Mais de 14 mil toneladas de sódio foram retiradas de alimentos, com acordo da Saúde
O acordo de redução de sódio em alimentos processados já possibilitou a retirada de 14.893 toneladas dos produtos alimentícios. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Ministério da Saúde e Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), com relação às três primeiras fases do acordo, iniciado em 2011. A meta é que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020. Iniciada em abril de 2011, segundo a Agência Brasil, a primeira etapa estabelecia metas nacionais de redução de sódio em massas instantâneas, pães de forma e bisnaguinhas. Os resultados mostraram que 1.859 toneladas de sal foram retiradas dos alimentos nessa fase. Em outubro de 2011, a retirada de sal foi acertada para batatas fritas, salgadinhos, bolos e misturas para bolos, maionese e biscoitos, com redução total de 5.793 toneladas. Os resultados da terceira etapa do acordo, assinado em agosto de 2012, que previa a redução de sódio em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais até 2015, mostraram redução de 7.241 toneladas de sal nos alimentos. A quarta fase, assinada em novembro de 2013, estabelece redução de sódio em empanados, queijo mussarela, sopas, requeijão cremoso, hambúrguer e embutidos, como linguiças e salsicha. Os resultados dessa etapa deverão ser apresentados até o fim deste ano. Segundo o ministério, as metas são progressivas e já está em discussão a renovação das metas da primeira etapa. A Abia representa hoje 70% das indústrias de alimentos do país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou também dados que mostram que, em 2014, 94,5% das 22 empresas pesquisadas já haviam alcançado a meta da terceira etapa e traziam essa informação nos rótulos. Segundo o ministério, as demais empresas foram notificadas e se adequaram posteriormente. O brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio todos os dias, mais que o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de menos de 5 gramas por dia.