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Ministério Público da Venezuela ameaça prender González caso candidato não apareça para depor sobre site da oposição com atas eleitorais

Por Redação

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público (MP) da Venezuela afirmou, nesta quinta-feira (29), que o candidato da oposição Edmundo González será preso caso não se apresente para depor acerca do site com resultados detalhados das eleições do último dia 28 de abril, aos quais a oposição afirma ter acesso.

 

O candidato, que completa 75 anos de idade nesta quinta-feira (29), já faltou a duas intimações feitas anteriormente pelo MP, uma para a última segunda (26) e outra para a terça-feira (27). Hoje, o candidato da oposição foi convocado novamente para depor nesta sexta-feira (30).

 

“De acordo com as leis venezuelanas, se este cidadão não comparecer ao gabinete da procuradoria-geral na data indicada, será emitido o mandado de prisão respectivo, considerando que se encontra em presença de risco de fuga e perigo de obstaculização”, advertiu o MP.

 

A instituição, alinhada ao chavismo, considera que o opositor “usurpou atribuições” do Conselho Nacional Eleitoral, com a publicação das atas eleitorais, que o governo de Nicolás Maduro afirmou terem sido falsificadas.

 

ELEIÇÕES VENEZUELANAS

Esta intimação se dá em meio a incerteza que paira sobre a Venezuela acerca do resultado das eleições ocorridas no último dia 28 de julho. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro foi reeleito com mais de 51% dos votos. A oposição contesta o resultado, alegando que o CNE é aliado ao chavismo, e afirma que González foi eleito com mais de dois terços dos votos válidos.

 

Os dias seguintes à eleição contaram com a prisão de muitas lideranças da oposição, bem como da contestação do resultado do pleito por diversos agentes externos, bem como líderes de diversos países do mundo. O Brasil se posicionou afirmando que só reconheceria o resultado das eleições quando as atas eleitorais fossem publicadas em sua totalidade.

 

A oposição venezuelana, liderada por González e por María Corina Machado, impedida de concorrer às eleições deste ano pelo Tribunal Supremo Judicial (TSJ), contesta, desde então, os resultados das eleições e afirmam estar sendo perseguidos pelo regime de Maduro.

 

Na última semana, o TSJ realizou uma apuração da validade das eleições e confirmou que o pleito havia sido válido. O órgão, que de acordo com a oposição é aliado ao chavismo, afirmou que a eleição era válida, mas também informou que não divulgaria as atas eleitorais relativas ao pleito.