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Adesão do União à oposição em Paulo Afonso pode levar a "racha completo" na relação e Salvador vira alvo

Por Mauricio Leiro

Foto: Divulgação

A já "repartida" relação entre o Progressistas e o União Brasil na Bahia pode ter um "racha completo" a partir desta semana. Isso por conta da adesão do União Brasil à pré-candidatura de oposição a atual gestão de Dr. Juliano Medeiros (Republicanos) em Paulo Afonso. O endosso partiu do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). 

 

Neto gravou um vídeo declarando apoio ao pré-candidato, na cidade de Paulo Afonso, que foi reproduzido durante um encontro do grupo. O deputado federal Márcio Marinho, presidente estadual do Republicanos, também aparece no vídeo. Com o movimento, segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias com lideranças do Progressistas, ACM Neto teria feito o movimento "de caso pensado", fato que estaria sendo encarado como um "ataque frontal" contra o deputado federal e presidente estadual do Progressistas, Mário Negromonte Júnior. 

 

Uma das lideranças apontou ainda ao BN que o movimento de ACM Neto terá "reação imediata contra o União Brasil", chegando a atingir diretamente a relação entre os partidos, incluindo em Salvador. Negromonte Jr. é natural de Paulo Afonso e possui forte atuação na região. O atual vice-prefeito da cidade, Marcondes Francisco (PP), é ligado ao deputado federal e é pré-candidato no município. Ele geriu parte da administração atual em meio a afastamentos de Luiz de Deus, reeleito pelo PSD em 2020 e que não pode tentar um terceiro mandato. Como Marcondes chegou a vice apenas em 2020, ele pode tentar uma renovação de mandato.

 

Recentemente, em exemplo reverso, o PP abriu mão da pré-candidatura do atual secretário-geral do partido, Jabes Ribeiro, em Ilhéus. Jabes indicou que a direção do PP pediu uma reunião com a Frente Ampla para comunicar oficialmente a medida e elaborar a “melhor estratégia para as eleições que se aproximam". Com a desistência de Jabes, o nome do empresário Valderico Júnior, do União Brasil, ganha mais força para a disputa eleitoral no grupo da oposição.

 

Ainda no período eleitoral de 2022, durante ato na cidade, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Paulo Afonso, ACM Neto apontou durante discurso a importância do parlamentar para a cidade. Em outro evento de campanha, o postulando ao Palácio de Ondina encheu Mário Júnior de elogios. "Esse cara é um cara muito competente, é um cara que tem um grande valor, um querido amigo, foi um incentivador da nossa aliança com o Progressistas, é um grande parlamentar, e eu tenho certeza que será um dos campeões de toda Bahia", disse Neto de acordo com o portal PA4, de Paulo Afonso. 

 

Com uma relação conturbada, os partidos ainda buscam um entendimento sobre o futuro. Desde o pleito de 2022, o PP deu uma guinada nos apoios e aderiu a candidatura de ACM Neto, mesmo com alguns integrantes da legenda questionando o movimento. Após a eleição, a legenda se dividiu, a bancada de deputados estaduais retornou a dar amparo a nova gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), porém, em Salvador, o PP segue ao lado do atual prefeito Bruno Reis (PP), sob o comando de Cacá Leão, atual secretário de governo da gestão. 

 

No âmbito nacional, a legenda segue atuando de forma independente, incluindo os deputados federais baianos, que ainda dividem opiniões sobre o futuro do partido. Entre eles, além de Mário Jr. estão Cláudio Cajado e João Leão. 

 

FEDERAÇÃO EMPACADA
Nacionalmente, o PP e o União ainda debatem uma possível federação. Ao Bahia Notícias, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, descartou, por hora, a Federação entre a sigla e o Partido Progressistas (PP).  Neto frisou que “neste momento não é uma pauta, não é uma agenda e não estamos discutindo essa possibilidade”. 

 

O ex-prefeito pontuou que somente após a eleição de outubro é que as agendas do legislativo, com as eleição da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, onde o União Brasil tem as candidaturas postas do deputado federal Elmar Nascimento e do senador Davi Alcolumbre, “só depois de fevereiro, quando for superada essa agenda de eleição congressual, é que se vai tratar de possíveis alianças, federações e novas fusões”, projetou.