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‘Governo carlipetista não liga para Caetité’

Por (Evilásio Júnior)

Foto: Max Haack/Bahia Notícias

Marcos Mendes diz que órgãos estaduais dificultam estudos técnicos

O presidente estadual do PSOL, Marcos Mendes, criticou ao Bahia Notícias a falta de pronunciamento dos órgãos do governo do Estado sobre a carga de 90 toneladas de urânio, desviada de Caetité, que encontra-se no pátio da Delegacia de Guanambi, ambas cidades do sudoeste baiano. Até o momento, apenas o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) falou sobre o assunto, ao descartar a hipótese de ambientalistas de que o material é lixo radioativo. Apesar de toda a polêmica, marcada por uma série de protestos de moradores e militantes, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) ainda não se pronunciaram sobre o imbróglio. “Esse governo carlipetista está abrindo tudo e não está preocupado com o perigo que é o transporte de material nuclear”, criticou o socialista. Geólogo de formação, Mendes já tinha denunciado, na campanha para governador em 2010, que a água da região estava contaminada, e chegou até a desafiar Jaques Wagner a bebê-la em um debate. “Os poços são profundos e a área de um influencia o outro. A água do subterrâneo interconecta em algum lugar. O concentrado de urânio é elevado e aquilo que vai para a superfície contamina o solo e os poços. Quando colocam outros produtos químicos, o teor aumenta ainda mais. Por isso, muitos poços já foram fechados”, analisou. De acordo com ele, já foi solicitada a análise técnica da área, mas órgãos estaduais não permitiram a perícia. “Já há relatos de pessoas com câncer, doenças em jovens e adultos, mas aquilo lá é uma caixa-preta. Eles não deixam ninguém verificar para fazer a análise”, protestou Mendes. Nesta quarta-feira (18), deputados da oposição protocolaram um requerimento na Assembleia Legislativa para que uma comissão de parlamentares acompanhe a situação do material das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB), empresa cujo prefeito de Caetité, José Barreira (PSB), é funcionário afastado, mas não sabia da chegada da carga.

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