipes chegaram até o terreno e quando chegaram até o terreno foram recebidas a tiros e começou um confronto a partir dali”, explicou.
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Questionado pelo Bahia Notícias se os bandidos surpreenderam os policiais por descobrirem antecipadamente sobre a operação, Werner negou a suposição e disse que não houve qualquer tipo de vazamento de informações.
“Não houve na verdade qualquer vazamento de informação. Houve ao contrário, a compartimentação como já é uma peculiaridade das nossas ações Integradas. Não houve qualquer tipo de vazamento. Isso aí não foi o motivo para qualquer eventualidade”, apontou.
Já segundo informações obtidas por fontes do Bahia Notícias, a Polícia teria sido surpreendida quando um grupo de criminosos se preparava para invadir uma facção rival. A SSP não comentou sobre a versão.
Durante a coletiva, a SSP afirmou também que a Polícia Militar (PM), também estaria participando da Operação Fauda, junto com a Polícia Federal, contrariando as informações iniciais de que apenas a PF estaria realizando a operação.
“Existiam no terreno de operação diversos grupamentos especializados, não só da Polícia Federal como da Polícia Militar. Havia um comando de recursos especiais da Polícia Civil. [...] Contava não só com policiais do BOPE, mas também com policiais da Patamo, com policiais da Choque e com apoio do grupamento aéreo do Graer”, completou Marcelo Werner.