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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

inflacao

Inflação tem forte queda e registra 0,21% em junho, abaixo do esperado; Salvador tem variação negativa de preços
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Noti?cias

Após dois meses seguidos de alta devido principalmente pelo aumento de preços dos alimentos, a inflação oficial teve forte queda e fechou o mês de junho em 0,21%. Apesar de ainda ser puxada por uma alta de 0,44% no grupo de Alimentação e Bebidas, a inflação de junho ficou bem menor do que o esperado pelo mercado e com larga diferença para os 0,46% registrados em maio.

 

Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (10) pelo IBGE. De acordo com o indicador, neste ano de 2024, a alta de preços acumulada é de 2,48% e, nos últimos 12 meses, de 4,23%. 

 

O grupo que continua exercendo maior impacto no aumento de preços, o de Alimentação e Bebidas, também registrou queda acentuada, caindo de 0,62% em maio para 0,44% em junho. Na Alimentação no domicílio, os preços tiveram alta de 0,47%, desacelerando em relação à alta de maio (de 0,66%). 

 

Segundo o IBGE, entre as quedas que contribuíram para esse resultado, destacam-se os preços da cenoura (-9,47%), da cebola (-7,49%) e das frutas (-2,62%). Os produtos que registraram as maiores altas foram a batata inglesa (14,49%), o leite longa vida (7,43%) e o arroz (2,25%).

 

Também foi verificada redução na pesquisa sobre preços da Alimentação fora do domicílio, com variação de 0,37%, menos intensa do que a verificada em maio (0,50%). Os subitens lanche e refeição também desaceleraram na comparação mensal, com o primeiro passando de 0,78% para 0,39%, e o segundo de 0,36% para 0,34%.

 

Outra alta relevante registrada no IPCA de junho foi no grupo Habitação, cujos preços subiram 0,25%. Saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,54%, influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69%, e também pelos aumentos nos planos de saúde, de 0,37%.

 

No recorte da pesquisa do IBGE nas 16 capitais pesquisas, a capital da Bahia foi uma das três cidades que registraram variação negativa de preços. Salvador teve índice de -0,04% em junho, o que revelou uma forte queda da inflação em relação ao que foi medido em maio (0,58%). Recife (-0,09%) e Porto Alegre (-0,14%) foram as outras duas capitais com variação negativa.

 

Com o resultado de junho, a capital baiana acumula uma inflação de 2,46% no ano de 2024, abaixo da média nacional, que é de 2,46%. No acumulado dos últimos 12 meses, Salvador registra inflação de 3,93%, também abaixo do resultado para todo o país, que é de 4,23%. Apenas três capitais possuem índices melhores do que Salvador no resultado dos últimos 12 meses. 
 

Prévia da inflação registra 0,39% em junho, puxada por alta de mais de 24% no preço da batata inglesa
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Apesar do aumento nos preços dos alimentos, como, por exemplo, da batata inglesa, a prévia da inflação para junho ficou abaixo do que foi registrado no mês de maio. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado nesta quarta-feira (26) pelo IBGE, o indicador marcou 0,39% neste mês, após ter registrado 0,44% em maio. 

 

O grupo Alimentação e Bebidas foi o que mais contribuiu para o indicador que registra a prévia da inflação: 0,98% de variação no mês e impacto de 0,21% na composição do resultado. Segundo o IBGE, a alta da batata inglesa (24,18%) foi um dos principais motivos que impactaram o índice neste mês.

 

O acumulado trimestral do IPCA-15 ficou em 1,04%, menor que a taxa de 1,12% registrada no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a taxa foi de 0,04%.

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, sete tiveram alta em junho. Apenas o grupo dos Transportes (-0,23%) e o de Artigos de residência (-0,01%) apresentaram variação negativa. 

 

No grupo Alimentação e bebidas (0,98%), a alimentação no domicílio acelerou de 0,22% em maio para 1,13% em junho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (26) pelo IBGE, aponta que a maior variação (0,98%) e o maior impacto (0,21 ponto percentual) vieram do grupo Alimentação e Bebidas. Na sequência, vieram os grupos Habitação (0,63% e 0,10%) e Saúde e cuidados pessoais (0,57% e 0,08%).

 

Quanto aos índices regionais, todas as 11 capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em junho no IPCA-15. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,68%). A cidade de Salvador teve o terceiro menor índice, com variação de preços de 0,25%, maior apenas que Brasília (0,24%) e Belém (0,16%). 

 

Segundo o IBGE, a variação do IPCA-15 na capital da Bahia neste ano de 2024 é de 2,95%, acima da média nacional, que foi de 2,52%. A maior alta de preços em Salvador ocorreu no grupo Alimentação e Bebidas, com variação de 0,93% em junho, seguido pela alta no setor de Vestuário, com 0,60%, e Saúde e Cuidados Pessoais (0,44%). 
 

Cerveja subiu mais que a inflação em maio

Cerveja subiu mais que a inflação em maio
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O preço da cerveja subiu mais do que a inflação no mês de maio. Segundo dados da CervBrasil, a bebida registrou um aumento de 0,86% (para consumo no domicílio) nos preços no período, e de 0,95% (para consumo fora de casa).

 

Em contrapartida, o IPCA subiu 0,46% no período acumulado. Se comparar o intervalo de um ano, o IPCA subiu 3,93% entre maio de 2023 e maio de 2024, enquanto a cerveja subiu 4,99% (para ser bebida em casa) e 4,55% (fora do domicílio).

Impulsionada principalmente pela alta dos alimentos, inflação oficial brasileira acelera para 0,46% em maio
Foto: Acervo IBGE

A inflação oficial brasileira medida pelo IPCA acelerou em relação a abril, e fechou o mês de maio em 0,46%. O resultado, divulgado na manhã desta terça-feira (11) pelo IBGE, ficou bem acima do que havia sido verificado no mês passado (0,38%), e também mais alto do que a expectativa dos analistas de mercado, que apostavam em um aumento de 0,41%. 

 

Segundo o IBGE, o resultado do IPCA de maio foi pressionado pelos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 0,62% na comparação com abril, influenciados, sobretudo, pela alta dos tubérculos, raízes e legumes (6,33%). A atual pesquisa de preços foi a primeira a capturar os efeitos das chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul.

 

Apesar da alta, o IPCA de maio ainda ficou bem abaixo do pior momento do indicador neste ano, que foi em fevereiro, quando a inflação foi de 0,83%. No ano, a inflação acumulada é de 2,27% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%.

 

Uma maior alta da inflação no país neste ano de 2024 está no radar das instituições financeiras do mercado. O Boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda (10) com as estimativas de mais de 100 analistas do mercado trouxe a quinta revisão seguida para cima das estimativas sobre a inflação. Segundo o mercado, o IPCA deve terminar este ano em 3,90%, ante 3,88% na semana passada e 3,76% há quatro semanas.

 

Diante da tragédia ambiental que atingiu o Rio Grande do Sul desde o fim de abril, a cidade de Porto Alegre foi a área de abrangência investigada pela pesquisa do IBGE com a maior variação do IPCA em maio: 0,87%. Dos 16 locais pesquisados, apenas Goiânia (-0,06%) teve deflação. A cidade de Salvador registrou a quinta maior alta de preços entre todas as capitais pesquisadas: 0,58%. 

 

O resultado do IPCA de maio na capital baiana foi menor do que o verificado no mês de abril (0,63%). No ano, a inflação na cidade de Salvador está em 2,49%, e no acumulado dos últimos 12 meses, em 3,73%, abaixo da média nacional, que ficou em 3,93%. 

 

A composição do resultado de maio foi influenciada por aumentos de preços em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. A maior variação veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 0,69%. Já os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,62%) e Habitação (0,67%). 

 

Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,69%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%) e pelos itens de higiene pessoal (1,04%), com destaque para as altas do perfume (2,59%) e do produto para pele (2,26%).

 

Em Alimentação e bebidas (0,62%), a alimentação no domicílio desacelerou de 0,81% em abril para 0,66% em maio. Foram observadas altas nos preços da batata inglesa (20,61%), cebola (7,94%), leite longa vida (5,36%) e café moído (3,42%).

 

A alimentação fora do domicílio (0,50%) registrou variação acima do mês anterior (0,39%). Enquanto o lanche acelerou de 0,44% para 0,78%, o subitem refeição (0,36%) teve variação próxima à observada no mês de abril (0,34%).

 

No grupo Habitação (0,67%), a alta da energia elétrica residencial (0,94%) foi influenciada principalmente pelos reajustes tarifários aplicados em Salvador, que teve reajuste de 1,63% a partir de 22 de abril. 
 

Indicador que revela prévia da inflação acelera e chega a 0,44%; Salvador é a capital com maior aumento de preços
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Influenciada principalmente pela alta nos preços de combustíveis e na área de saúde e cuidados pessoais, a prévia da inflação acelerou e ficou em 0,44% neste mês de maio, 0,23% acima do resultado verificado em abril (0,21%). A alta da inflação foi apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (28) pelo IBGE.

 

No ano, o IPCA-15 já acumula uma alta de 2,12%. No período de 12 meses, o indicador chegou a 3,70%, abaixo dos 3,77% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2023, segundo o IBGE, o IPCA-15 foi de 0,51%.

 

De maio do ano passado para cá, somente em fevereiro deste ano o indicador do IBGE que mede a prévia da inflação havia ficado acima dos 0,44% apurados neste mês de maio. Naquele mês, o IPCA-15 foi de 0,78%, e depois seguiu caindo até essa nova alta mais recente. 

 

Entre as capitais pesquisadas pelo IBGE para a composição do indicador, Salvador foi a que registrou o maior índice de prévia da inflação: 0,87%. O resultado da capital baiana foi maior até mesmo do que Porto Alegre, que enfrenta diversos problemas após a tragédia climática causada por fortes chuvas e enchentes. 

 

A prévia da inflação na capital baiana subiu de 0,31% em abril para os 0,87% agora de maio. No ano de 2024, a inflação medida pelo IPCA-15 em Salvador alcançou 2,69% (menor apenas do que Belo Horizonte, que atingiu 3,10%). No acumulado de 12 meses, o indicador do IBGE apurou um resultado de 3,69% para a cidade baiana, praticamente no mesmo patamar da média nacional de 3,70%. 

 

A maior influência para a formação do resultado de 0,87% de prévia da inflação em Salvador veio do grupo Transportes, em grande parte por causa da alta nos combustíveis (6,63%). Outro grupo que exerceu pressão no crescimento do índice inflacionário da capital baiana foi o de Saúde e cuidados pessoais, principalmente por conta do aumento de preços de produtos farmacêuticos (2,06%). 

 

Na composição do indicador nacional, segundo o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram resultados positivos em maio. A alta nos preços em Saúde e cuidados pessoais (1,07%) teve influência dos produtos farmacêuticos (2,06%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. 

 

A outra grande contribuição para o aumento do indicador que mede a prévia da inflação no mês de maio saiu do grupo Transportes (0,77%), influenciado pelo aumento na gasolina (1,90%) e nas passagens aéreas (6,04%). Em relação aos demais combustíveis (2,10%), o etanol (4,70%) e o óleo diesel (0,37%) também tiveram alta. 
 

Semana de feriado tem votação de vetos, como o da "saidinha", e do projeto que pode taxar compras até US$ 50
Foto: Reprodução Youtube

A semana é marcada pelo feriado de Corpus Christi na quinta-feira (30), mas apesar da perspectiva de esvaziamento, estão marcadas sessões com votações importantes no Congresso. É o caso da sessão do Congresso Nacional, marcada para esta terça (28), com uma pauta recheada de vetos presidenciais polêmicos, como o do presidente Lula à lei que acabou com as saídas temporárias de presos em feriados e datas comemorativas.

 

Na Câmara, o presidente Arthur Lira tenta votar o projeto que cria o Programa Mover, que prevê incentivo de até R$ 19,3 bilhões para o setor automotivo para investimento em veículos mais limpos. O impasse para votação está em um “jabuti” inserido no texto para acabar com a isenção de impostos nas compras internacionais no valor de até US$ 50. PT e PL se uniram contra este dispositivo, e até o presidente Lula já disse que iria vetar este item do projeto. 

 

A última semana do mês de maio será a despedida do ministro Alexandre de Moraes da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E na sexta-feira, dia 31, se encerra o prazo para entrega da declaração de Imposto de Renda. 

 

Leia abaixo o resumo da semana em Brasília.

 

PODER EXECUTIVO

Nesta manhã de segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou seus compromissos oficiais recebendo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em seguida, Lula se reuniu com o ministro do Esporte, André Fufuca. 

 

Na tarde desta segunda, o presidente fará uma reunião com o secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Wellington César Lima. Às 16h, o presidente Lula participará de uma reunião com dirigentes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), e da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também estará presente no encontro. 

 

Ainda nesta segunda, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin viaja ao Rio Grande do Sul. Alckmin terá encontros com representantes da indústria, do comércio, serviços, cooperativas e trabalhadores na cidade de Caxias do Sul, com objetivo de discutir medidas de auxílio diante da situação de calamidade no estado após as chuvas e enchentes.

 

A agenda da viagem de Alckmin ao Rio Grande do Sul prevê reuniões na Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Caxias, no Sindicato dos Empregados no Comércio de Caxias do Sul e visita à empresa Marcopolo.

 

Na agenda de indicadores econômicos, o destaque fica com a divulgação do índice preliminar de inflação de maio no Brasil, o IPCA-15, a ser apresentado pelo IBGE. O índice desacelerou para 0,21% em abril, mas analistas projetam nova alta dos preços em maio. Conhecido como a inflação do aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) do mês sai na quarta-feira (29).

 

Dados do mercado de trabalho brasileiro também serão publicados nesta semana. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostra o saldo de vagas de emprego com carteira assinada de abril na terça (28). Já a taxa de desemprego no Brasil será divulgada na quarta (29). 

 

Ainda na quarta (29), o Banco Central publica as estatísticas fiscais de abril, com dados como o resultado primário do setor público e da dívida bruta do governo federal. Também estarão presentes no documento dados como balança comercial, superávit orçamentário e relação dívida/PIB.

 

No sábado (1º), o vice-presidente Geraldo Alckmin embarca para a China com uma comitiva de seis ministros do governo, entre eles Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento). A comitiva do vice-presidente da República cumprirá um dia de agendas na capital da Arábia Saudita, Riad, e, de lá, partirá rumo a Pequim.

 

Na China, Alckmin e sua comitiva participarão de reuniões da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, colegiado pelo qual os dois países dialogam e que é liderado pelos vice-presidentes. Alckmin se encontrará com seu similar chinês, mas aproveitará a viagem também para participar de encontros com empresários chineses, especialmente do setor automotivo.

 

PODER LEGISLATIVO

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), quer votar em Plenário nesta segunda (27) o PL 914/24, de autoria do governo federal, que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). O programa prevê benefícios fiscais às montadoras que investirem em tecnologias de baixa emissão de carbono, como os veículos híbridos e elétricos.

 

Para garantir a votação nesta semana de feriado, Lira determinou a exigência de registro biométrico dos deputados no plenário, com efeitos administrativos a quem não comparecer na votação. O que vem dificultando a votação do projeto é uma emenda inserida no texto pelo relator, deputado Átila Lira (PP-PI), para acabar com a isenção de impostos em compras importadas de até US$ 50 (R$ 253,02). 

 

O dispositivo, que levará a uma taxação de 60% nessas compras, criou uma disputa entre conglomerados varejistas internacionais, como Shein e AliExpress, e as empresas brasileiras, que criticam a “concorrência desleal” com as gigantes chinesas. O presidente Lula também tem falado contra a derrubada da isenção, e chegou a dizer que vetará o trecho do projeto, caso seja aprovado.

 

O Programa Mover prevê um total de R$ 19,3 bilhões em incentivos fiscais até 2028 para o setor automotivo investir em veículos mais limpos, com objetivo de descarbonizar a frota, e produzir novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística. O programa substitui o antigo Rota 2030.

 

Na terça (28), está marcada reunião do grupo de trabalho que vai analisar a proposta de regulamentação da reforma tributária. A proposta do governo federal PLP 68/24 regulamenta os três novos tributos criados pela reforma: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS).

 

Pela manhã, às 9 horas, a reunião do Grupo de Trabalho contará com a presença do secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, para explicar detalhes do projeto. Na parte da tarde, às 14h30, haverá outra reunião, desta vez com representantes das principais confederações de setores econômicos, como da indústria e dos transportes. 

 

No Senado, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania fará na tarde desta segunda (27) uma audiência pública para discutir a PEC 3/2022, que retira da União a posse dos chamados “terrenos de marinha” da União. Os terrenos da marinha são áreas da costa marítima com 33 metros do mar ao continente, situados na costa marítima e nas margens dos rios e de lagoas.

 

O projeto prevê que pessoas que ocupam os terrenos de marinha poderão adquiri-los mediante pagamento, enquanto Estados ou municípios terão o bem transferido a eles gratuitamente. A proposta é de autoria do deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA), e no Senado é relatada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ). 

 

No Plenário, na quarta (29), está agendada a votação do PL 1213/2024, que trata da remuneração de várias carreiras, entre elas a da Polícia Federal, e a da Polícia Rodoviária Federal. Este projeto é o único da pauta da sessão plenária.

 

Apesar do esvaziamento da semana devido ao feriado, está marcada para esta terça a realização da sessão conjunta do Congresso Nacional, para a análise e votação de diversos vetos presidenciais e projetos de lei que abrem créditos orçamentários extras. Entre os 17 vetos prontos para apreciação na sessão estão itens adiados após negociações entre governo e oposição na sessão do Congresso realizada no último dia 9 de maio.

 

É o caso, por exemplo, do veto à Lei 14.197, de 2021, que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional e foi parcialmente vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. O veto de Bolsonaro impediu a tipificação do crime de comunicação enganosa em massa (disseminação de fake news), com pena de até cinco anos de reclusão.

 

O governo negocia com a oposição a manutenção desse veto, em contrapartida com a não derrubada do veto do presidente Lula à lei que restringe a saída temporária dos presos (Lei 14.843, de 2024). O veto de Lula excluiu da lei um trecho que retirava totalmente a possibilidade de o preso sair para visitar a família ou participar de atividades de convívio social. 

 

Além dos vetos, poderão ser votados na sessão do Congresso créditos suplementares (que liberam mais recursos para projetos previstos no Orçamento) e especiais (para necessidades não contempladas anteriormente). Ao todo, os nove projetos de lei do Congresso Nacional (PLNs) em pauta preveem cerca de R$ 2 bilhões de reforço orçamentário.

 

PODER JUDICIÁRIO

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, agendou para esta semana o julgamento de recurso que questiona decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que entendeu que o Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Tipo Artesanal do Estado de São Paulo (Simpi) não representa uma categoria econômica. A ação, que começou a ser julgada na semana passada, pode levar a ser mantido o entendimento do TSE de que o Simpi não tem o direito de receber a contribuição sindical.

 

O caso tem repercussão geral reconhecida desde 2011, ou seja, a decisão do STF será aplicada em processos semelhantes que correm em outras instâncias da Justiça.

 

Também foi agendado o julgamento de ação que trata do acesso de pessoas trans à serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) relacionados ao sexo biológico. O pedido foi apresentado em 2021 pelo PT, na forma de uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). 

 

Na ação, o PT questiona atos do Ministério da Saúde relativos à atenção primária de pessoas transexuais e travestis. A análise do caso foi interrompida no mesmo ano, após um pedido de destaque do ministro Nunes Marques. A ação alega que pessoas trans que alteraram o nome no registro civil não estariam tendo acesso a serviços de saúde que dizem respeito ao sexo biológico.

 

Outra ação que pode ser julgada nesta semana é uma discussão que está no STF há 20 anos, sobre a validade de um decreto do então presidente Fernando Henrique Cardoso que retirou o Brasil da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O tratado internacional estabelece que é obrigatório que o empregador justifique o motivo pelo qual está demitindo o seu empregado. O STF já validou a dispensa sem justa causa, mas ainda há detalhes a serem definidos pelos ministros.

 

No Tribunal Superior Eleitoral, esta será a última semana do ministro Alexandre de Moraes como presidente da Corte. No próximo dia 3 de junho, Moraes será substituído na presidência do TSE pela ministra Cármen Lúcia. 

 

Para esta semana, não foi agendado o julgamento que pode levar à cassação do senador Jorge Seif (PL-SC). O julgamento do caso foi interrompido no dia 30 de abril, quando o relator, Floriano de Azevedo Marques determinou novas diligências e produção de provas que permitam a decisão dos ministros da corte.

 

Nesta última semana antes da mudança na presidência, o TSE terá reuniões presenciais na terça (28) e na quarta (29). No primeiro dia de julgamento há seis processos pautados, sendo que um deles trata de candidaturas femininas fictícias usadas para fraudar a cota de gênero na eleição municipal de Granjeiro (CE) de 2020.
 

Com alta em medicamentos e alimentos, inflação acelera para 0,38%; Salvador foi a 3ª capital com maior índice
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Após registrar 0,16% em março, a inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou e fechou o mês de abril em 0,38%. O resultado, divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, ficou acima das expectativas do mercado financeiro, que projetava um índice entre 0,33% a 0,35% para o período. 

 

Apesar da alta em abril, no acumulado da inflação nos últimos 12 meses houve redução no indicador. De acordo com o IBGE, o IPCA fechou abril com resultado de 3,69% no acumulado de 12 meses, contra 3,93% verificados no mês anterior. 

 

O índice de 0,38% apurado pelo IBGE para o mês de abril também ficou abaixo do que havia sido registrado no mesmo período do ano passado: naquele mês, a inflação oficial chegou a 0,61%. Neste ano de 2024, o índice inflacionário alcançou 1,80%. 

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do IPCA, sete tiveram alta no mês de abril. Os grupos que registraram os maiores impactos no índice foram Saúde e cuidados pessoais (1,16%) e Alimentação e bebidas (0,70%), com 0,15%. 

 

Na sequência dos grupos com maiores altas, tanto Vestuário (0,55%) como Transportes (0,14%) contribuíram com 0,03% na composição do índice de abril. Os demais grupos pesquisados ficaram entre o -0,26% de Artigos de residência e o 0,48% de Comunicação.

 

No grupo Saúde e cuidados pessoais, a maior contribuição (0,10%) saiu dos aumentos de preços de produtos farmacêuticos (2,84%), após a autorização do reajuste de até 4,50% para os medicamentos, a partir de 31 de março. Destacam-se as altas do antidiabético (4,19%), do anti-infeccioso e antibiótico (3,49%) e do hipotensor e hipocolesterolêmico (3,34%).

 

Em Alimentação e bebidas, pesou na composição do IPCA a alimentação no domicílio, que acelerou de 0,59% em março para 0,81% em abril. Foram observadas altas nos preços do mamão (22,76%), da cebola (15,63%), do tomate (14,09%) e do café moído (3,08%).

 

Nos índices das 16 capitais pesquisadas pelo IBGE, somente Fortaleza (-0,15%) registrou queda de preços no mês de abril, principalmente por conta do recuo na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-3,80%). Já a maior variação ocorreu em Aracaju (0,78%), influenciada pelas altas da cebola (27,77%) e do tomate (23,20%).   

 

Depois de ter registrado aumento de preços de 0,16%, a cidade de Salvador verificou aceleração da inflação em abril, fechando o mês com índice de 0,63%, o terceiro maior entre as capitais pesquisadas e bem acima da média nacional, de 0,38%. 

 

No resultado dos últimos 12 meses, entretanto, a capital baiana tem uma inflação de 3,49%, abaixo da média do país, que ficou em 3,69%. Com a aceleração verificada em abril, o IPCA de Salvador no ano chegou a 1,90%, acima do total nacional, que foi de 1,80%. 
 

Mercado estima PIB de 1,9% este ano, revela boletim Focus
Foto: Marcello Casal / Agência Brasil / Arquivo

Pela oitava semana seguida, o mercado financeiro aumentou as expectativas de crescimento da economia brasileira. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (9), em Brasília, pelo Banco Central, espera-se um crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas riquezas produzidas no país) em 2024.

 

Há uma semana, a expectativa era de um crescimento de 1,89% em 2024; e há quatro semanas era de 1,78%. Para os três anos subsequentes (2025, 2026 e 2027), a estimativa do mercado financeiro permanece estável em 2%.

 

CÂMBIO E JÚROS

A previsão se mantém estável também para o câmbio e para a taxa básica de juros (Selic). Há três semanas seguidas, o mercado financeiro prevê que o dólar fechará o ano cotado a R$ 4,95; e há 15 semanas projeta uma Selic a 9% ao final do ano.

 

Para 2025 as expectativas se mantêm estáveis, com o dólar a R$ 5 há 13 semanas; e a Selic a 8,5% há 18 semanas.

 

INFLAÇÃO
As expectativas do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – em 2024 apresentaram uma alta de 0,01 ponto percentual na comparação com a semana passada, mas elas estão acima da previsão registrada há quatro semanas.

 

Segundo o boletim Focus, é esperado um crescimento de 3,76% em 2024. Há quatro semanas, o crescimento estimado para a economia do país era de 3,77%; e há uma semana, 3,75%.

IPCA-15: prévia da inflação desacelera em março, mas preços de alimentos e bebidas continuam com forte alta
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Nas últimas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros e auxiliares para pedir estratégias e ações que levassem à redução no preço dos alimentos e produtos básicos. Para o governo, a queda na aprovação do presidente, atestada por diversas pesquisas divulgadas neste mês de março, teria como uma das causas “o preço daquilo que vai na mesa do povo trabalhador”, como dito pelo próprio Lula.

 

Na manhã desta terça-feira (26), o Palácio do Planalto tem motivos para manter sua preocupação em atuar para reduzir os preços de alimentos e produtos. O IBGE divulgou o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), e os números mostram que a taxa de inflação continua sendo pressionada pelo grupo de Alimentação de Bebidas.

 

De acordo com o IBGE, a prévia da inflação ficou em 0,36% em março, 0,42 ponto percentual menor que a de fevereiro, quando variou 0,78%. O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,91% e impacto de 0,19% no índice geral. 

 

Apesar da forte queda no IPCA-15 entre fevereiro e março, a redução no aumento de preços dos alimentos foi baixa. O relatório do indicador no mês de fevereiro mostrou um aumento no grupo Alimentação e bebidas da ordem de 0,97%, apenas um pouco acima dos 0,91% verificados agora em março pelo IBGE.

 

Dentre os itens pesquisados no grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%). 

 

Outros itens apresentaram queda, como a batata-inglesa (-9,87%), a cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%). Já a alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março). O lanche (0,19%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,79%).

 

O resultado do IPCA-15 veio acima das expectativas do mercado financeiro. As expectativas eram de alta de 0,31% em março, chegando a 4,10% em 12 meses. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%. Na avaliação dos últimos 12 meses, o indicador acumulou alta de 4,14%.

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em março. Além do grupo Alimentação e bebidas, também se destacaram os grupos Transportes (0,43% e 0,09%.) e Saúde e cuidados pessoais (0,61% e 0,08%). As demais variações ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,19% de Habitação.

 

Em Saúde e cuidados pessoais (0,61%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,73%) e pelos itens de higiene pessoal (0,39%).

 

Entre as capitais pesquisas, Salvador teve resultado de 0,23% em março, abaixo da média nacional de 0,36% no mesmo período. A capital baiana só perdeu para Goiânia (0,14% entre as cidades com menor aumento de preços no mês de março. Em 12 meses, a inflação em Salvador está em 3,53%, também abaixo da média nacional, de 4,14% no mesmo período. 
 

Inflação acelera em fevereiro com alta na área de educação e Salvador tem terceiro maior índice entre capitais pesquisadas
Foto: Alexandre Campbell / Agência Brasil

Graças aos aumentos de preços das despesas escolares, típicas do período, a inflação oficial no Brasil acelerou e chegou a 0,83% em fevereiro, bem acima do resultado verificado em janeiro deste ano (0,42%). Foi o que revelou nesta terça-feira (12) o IBGE, ao divulgar os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que marca a inflação oficial do país. 

 

De acordo com o IBGE, o IPCA em 2024 já soma 1,25%. E o índice de inflação acumulado permanece estável, atingindo agora 4,50% em 12 meses (estava em 4,51%). 

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, sete tiveram alta no mês de fevereiro. A maior variação (4,98%) e o maior impacto (0,29 ponto percentual) vieram de educação. Outros destaques foram os grupos alimentação e bebidas (0,95% e 0,20%) e transportes (0,72% e 0,15%). Os demais grupos ficaram entre o -0,44% de vestuário e o 1,56% de comunicação.

 

“O resultado do IPCA se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, afirma o gerente da pesquisa, André Almeida. Segundo o estatístico, as maiores altas nos preços vieram do ensino médio (8,51%), ensino fundamental (8,24%), pré-escola (8,05%) e creche (6,03%).

 

Também tiveram aumento: curso técnico (6,14%), ensino superior (3,81%) e pós-graduação (2,76%). Dessa forma, apenas o grupo Educação, com alta de 4,98% no mês passado, representou impacto de 0,29 ponto percentual na taxa geral.

 

Já o grupo Alimentação e Bebidas subiu bem menos do que em janeiro: de 1,38% para 0,95%. Contribuíram para o resultado os aumentos de produtos como cebola (7,37%), batata inglesa (6,79%), frutas (3,74%), arroz (3,69%) e leite longa vida (3,49%).

 

Por outro lado, a alimentação fora do domicílio foi de 0,25%, no mês anterior, para 0,49%. Isso porque a refeição teve variação superior – de 0,17% para 0,67%. O lanche aumentou 0,25%, desacelerando.

 

Em Transportes (alta de 0,72%), o IBGE apurou aumentos em todos os combustíveis: etanol (4,52%), gasolina (2,93%), gás veicular (0,22%) e óleo diesel (0,14%). Já o táxi teve alta (0,64%), com reajustes no Rio de Janeiro, Salvador e em Belo Horizonte. Em contrapartida, os preços das passagens aéreas caíram: -10,71%, com impacto de -0,09 ponto.

 

Entre as regiões pesquisadas, a cidade de Salvador teve o terceiro maior índice de inflação entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE: 0,96%. O percentual em fevereiro ficou bem acima do que tinha sido verificado em janeiro, quando o IPCA da capital da Bahia havia sido de 0,13%.

 

Com a inflação em 0,96% no mês de fevereiro, Salvador só teve resultado melhor que Aracaju-SE (1,09%) e São Luís-MA (1,06%). No ano de 2024, a inflação da capital baiana está em 1,10%, e no resultado dos últimos 12 meses chegou a 3,65%. Apesar do aumento em fevereiro, o resultado da inflação nos últimos meses em Salvador ainda está bem abaixo da média nacional no mesmo período (4,50%). 
 

Prévia da inflação acelera para 0,78% em fevereiro, puxada por alta de preços nas áreas de educação e alimentação
Foto: Ravena Rosa / Agência Brasil

Influenciado principalmente pelos aumentos de preços na área de educação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para o mês de fevereiro registrou alta de 0,78%. O indicador, que representa a prévia da inflação, foi divulgado nesta terça-feira (27) pelo IBGE. 

 

O resultado do IPCA-15 em fevereiro acelerou 0,47% em relação ao que foi apurado no mês de janeiro (alta de 0,31%). Os 0,78% registrados neste mês também foram mais altos do que os registros verificados em todos os últimos 11 meses. 

 

O grupo Educação forneceu a maior contribuição para a composição do IPCA-15 de fevereiro, principalmente por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo nos cursos regulares (6,13% e 0,27% de impacto no indicador. As maiores variações foram das altas de preços no ensino médio (8,58%), ensino fundamental (8,23%), pré-escola (8,14%) e da creche (5,91%). Curso técnico (6,01%), ensino superior (3,74%) e pós-graduação (2,81%) também tiveram altas.

 

De acordo com o IBGE, em 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 acumula alta de 1,09% e nos últimos 12 meses, de 4,49%, acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,76%.

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, oito registraram alta em fevereiro. A exceção ficou com o grupo Vestuário, que registrou queda em fevereiro, com variação de -0,39% e impacto de -0,02% no índice geral.

 

Após o grupo Educação, as maiores altas de preços foram verificadas em Alimentação e bebidas, com alta de 0,97% e impacto de 0,20%, e Saúde e cuidados pessoais (0,76% e 0,10%). 

 

No grupo Alimentação e bebidas (0,97%), a alimentação no domicílio subiu 1,16% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cenoura (36,21%), da batata-inglesa (22,58%), do feijão-carioca (7,21%), do arroz (5,85%) e das frutas (2,24%). Em Saúde e cuidados pessoais (0,76%), o resultado foi influenciado pelos aumentos nos planos de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,61%) e pelos itens de higiene pessoal (0,70%).

 

Quanto aos índices regionais, todas as capitais pesquisadas registraram alta do indicador em fevereiro. A maior variação foi registrada em Goiânia (1,07%), por conta das altas da gasolina (7,28%) e dos cursos regulares (4,56%).

 

Salvador foi a quarta capital com maior alta de preços no mês de fevereiro (0,90%). O resultado ficou bem acima do que foi verificado em janeiro deste ano (0,35%). Nos últimos 12 meses, a capital da Bahia tem índice de inflação de 3,67%, resultado que só perde para o IPCA-15 de Recife no mesmo período (3,46%) entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE. 
 

IPCA registra 0,42% em janeiro com alta de alimentos; Salvador está entre as capitais com menor inflação anual no país
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Graças ao aumento de preços no grupo de alimentação e bebidas, a inflação oficial brasileira foi de 0,42% no mês de janeiro deste ano. Foi o que revelou o IBGE na manhã desta quinta-feira (8), ao divulgar os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registra a inflação oficial do país. 

 

Apesar da alta, a inflação no mês de janeiro desacelerou em relação à taxa de 0,56% apurada em dezembro do ano passado. O resultado de janeiro deste ano também é melhor se comparado com os 0,53% verificados no mesmo mês de 2023. Também houve queda no acumulado dos últimos 12 meses: em janeiro, o IPCA acumulou alta de 4,51% em um ano, abaixo dos 4,62% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

 

Na avaliação do IBGE por cidades, a capital da Bahia, Salvador, foi uma das que verificou o menor aumento de preços no mês de janeiro. Assim como Porto Alegre, Salvador teve uma inflação em janeiro de 0,13%, maior apenas do que a de Brasília (-0,36%), e menor do que outras 13 capitais entre as 16 pesquisadas para a composição do IPCA.

 

A variação de preços na capital baiana no mês de janeiro também ficou bem menor do que a média verificada para o Brasil (0,42%). O índice de janeiro em Salvador (0,13%) também revelou uma queda acentuada em relação aos preços apurados no mês de dezembro de 2023 (0,84%). 

 

Com relação à avaliação dos últimos 12 meses, enquanto a variação de preços para todo o país ficou em 4,51%, o indicador do IBGE mostra uma inflação anual de 3,49% na capital baiana. Entre as 16 capitais pesquisadas, a inflação de 12 meses em Salvador só perde para São Luís (2,79%). 

 

De acordo com o IBGE, os 0,42% registrados neste começo de ano foram influenciados principalmente pelo aumento de 1,38% do grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso no indicador (21,12%). Com esse resultado, os alimentos também exerceram o maior impacto sobre o índice do mês (0,29%). 

 

“O resultado de janeiro tem, assim como em dezembro, o grupo alimentação e bebidas como principal impacto. O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa do IPCA, André Almeida. Segundo ele, esta é a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).

 

Nesse cenário, a alimentação no domicílio também ficou mais cara (1,81%), influenciada sobretudo pelo avanço nos preços da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).

 

Já a alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou frente a dezembro (0,53%), com as altas menos intensas do lanche (0,32%) e da refeição (0,17%). No mês anterior, os dois subitens haviam registrado aumento de 0,74% e 0,48%, respectivamente.

 

Por outro lado, o grupo de transportes, o segundo de maior peso no IPCA (20,93%), registrou deflação de 0,65%. Nos quatro últimos meses de 2023, houve uma alta acumulada de 82,03% nesse subitem.

 

Também no grupo dos transportes, houve queda nos preços dos combustíveis (-0,39%), com os recuos do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%). Já o gás veicular (5,86%) foi o único dos combustíveis pesquisados a ter alta no mês. 
 

Prévia da inflação desacelera e fica em 0,31% no mês de janeiro, abaixo das estimativas do mercado
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (26) o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que representa a prévia da inflação oficial do país, e o resultado surpreendeu o mercado. Segundo o IBGE, houve desaceleração nos preços e a prévia da inflação foi de 0,31% em janeiro, abaixo das estimativas de 0,47% de analistas econômicos.

 

O resultado de dezembro do IPCA-15 ficou 0,09% menor do que o índice apurado em dezembro do ano passado, que foi de 0,40%. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,47%, abaixo dos 4,72% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,55%.

 

Entre os nove grupos pesquisados, sete registraram alta em janeiro. A maior variação (1,53%) e o maior impacto (0,32 p.p.) vieram do grupo Alimentação e Bebidas, com destaque para o aumento da batata-inglesa (25,95%), do tomate (11,19%), do arroz (5,85%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,94%). Já a alimentação fora do domicílio (0,24%) desacelerou em relação ao mês de dezembro (0,53%). 

 

Por outro lado, o grupo Transportes registrou queda no mês de janeiro, com variação de -1,13%. A passagem aérea, com queda de 15,24%, registrou o maior impacto individual negativo do mês (-0,16%). Em relação aos combustíveis (-0,63%), houve recuo nos preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%), enquanto o gás veicular (2,34%) registrou alta. 

 

No grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,56%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%) e pelos itens de higiene pessoal (0,58%). Destacam-se também, segundo o IBGE, as altas de desodorante (1,57%), do produto para pele (1,13%) e do perfume (0,65%).

 

No grupo Habitação (0,33%), o resultado da energia elétrica residencial (-0,14%) foi influenciado pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,56%), Fortaleza (-0,18%) e Salvador (-3,89%), a partir de 1º de janeiro. Também provocou influência na alta deste grupo a apropriação residual do reajuste de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,32%), a partir de 22 de novembro.

 

Quanto aos índices regionais, dez áreas tiveram alta em janeiro. As maiores variações foram registradas em Belo Horizonte (0,88%), por conta das altas em ônibus urbano (9,33%) e na batata-inglesa (34,30%). A cidade de Salvador teve alta de preços em janeiro (0,35%) acima da média nacional de 0,31%. No resultado dos últimos 12 meses, entretanto, a capital baiana tem variação acumulada de preços de 3,97%, abaixo do total nacional, que foi de 4,47% para este período. 
 

Inflação acelera 0,56% no mês de dezembro e encerra 2023 em 4,62%, menor resultado desde 2020
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Noti?cias

O Brasil fechou ano de 2023 com uma inflação mais alta do que o esperado, mas ainda dentro do limite de tolerância estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CM). Foi o que revelou na manhã desta quinta-feira (11) o IBGE, ao divulgar o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que marca a inflação oficial no país. 

 

Segundo o IBGE, o mês de dezembro teve uma inflação de 0,56%, o que fez o IPCA fechar o ano de 2023 com uma alta acumulada de 4,62%. A meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional para o ano passado era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%.

 

A inflação oficial do Brasil fechou 2023 no menor nível anual desde 2020. Naquele ano, o índice oficial do IBGE registrou uma inflação de 4,52%. No ano seguinte, em que o mundo ainda enfrentava a epidemia da Covid, a inflação atingiu 10,06%. 

 

O resultado apresentado pelo IBGE para a inflação acabou saindo acima das expectativas do mercado financeiro. O último Boletim Focus do Banco Central, divulgado na última segunda (8), com as estimativas de analistas e especialistas de instituições financeiras, revelou uma previsão para a inflação na casa de 4,47% no fechamento de 2023.

 

O IPCA de dezembro maior do que o aguardado foi originado por uma subida de preços em todos os nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa. A maior alta ocorreu no grupo de alimentação e bebidas (1,11%), que acelerou em relação ao mês anterior (0,63%) e exerceu o maior impacto sobre o resultado geral (0,23 ponto percentual). 

 

Os maiores aumentos de preços no setor de alimentos aconteceram com a batata-inglesa (19,09%), o feijão-carioca (13,79%), o arroz (5,81%) e as frutas (3,37%). Também houve alta registrada na alimentação no domicílio subiu 1,34%. Por outro lado, o preço do leite longa vida baixou pelo sétimo mês seguido (-1,26%).

 

No ano, a inflação acumulada de 4,62% ficou abaixo dos 5,79% registrados em 2022. O maior impacto nesse resultado de 2023 aconteceu no grupo Transportes (7,14%), principalmente por conta da alta acumulada da gasolina (12,09%). 

 

Em relação aos índices regionais, a cidade de Salvador, depois de ter registrado índice negativo de -0,17% em novembro, teve forte alta em dezembro e fechou o mês como a segunda capital no país com maior resultado para a inflação. Em dezembro a capital baiana teve inflação de 0,84%, abaixo apenas do que foi registrado em Rio Branco (AC), com 0,90%, e muito acima da média nacional de 0,56%.

 

Apesar da alta em dezembro, no acumulado do ano de 2023, a cidade de Salvador teve uma inflação total de 4,48%, abaixo da média nacional, que foi de 4,62%. Entre todas as 16 capitais pesquisadas pelo IBGE, apenas seis encerraram o ano de 2023 com um índice inflacionário menor do que Salvador. 
 

Mercado reduz estimativa para a inflação em 2024 e mantém perspectivas sobre PIB, taxa de juros e dólar
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O primeiro Boletim Focus do Banco Central no ano de 2024, com as projeções de mais de 100 analistas do mercado sobre os rumos da economia brasileira, revelou estabilidade nas estimativas para os principais indicadores da economia. Excepcionalmente, o Boletim Focus foi apresentado nesta terça-feira (2) devido ao feriado de Ano Novo.

 

De acordo com o documento, os economistas de dezenas de instituições financeiras e do mercado mantiveram a inflação oficial de 2023 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na casa dos 4,46%. Em relação a 2024, os analistas reduziram suas projeções de 3,91% para 3,90%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5% para cima ou para baixo.

 

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão média para o crescimento da economia brasileira permaneceu em 2,92% no fechamento de 2023. Para 2024, a projeção seguiu a mesma da semana passada, em 1,52%, assim como para 2025, que continuou em 2%.

 

Já sobre a Selic, a taxa básica de juros, a expectativa mediana dos analistas do mercado seguiu em 9% ao fim de 2024, após cair na semana passada. Esse patamar representa um corte total de 2,75% na Selic durante o ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de 2023, a Selic foi reduzida de 12,25% para 11,75%.

 

A mediana das estimativas do mercado para o dólar no fim deste ano de 2024 seguiu em R$ 5, assim como na última semana. Para 2025, a projeção caiu de R$ 5,05 para R$ 5,03. E para 2026 as expectativas ficaram em R$ 5,05.

 

Sobre a balança comercial brasileira, houve uma redução nas expectativas para 2023, com o superávit estimado saindo de US$ 81,40 bilhões para um saldo positivo de US$ 81,30 bilhões. A estimativa para 2024 também recuou, de US$ 71 bilhões para US$ 70,50 bilhões, enquanto a de 2025 continuou em US$ 66,59 bilhões. A estimativa para 2026 encolheu de US$ 70,00 bilhões para US$ 68,50 bilhões.

 

Na avaliação em relação à dívida líquida do setor público, os analistas do mercado reduziram suas projeções de 61,20% do PIB para 61,05% do PIB. A perspectiva para 2024 também passou por correção, caindo de 64,50% do PIB para 64,45% do PIB. A de 2025 também recuou, de 66,40% do PIB para 66,20% do Produto Interno Bruto. 
 

Puxada por alta no preço dos transportes, prévia da inflação para o mês de dezembro sobe mais do que o esperado
Foto: Bruno Concha / PMS

O IBGE divulgou na manhã desta quinta-feira (28) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, e o resultado foi acima do que era esperado pelos analistas do mercado. Segundo o IBGE, o IPCA-15 subiu 0,40% em dezembro, após ter registrado alta de 0,33% em novembro (em média o mercado aguardava subida de 0,27%). 

 

O resultado do IPCA-15 foi influenciado principalmente pela alta de 0,77% nos preços de transportes, puxado pelas passagens aéreas, que subiram 9,02% e exerceram o maior impacto individual no mês. O subitem ônibus urbano (1,91%) também contribuiu para a alta no grupo transportes, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador (5,69%), a partir de 13 de novembro.

 

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta na prévia de dezembro. Os grupos que mais contribuíram para uma inflação maior em dezembro foram as despesas pessoais (0,56%), alimentação e bebidas (0,54%) e habitação (0,48%). 

 

Por outro lado, nos combustíveis (-0,27%), houve queda nos preços do óleo diesel (-0,75%), do etanol (-0,35%) e da gasolina (-0,24%). Já o gás veicular (0,08%) registrou alta de preços.

 

Com o resultado de dezembro, o acumulado da inflação na apuração de 12 meses fecha o ano em 4,72%. O índice está abaixo do que foi verificado em novembro (4,84%) e em outubro (5,05%). Já na comparação com dezembro de 2022, o indicador neste ano se encontra bem abaixo do ano passado, quando o IPCA-15 registrou alta de 5,90%. 

 

A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano de 2023 foi de 3,25%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite tolerado para a inflação deste ano é de 4,75%. Desta forma, o IPCA-15 verificado em dezembro (4,72%) mostra uma inflação que não estourou o teto da meta. 

 

O aumento de preços apurado para o mês de dezembro, de 0,40%, é o maior patamar do IPCA-15 desde maio, quando o IBGE divulgou um indicador de 0,51% naquele mês. O mês de 2023 com maior alta de preços verificados na elaboração do IPCA-15 segue sendo fevereiro, quando a prévia da inflação ficou em 0,76%. 

 

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, com diferença no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 15 de novembro a 14 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro (base).

 

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
 

Analistas do mercado reduzem previsão de inflação ao final do ano e projetam corte maior nos juros em 2024
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O último boletim Focus do Banco Central em 2023, com as estimativas de dezenas de economistas de instituições financeiras, apresentou redução nas expectativas de inflação e para o dólar, e estabilidade em relação ao PIB. Excepcionalmente nesta semana, o Boletim Focus foi apresentado terça-feira (26) e não na segunda, devido ao feriado de Natal.

 

De acordo com o Focus, as expectativas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo diminuíram de 4,49% para 4,46% ao final do ano. Um mês antes, a mediana das previsões dos economistas era de uma inflação de 4,53% no fechamento de 2023.

 

A projeção do mercado para a inflação no ano de 2024 também recuou, de 3,93% para 3,91%, após estabilidade na semana anterior. Para 2025, as previsões continuam em 3,50%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3,25% em 2023 e de 3% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

No último Boletim Focus de 2022, divulgado também no dia 26 de dezembro, as mediana para a inflação oficial ao final do ano de 2023 estava em 5,23%. Durante todo o ano, houve uma queda de 0,77% nas estimativas desse indicador, chegando à previsão atual de 4,46%.

 

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central neste ano confirmou as expectativas do mercado, com a redução de 12,25% para 11,75%. Para 2024, a média das estimativas caiu de 9,25% para 9% ao fim ano, e ficou em 8,50% para 2025.

 

Sobre o PIB, a previsão média para o crescimento da economia brasileira em 2023 permaneceu em 2,92%. No final de 2022, os analistas do mercado apresentavam uma estimativa para a expansão do PIB no fechamento de 2023 na casa de 0,79%. A previsão do mercado para o PIB subiu 2,13% durante o ano.

 

Para 2024, a projeção do PIB brasileiro aumentou de 1,51% para 1,52%. Para 2025, seguiu em 2,00%. mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano caiu de R$ 4,93 para R$ 4,90. Para 2024, a mediana das expectativas continuou em R$ 5,00. Para 2025, foi de R$ 5,08 para R$ 5,05.

 

Nas avaliações em relação ao dólar, as projeções fecham 2023 com um novo recuo, de R$ 4,93 na semana anterior para R$ 4,90, enquanto a projeção para 2024 se manteve em R$ 5,00. A de 2025, por sua vez, caiu de R$ 5,08 para R$ 5,05 e a aposta para 2026 passou de R$ 5,11 para R$ 5,10.

 

Já a projeção para o resultado primário da economia piorou para 2023. A estimativa para este ano subiu de um déficit de 1,30% do PIB para -1,40%. A de 2024 manteve-se em -0,80% do PIB. Para 2025, continuou em -0,60% do PIB, enquanto a projeção para 2026 ficou nos mesmos -0,50% do PIB.
 

Inflação na Argentina chega a 160,9% em 12 meses
Foto: Natacha Pisarenko/AP

A inflação na Argentina chegou a 160,9% no acumulado de 12 meses, anunciou nesta quarta-feira (13) o estatal Instituto de Estatísticas. Os resultados de novembro mostram que os preços ao consumidor subiram 12,8% no mês.


A inflação acumulada em 2023 foi a 148,2%. Os setores com maiores altas no mês passado foram Saúde (15,9%), Alimentos e bebidas não alcoólicas (15,7%) e Comunicação (15,2%).


Na terça-feira (12), o novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo anunciou um pacote fiscal com nove medidas para tentar conter a crise econômica que afeta o país.

 

O ajuste foi chamado na imprensa de "Plano Motosserra", em referência à motosserra que Milei exibiu na campanha para presidente e que simbolizava o que o, à época candidato, queria fazer com os gastos públicos — cortá-los brutalmente.

 

As medidas têm o objetivo de recompor as contas públicas argentinas. No discurso de posse, no domingo (10), Milei disse que "não há dinheiro" no país e pediu para que a população se preparasse para tempos difíceis antes de que a situação melhore.


Economistas ouvidos pelo g1 afirmam que o ajuste fiscal de Milei deve realmente seguir o caminho de piorar os índices de inflação e atividade, mas fazem parte de um caminho para reduzir o déficit do país e acumular reservas internacionais.


Como estão previstos fim de subsídios públicos, uma desvalorização da cotação do peso em relação ao dólar e descongelamento de preços de itens básicos, a tendência é que a inflação ganhe força nos próximos meses.
 

Inflação sobe 0,28% em novembro puxada pela alta dos alimentos; Salvador registra variação negativa de preços
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Na véspera do anúncio do novo corte na taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o IBGE divulgou o resultado da inflação no Brasil, que foi um pouco mais fraca do que o esperado para o mês de novembro. Apesar de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter ficado em 0,28%, acima dos 0,24% de outubro, a taxa dos últimos 12 meses se posicionou em 4,68%, abaixo, portanto, do teto da meta para este ano, que é de 4,75%.

 

No mês passado, o resultado auferido pelo IBGE para a inflação de 12 meses foi de 4,82% no mês. Para esse mês de novembro, a expectativa dos analistas de mercado era de que o IPCA ficaria em 4,70%. A queda no indicador da inflação já vinha sendo projetada pelo mercado: o boletim Focus do BC divulgado nesta segunda (11) mostrou uma redução de 4,54% para 4,51% nas projeções para a inflação ao final de 2023.

 

Os números do IPCA divulgados nesta terça-feira (12) revelam também que neste ano de 2023, a inflação oficial acumula alta de 4,04%. O resultado do IPCA reforça a visão do mercado financeiro de que o Copom vai realmente promover mais um corte de 0,5% na Selic, rebaixando a taxa básica de juros dos atuais 12,25% para 11,75% ao ano.

 

De acordo com o IBGE, o resultado do IPCA de novembro, acima do que foi verificado em outubro, foi influenciado principalmente pela alta de 0,63% do grupo Alimentação e bebidas. Esse grupo de preços registrou a maior variação e o maior impacto nos preços de novembro, acelerando ante o que foi apurado em outubro.

 

Dentro os preços apurados pelo IBGE, a maior alta veio da alimentação no domicílio, que subiu 0,75% em novembro. Esse percentual foi influenciado pelas altas da cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). No lado das quedas, os destaques foram o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).

 

Segundo o IBGE, a alimentação fora do domicílio (0,32%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,42%). A alta da refeição (0,34%) foi menos intensa que a de outubro (0,48%). Já o subitem lanche (0,20%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,19%).

 

Nos índices regionais, a cidade de Salvador registrou inflação negativa em novembro, com o indicador chegando a -0,17%, neste mês de novembro. Dentre todas as regiões metropolitanas e municípios pesquisados pelo IBGE, apenas Recife (-0,29%) e São Luís (-0,39%) tiveram resultado melhor do que a capital da Bahia.

 

O resultado verificado pelo IBGE na cidade de Salvador revelou uma forte queda em relação ao IPCA de outubro. No mês passado a inflação em Salvador havia sido de 0,29%, e houve neste mês resultado negativo de -0,17%. No ano de 2023, a inflação na capital baiana está em 3,61%, abaixo da média nacional, que é de 4,04%. 

 

Também no resultado apurado pelo IBGE para os últimos 12 meses (de dezembro do ano passado a novembro desse ano), a região metropolitana de Salvador está bem abaixo da média nacional. A inflação de 12 meses na capital da Bahia ficou em 4,01%, enquanto o IPCA para todo o País foi de 4,68%. 

Indicador sobre prévia da inflação acelera em novembro, mas Salvador registra a maior queda na variação de preços
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Puxada por aumento de preços em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registra a prévia da inflação, ficou em 0,33% no mês de novembro. O resultado, divulgado pelo IBGE na manhã desta terça-feira (28), revela um aumento de 0,12% em relação ao indicador no mês de outubro (0,21%). 

 

O principal impacto no cálculo do IPCA-15, de acordo com o IBGE, veio do grupo de Alimentação e bebidas, com aceleração de 0,82% no mês. O resultado divulgado nesta terça se colocou um pouco acima das expectativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma alta de 0,30% no índice em novembro.

 

No ano, o IPCA-15 já acumula uma alta de 4,30%. No resultado de 12 meses, o indicador está atualmente em 4,84%, abaixo dos 5,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2022, a taxa foi de 0,53%.

 

Dos grupos de produtos e serviços pesquisados, houve forte impacto também em Despesas pessoais (0,52%) e Transportes (0,18%). No lado das quedas, o grupo Comunicação (-0,22% e -0,01 p.p.) recuou pelo terceiro mês consecutivo. 

 

Segundo o IBGE, a Alimentação no domicílio voltou a subir depois de cinco meses. Dentre os destaques estão a cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Na ponta oposta, tiveram queda os preços do feijão-carioca (-4,25%) e do leite longa vida (-1,91%).

 

Em relação às capitais pesquisadas pelo IBGE, Salvador foi a que teve a maior variação negativa no IPCA-15 do mês de novembro, influenciado pela queda nos preços da gasolina (-4,00%). A capital da Bahia registrou variação de -0,12%, bem abaixo do resultado para o País, que foi de 0,33%. No ano, a variação acumulada de Salvador chegou a 3,77%, enquanto o índice brasileiro está em 4,30%. 

 

No resultado de 12 meses, a capital da Bahia registra uma variação de preços na casa de 4,14%. O indicador está bem abaixo do total para o País, que é de 4,84%. Somente uma capital entre todas as pesquisadas pelo IBGE está melhor do que Salvador no indicador de 12 meses: Rio de Janeiro, com 3,79%. 

Pesquisa mostra que mercado não acredita que governo cumprirá meta fiscal e considera Haddad pior que Guedes
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (22) revela que a grande maioria dos analistas do mercado financeiro acreditam que o governo Lula não conseguirá manter a aposta de déficit zero no próximo ano, e terá que modificar a meta fiscal. 

 

Dos 100 profissionais de fundos de investimento consultados pela sondagem, 80 esperam mudança da meta fiscal, sendo que 49 veem alteração para -0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), 18 para -0,75% do PIB, 7 para -0,25% do PIB e 6 para -1% do PIB ou mais.

 

Entre os 100 analistas entrevistados, 20 dizem acreditar que a meta de déficit zero das contas públicas será mantida. A pesquisa “O que pensa o mercado financeiro”, conduzida pela Genial/Quaest, foi realizada entre os dias 16 e 21 de novembro.

 

Em outro ponto do levantamento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebe uma avaliação majoritariamente positiva de sua gestão. Dos entrevistados, 43% têm uma visão favorável do trabalho de Haddad, apesar de uma ligeira queda de três pontos percentuais em relação à pesquisa divulgada em setembro. Por outro lado, 24% dos agentes do mercado financeiro avaliam a gestão Haddad como negativa, um aumento de 1% em comparação ao mês anterior.

 

A pesquisa também indica que 39% dos entrevistados percebem uma diminuição na influência de Haddad após controvérsias sobre a meta de déficit zero, que gerou divisões internas no governo. Apenas 12% veem o ministro fortalecido, enquanto a maioria (49%) não nota mudanças significativas na sua posição.

 

Um outro recorte da sondagem revela que 80% dos entrevistados acreditam que a qualidade da equipe econômica da gestão do presidente Lula é “pior” do que a do governo Jair Bolsonaro, liderada pelo ministro Paulo Guedes. Para 12%, a equipe comandada por Haddad é igual à do governo anterior, e para 8%, é melhor que a do governo Bolsonaro. De acordo com a Quaest, o mais querido pelo mercado é o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seguido pelos governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Romeu Zema, de Minas Gerais.

 

Sobre o governo Lula, a maioria dos entrevistados (52%) mostrou tem uma avaliação negativa. Esse percentual atual representa um aumento de cinco pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, divulgada em setembro. Outros 39% disseram que o governo é regular (eram 41%). E para 9%, porém, a avaliação do governo Lula é positiva, o que revela um recuo de três pontos em comparação com a rodada anterior. 

 

A pesquisa mostra ainda que 56% dos entrevistados acreditam que o governo atual não está preocupado com o controle da inflação. 44% dos analistas do mercado discordam dessa afirmação e dão um crédito de confiança à equipe econômica no combate à inflação.

 

Para 55% dos analistas consultados pela Genial/Quaest, a economia terá uma piora nos próximos 12 meses. Em setembro, quando foi feita a rodada anterior do levantamento, essa fatia era de 34%.

 

A parcela de agentes do mercado que consideram que a política econômica do país está na direção errada é de 73%. Entre os entrevistados, 77% afirmam que o principal problema que dificulta a melhora da economia é a “falta de um política fiscal que funcione”. O restante aponta como problema “interesses eleitorais” (9%), “baixa escolaridade ou produtividade da população (6%) e “alta taxa de juros” (8%).

 

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“Baixo consumo e inflação” são responsáveis por queda de 0,4% do volume de serviços na Bahia em setembro, aponta SEI
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

 

Após registrar queda de 2,8% em agosto, o volume de serviços na Bahia volta a cair, mas dessa vez de maneira mais discreta, com retração de 0,4% na comparação com o mês anterior.

 

Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). 

 

Apesar da queda em relação a agosto, na comparação com setembro de 2022, o setor cresceu 2,5%. Ainda assim, essa já é a quarta retração registrada para esse tipo de comparação no ano de 2023 no estado. A Bahia acompanhou a tendência nacional, já que a média para o conjunto dos estados foi de -0,3%.

 

De acordo com a SEI, o mês de setembro foi marcado pelo “baixo dinamismo no consumo dos serviços ofertados pelas empresas do setor, motivado pela inflação ainda elevada e pela queda da confiança empresarial no estado”.

 

ATIVIDADES

Três das cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima. De acordo com a SEI, os destaques foram as atividades de Serviços de informação e comunicação (11,6%), seguida pela atividade de Serviços prestados às famílias (7,8%), depois Serviços profissionais, administrativos e complementares (6,0%).

 

Ainda segundo a Superintendência, por outro lado, as atividades de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,5%) e Outros serviços (-3,0%) recuaram. Nessa análise cabe destacar que o resultado da Bahia é superior à média nacional (-1,2%). 

 

Na comparação com o acumulado dos nove primeiros meses do ano de 2022, o setor expandiu 7,0%. Todas as cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima, com destaque para as atividades de Serviços de informação e comunicação (13,5%), seguida por Serviços prestados às famílias (8,4%), depois Serviços profissionais, administrativos e complementares (7,5%).

 

Outros serviços (4,9%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,5%) fecham a lista. Nessa análise a SEI destacou que o resultado da Bahia foi superior à média nacional (3,4%).

 

Já no acumulado dos últimos doze meses, em relação ao mesmo período do ano anterior, o setor registrou ampliação de 6,3%. Mais uma vez, todas as cinco atividades puxaram o volume de serviços para cima.

 

O setor de Serviços de informação e comunicação (9,1%) apontou a variação mais expressiva, seguida por Outros serviços (8,5%), depois Serviços prestados às famílias (6,9%), Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,7%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (5,7%). Mais uma vez, nessa análise cabe também destacar, que o resultado da Bahia é superior à média nacional (4,4%).

Analistas do mercado reduzem previsão de inflação e mantém estimativas para PIB, dólar e juros ao final de 2023
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Embalados pelo bom resultado divulgado na semana passada para o índice oficial de inflação – 0,24% em outubro, abaixo dos 0,26% de setembro –, os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para o IPCA ao final do ano. Segundo Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo BC, o mercado baixou de 4,63% para 4,59% a sua previsão para a inflação oficial do País. 

 

Os números da inflação apresentados na última sexta (10) pelo IBGE mostram que o IPCA também desacelerou para 4,82% no acumulado de 12 meses até outubro. No mês de janeiro, com o início do governo Lula, o mercado projetava uma inflação maior ao final de 2023. O boletim Focus de 16 de janeiro, por exemplo, revelava uma estimativa de 5,39% para o IPCA. 

 

A meta oficial de inflação perseguida pela autoridade monetária é de 3,25% em 2023 neste ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. A previsão dos agentes financeiras de um IPCA de 4,59% ao final do ano, portanto, revela que o indicador estaria dentro da margem de tolerância da meta prevista pelo BC.

 

O mesmo boletim Focus do mês de janeiro apresentava uma expectativa do mercado financeiro de que a taxa básica de juros, a Selic, fecharia o ano em 12,25%. Depois do início do ciclo de corte de juros pelo Comitê de Política Monetária, a Selic chegou agora em novembro aos 12,25% projetados no começo do ano, mas ainda haverá um novo corte na reunião de dezembro.

 

De acordo com a ata do Copom, divulgada semana passada, o órgão decidirá por mais uma nova redução de 0,5% na última reunião do ano, em dezembro, levando a taxa de juros brasileira a fechar 2023 em 11,75%. Desde que o BC iniciou o ciclo de cortes na Selic, o mercado reduziu de 12,25% para 11,75% a sua estimativa da taxa de juros ao final do ano. 

 

A expectativa mediana para a taxa Selic ao fim de 2024, de acordo com o Boletim Focus desta segunda, continuou em 9,25%, assim como na semana passada. Esse percentual indica que o mercado aguarda que o Copom corte a Selic em 2% no ano que vem. Já para 2025, os analistas financeiros aumentaram sua estimativa de 8,50% para 8,75%.

 

Em relação ao dólar, a estimativa para a moeda ao fim de 2023 foi mantida em R$ 5, assim como nos boletins das últimas semanas. Já as projeções para o final de 2024 e de 2025 subiram, diferente do que aconteceu na última semana. A previsão para 2024 saiu de R$ 5,05 para R$ 5,08 e a de 2025 saiu de R$ 5,10 para R$ 5,11.

 

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a projeção das instituições financeiras neste ano permaneceu em 2,89%. No começo do ano, no boletim de 16 de janeiro, as estimativas das mais de 100 instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC era de que o PIB de 2023 ficaria em 0,77%.

 

Em relação a 2024, a expectativa para o PIB é de haja crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.

 

A projeção de superávit para a balança comercial para 2023 voltou a subir no Boletim Focus, de US$ 56,61 bilhões para US$ 57,20 bilhões, enquanto a dos próximos anos foi mantida: US$ 52,40 bilhões em 2024, US$ 55,0 bilhões em 2025 e US$ 54,0 bilhões em 2026.
 

Inflação oficial desacelera em outubro e Salvador tem aumento de preços acima da média nacional
Foto: Acervo IBGE

Depois de registrar 0,26% no mês de setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a cair e ficou em 0,24% agora em outubro. Foi o que revelou na manhã desta sexta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar o indicador que representa a inflação oficial no Brasil. 

 

Apesar de o IPCA ter sido pressionado pelo aumento dos preços das passagens aéreas, que subiram 23,70% na comparação com o mês anterior, o resultado mostrou desaceleração e ficou abaixo das expectativas do mercado, que aposta em um índice de 0,29%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,75% e, nos últimos 12 meses, de 4,82%, abaixo dos 5,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a variação havia sido de 0,59%.

 

O último boletim Focus do Banco Central, que registra estimativas de mais de 100 instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia, apresenta projeção de 4,63% para a inflação oficial ao final de 2023. 

 

De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa tiveram inflação. Dentre eles, os destaques foram transportes (0,35%) e alimentação e bebidas (0,31%), que têm maior peso no índice. Além do aumento das passagens aéreas, o grupo de transporte teve como destaque as altas do táxi (1,42%) e do óleo diesel (0,33%), único item dos combustíveis (-1,39%) que registrou inflação. No período, os preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e do etanol (-0,96%) caíram.

 

Já no grupo de alimentação e bebidas, que vem de quatro deflações consecutivas, a alimentação no domicílio subiu 0,27%. A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços da batata-inglesa (11,23%), da cebola (8,46%), das frutas (3,06%), do arroz (2,99%) e das carnes (0,53%). A alimentação fora do domicílio (0,42%) também ficou mais cara, com o aumento da refeição (0,48%) e do lanche (0,19%).

 

Em relação à inflação nas 16 capitais estudadas pelo IBGE, Salvador foi a cidade que teve a sexta maior aceleração nos preços, com 0,29% em outubro, puxada principalmente pela alta da taxa de água e esgoto (0,37%). Em setembro, Salvador havia registrado uma inflação de 0,05%. No ano, a capital baiana tem um índice inflacionário de 3,79%, um pouco acima da média nacional (3,75%). Já no acumulado de 12 meses, a cidade de Salvador registra uma inflação total de 4,46%, abaixo do IPCA verificado em todo o Brasil no mesmo período, que foi de 4,82%. 

 

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Puxado principalmente pelo aumento da gasolina, índice oficial de inflação registra alta de 0,26% em setembro
Foto: Claudia Cardozo / Bahia Notícias

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que representa a inflação oficial do País, ficou em 0,26% no mês de setembro. Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (11), a taxa do mês passado ficou 0,03% acima do resultado verificado em agosto, que foi de 0,23%. 

 

De acordo com o levantamento do IBGE realizado em 16 capitais brasileiras, o IPCA acumula uma alta de 3,50% neste ano de 2023. Em relação aos últimos 12 meses, o resultado da inflação atinge o índice de 5,19%, acima dos 4,61% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2022, a variação havia sido de -0,29%.

 

Os preços de seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em setembro. O maior impacto positivo (0,29%) e a maior variação (1,40%) na formação o índice de setembro vieram de Transportes, seguido por Habitação (0,47% e 0,07%). No lado das quedas, destaca-se o grupo Alimentação e bebidas, cujos preços caíram pelo quarto mês consecutivo (-0,71% e -0,15%). Os demais grupos ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,45% de Despesas pessoais. 

 

No grupo dos Transportes (1,40%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da gasolina (2,80%), subitem com a maior contribuição individual (0,14%) no índice do mês. O item combustíveis teve alta de 2,70%, acompanhado pelo óleo diesel (10,11%) e o gás veicular (0,66%), enquanto o preço do etanol caiu 0,62%. 

 

Ainda em Transportes, as passagens aéreas subiram 13,47% em setembro, após recuo de 11,69% em agosto. A alta em ônibus intermunicipal (0,42%) decorre principalmente por conta do reajuste de 12,90% aplicado em Salvador (2,62%), a partir de 10 de agosto.

 

Segundo o IBGE, a inflação medida na cidade de Salvador no mês de setembro foi de 0,05%. O resultado ficou abaixo do índice de 0,17% verificado em agosto, e dentre todas as 16 capitais analisadas pelo IBGE, apenas a cidade de Goiânia teve inflação menor do que a de Salvador: -11%. 

 

No ano de 2023, o IPCA na cidade de Salvador, de acordo com o levantamento do IBGE, é de 3,49%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a capital da Bahia tem um índice inflacionário de 4,79%, bem abaixo da média nacional nesse quesito, que foi de 5,19%. 

Reajustes nas contas de luz puxam alta da inflação, que ficou em 0,23% no mês de agosto
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Confirmando tendência de alta antecipada pelo mercado financeiro, a inflação oficial do país subiu no mês de agosto, ficando em 0,23%, ou 0,11% acima da taxa de 0,12% registrada em julho. Foi o que revelou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE na manhã desta terça-feira (12).

 

Este é o segundo mês seguido em que há alta no índice oficial da inflação brasileira. Em julho, o IPCA havia registrado taxa 0,20% acima do índice de -0,08% verificado em junho. Nesta segunda (11), o boletim Focus do Banco Central já havia aumentado para 4,93% as estimativas do mercado para o IPCA ao final deste ano.

 

Segundo o IBGE, o IPCA acumula alta de 3,23% neste ano de 2023, e nos últimos 12 meses, o índice chega a 4,61%, acima dos 3,99% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. A verificação da inflação no período de 12 meses revela a forte aceleração dos preços nos últimos dois meses, já que em junho, o IPCA indicava uma taxa de 3,16% neste recorte, bem abaixo dos atuais 4,61%. 

 

Mesmo em trajetória de alta, o índice de preços em agosto se situou em patamar levemente abaixo das projeções do mercado financeiro. A mediana das estimativas das instituições financeiras apontava que haveria alta de 0,29% no mês de agosto.

 

 A principal influência no aumento do IPCA no mês de agosto veio do setor Habitação, puxado pelos reajustes da energia elétrica residencial. O aumento do setor Habitação foi de 4,59%, com um impacto de 0,18% no índice geral. 

 

O grupo Saúde e cuidados pessoais foi o segundo a causar o maior impacto para a alta no IPCA, contribuindo 0,08% no índice geral. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de agosto. O maior impacto positivo (0,17%) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação. Destacam-se, ainda, as altas de Saúde e cuidados pessoais (0,58% e 0,08%) e Transportes (0,34% e 0,07%). No lado das quedas, o grupo Alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-0,85% e -0,18%). 

 

O IBGE também divulgou nesta terça o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve alta de 0,20% em agosto, acima da variação do mês anterior (-0,09%). No ano, o INPC acumula alta de 2,80% e, nos últimos 12 meses, de 4,06%, acima dos 3,53% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,31%. 

 

O resultado do INPC mostra que os produtos alimentícios apresentaram variação de -0,91% em agosto, após queda de 0,59% em julho. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,56%, acima do resultado de 0,07% observado em julho.
 

Mercado financeiro projeta crescimento do PIB e do dólar em 2023, segundo Boletim Focus do BC 
Foto: Divulgação BC

Na semana em que a principal expectativa do mercado financeiro é o anúncio na próxima sexta-feira (1º), pelo IBGE, do resultado do Produto Interno Bruto no segundo trimestre de 2023, a pesquisa Focus do Banco Central mostra que os analistas econômicos estão otimistas com o crescimento da economia. A pesquisa divulgada nesta segunda (28) revelou que o mercado financeiro elevou de 2,29% para 2,31% a previsão para o PIB deste ano. 

 

No primeiro trimestre do ano o PIB cresceu 1,9% na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Depois deste desempenho melhor do que o esperado, para este segundo trimestre a expectativa é de que haja uma desaceleração acentuada no crescimento da econômica. 

 

Segundo a pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central com a projeção para os principais indicadores econômicos, para o próximo ano, a expectativa em relação ao PIB é de crescimento de 1,33%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

 

Já a previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a inflação oficial do país - foi mantida em 4,9% neste ano, a mesma da semana passada. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 3,87%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

 

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

 

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%. As previsões ainda preocupam o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na semana passada, ele voltou a dizer que a “batalha da inflação no País ainda não está ganha”, com uma parte ainda bastante acima da meta, o que, segundo ele, ainda demanda um quadro restritivo de juros em meio ao processo de afrouxamento monetário.

 

Nessa direção, Campos Neto afirmou que há consenso no Comitê de Política Monetária (Copom) do BC para a continuidade de cortes de 0,50% na taxa Selic. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos.

 

Em relação ao dólar, a expectativa para a moeda norte-americana no fim de 2023 aumentou de R$ 4,95 para R$ 4,98, assim como nas duas últimas semanas. Já para o final de 2024, a previsão para o dólar continuou em R$ 5 pela quarta semana seguida. Para o fim 2025, a projeção também subiu, desta vez de R$ 5,09 para R$ 5,10.
 

Prévia da inflação do IBGE mostra aumento mais do que esperado puxado pela alta da energia elétrica
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE, considerado a prévia da inflação oficial, teve avanço mais do que esperado para o mês de agosto e registrou alta de 0,28%. O resultado, puxado pelo principalmente pela alta dos preços da energia elétrica residencial, ficou 0,35% acima do índice verificado em julho (-0,07%).

 

Neste ano de 2023, o IPCA-15 acumula alta de 3,38% e, em 12 meses, de 4,24%, acima dos 3,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,73%.

 

O resultado apresentado pelo IBGE voltou a superar os 4% pela primeira vez desde maio, e ficou acima do centro da meta para a inflação este ano, que é de 3,25% com margem de 1,5% para mais ou menos medida pelo IPCA. De acordo com o IBGE, os dados de agosto do IPCA-15 apontam que os preços de sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em agosto.

 

A pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que o grupo Habitação subiu 1,08% em agosto, com o maior impacto vindo da alta de 4,59% da energia elétrica residencial. Esse resultado foi derivado do fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior.

 

O segundo maior impacto no índice de agosto veio do avanço de 0,81% do grupo de preços de Saúde e cuidados pessoais, uma vez que os itens de higiene pessoal passaram de queda de 0,71% em julho para alta de 1,59% em agosto. Também se destacou a alta em agosto de 0,71% de Educação, com os cursos regulares subindo 0,74%. 

 

Já o grupo de Transportes avançou 0,23%, em resultado puxado pela alta de 2,94% nos preços do automóvel novo. Os combustíveis, por sua vez, subiram 0,46%, com altas nos preços de gasolina (0,90%) e gás veicular (1,88%) e quedas no óleo diesel (-0,81%) e etanol (-2,55%).

 

Em relação aos índices regionais, o indicador do IBGE mostrou que a cidade de Salvador, depois de verificar uma queda do IPCA-15 de -0,20% no mês passado, teve a segunda maior variação de preços em agosto, dentre todas as 11 capitais analisadas. A capital da Bahia teve aumento de 0,50% no IPCA-15, quase o dobro do que a média nacional de 0,28%, e só perdendo para Fortaleza, com alta total de 0,73%. 

 

Neste ano de 2023, a cidade de Salvador teve um aumento de preços acumulado de 3,51%, e na análise dos últimos 12 meses, a aumento registra um total de 4,38%. 

Inflação oficial do país aumenta 0,12% em julho puxada pela alta da gasolina
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Depois da deflação verificada em junho, os preços voltaram a subir e o IPCA, índice que registra a inflação oficial no Brasil, marcou 0,12% em julho, o que representa um aumento de 0,20% em relação ao mês anterior. Os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE, revelam que a gasolina foi a maior culpada pela alta da inflação neste mês, com variação de 4,75%. 

 

No mês de junho, o IPCA registrou uma deflação de -0,08%. Com o resultado de julho, a inflação do País acumula alta de 2,99%. Nos últimos 12 meses, o IPCA registra uma alta de 3,99%, acima dos 3,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2022, o índice do mês havia ficado em -0,68%.

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês passado. O grupo transportes apresentou o maior impacto (0,31%) sobre o resultado do IPCA. Só a variação dos preços da gasolina representou uma contribuição de 0,23% no índice. Em relação aos demais combustíveis (4,15%), foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo.

 

No lado das quedas, destacam-se os grupos habitação (-1,01% e -0,16%) e alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10%). A energia elétrica residencial (-3,89%) apresentou o impacto negativo mais intenso (-0,16%) no primeiro grupo. Já a queda em alimentação e bebidas (-0,46%) foi influenciada principalmente pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%).

 

Os resultados dos demais grupos foram: -0,24% de vestuário; 0% de comunicação; 0,04% de artigos de residência; 0,13% de educação; 0,26% de saúde e cuidados pessoais e o 0,38% de despesas pessoais.
 

No Senado, Campos Neto defende autonomia do BC e diz que Brasil teve “pouso suave” no controle da inflação
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Os juros no Brasil ainda estão altos, mas já estiveram em patamar muito mais elevado; Banco Central promoveu um “pouso suave” para redução da inflação e consequente retomada do crescimento e geração de emprego; instituições internacionais destacam importância da autonomia do BC. Essas foram algumas das justificativas dadas pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em sessão especial no Senado na manhã desta quinta-feira (10), para decisões recentes do órgão. 

 

O presidente do Banco Central compareceu ao Senado para explicar as posições tomadas em relação à inflação e à estabilidade financeira, como o corte, na semana passada, de 0,5% na taxa básica de juros, a Selic. Campos Neto afirmou que a principal mensagem que procurou deixar aos senadores foi a constatação de que o BC atuou corretamente ao promover um “pouso suave” da inflação. 

 

“O Banco Central fez um bom trabalho em termos de pouso suave, que é trazer a inflação para baixo com o mínimo de custo possível. Se a gente comparar o que caiu com a inflação no Brasil, proporcional ao que gerou ou ao que aconteceu no emprego e o que aconteceu com o crescimento econômico, a gente tem dificuldade de achar um outro país no mundo que tenha conseguido reduzir a inflação nessa mesma proporção, quase sem alteração no crescimento e com geração de emprego no mesmo período”, disse. 

 

O presidente do Banco Central admitiu que a taxa de juros real no Brasil é alta, principalmente se comparada com a de outros países da América Latina. Entretanto, ele ponderou que a diferença vem caindo nos últimos dez anos.

 

“De 2014 a 2019, a taxa de juros no Brasil era 3,6% acima da média. Entre 2021 e 2023, foi 2,9%. Hoje, é 2% acima da média. Então, a taxa de juros real do Brasil hoje é alta? Sim, é. Mas ela é bem menos alta em relação à média do que foi no passado. Essa crítica de que a taxa de juros é muito alta é verdadeira, mas não resiste à análise comparativa intertemporal”, afirmou.

 

Ao defender a autonomia do Banco Central, que vem sendo alvo de críticas de membros do governo Lula e parlamentares governistas, Campos Neto citou elogios feitos por instituições internacionais. Para o presidente do BC, esses elogios confirmam que a aprovação da autonomia da instituição pelo Congresso Nacional tem mostrado “grandes frutos”. 

 

“Quando melhoraram a nota do Brasil, quando a gente olha o FMI ter elogiado, quando a gente olha as revisões da Febraban, quando a gente olha todos esses índices de termômetros, em todos eles, em 100% deles, é mencionada a autonomia do Banco Central, assim como é mencionada a política de juros do Banco Central como fator decisivo. A Moodys mencionou, o S&P mencionou, a Fitch mencionou, a reportagem do Economist faz um grande elogio à política de juros do Banco Central, o relatório recente da Goldman destaca a estabilidade do Banco Central. Então, eu acho que o que foi atingido com a ajuda do Congresso em termos de aprovar a autonomia, e essa capacidade do BC de gerir a crise de forma autônoma e técnica, tem mostrado grandes frutos”, declarou Roberto Campos Neto.

 

A autonomia do Banco Central também foi elogiada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Na abertura da sessão, Pacheco classificou a autonomia da instituição como um “valoroso instrumento”, mas reforçou o dever da autoridade monetária de prestar contas ao Congresso Nacional sobre a condução da política de juros.

 

“O Banco Central deve prestar contas ao Poder Legislativo e, consequentemente, a todos os brasileiros e brasileiras sobre sua atuação na qualidade de condutor da política monetária nacional. A autonomia do Banco Central é um inegável avanço institucional e protege a instituição de eventuais ingerências e decisões de curto prazo por pressões do processo eleitoral”, afirmou o presidente do Senado. 

 

Pacheco falou também sobre a decisão recente do Comitê de Política Monetária do Banco Central de reduzir a Selic de 13,75% para 13,25% ao ano. Para o senador, o corte na taxa de juros era “um clamor da sociedade”. 

 

“Quero enaltecer a decisão do Copom de cortar meio ponto percentual da taxa básica de juros, tendo em vista que as expectativas inflacionarias têm se mostrado controladas. A queda da Selic era um clamor da sociedade porque uma taxa mais alta prejudica a geração de empregos e o crescimento da economia”, declarou Rodrigo Pacheco.

 

Outro elogio à atuação do Banco Central no controle da inflação foi dado pelo senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia. O senador disse que a política monetária conservadora é uma questão de justiça social, mas, para ele, é preciso manter uma redução constante da taxa Selic até o final do ano.

 

“O Banco Central tem conseguido controlar a inflação, garantindo estabilidade econômica e tranquilidade para a população e os investidores. O imposto inflacionário recai sobre todos, sem autorização legislativa, e afeta de forma desproporcional os mais vulneráveis. A redução dos juros na última reunião do Copom abre caminho para um ciclo de queda. Não tenho dúvidas de que, até o final do ano, a taxa Selic pode beirar os 10%. Torço por isso”, afirmou o senador Angelo Coronel.

 

Coronel questionou o presidente do BC sobre o volume de papel moeda em circulação no Brasil. Campos Neto respondeu afimando que esse volume hoje é de R$ 285 bilhões, ou R$ 10 bilhões a menos do que o verificado em 2022. O presidente do BC disse ainda que a digitalização da moeda por meio de ferramentas como o PIX e o recém-lançado Drex tende a reduzir a circulação de dinheiro em espécie.

 

"Umas das coisas que a gente tem uma economia grande é porque não precisa gastar tanto tempo e tanto dinheiro imprimindo papel moeda. Por outro lado, a gente gasta mais em tecnologia. O PIX tem um custo de manutenção que vai subindo, porque são 140 milhões de negociações por dia. A medida que isso vai acontecendo, o papel tende a diminuir. Se vai deixar de existir, é difícil fazer essa previsão", respondeu Roberto Campos Neto.

Presentes para o Dia dos Pais sobem mais que o dobro da inflação geral, indica Fecomércio-BA
Foto: Assessoria/ Shopping Paralela

A inflação da cesta de produtos para o Dia dos Pais, que acontece no dia 13 de agosto, vai avançar 6,7% neste ano, mais que o dobro do aumento médio geral da Região Metropolitana de Salvador (RMS), de 3,01% no acumulado em 12 meses, indicou o levantamento da Fecomércio-BA, federação filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens (CNC), Serviços e Turismo), com base nas informações do IPCA-15, do IBGE.

 

Dos 15 itens selecionados pela Entidade, 10 estão com aumento anual, com destaque para os produtos de vestuário e calçados. A maior variação em um ano foi do sapato masculino, de 16,8%. Ainda nesse segmento, o tênis apresentou alta de 12,29%, bermuda quase 9% e sandália, 7,99%.

 

A instituição destacou que, embora os acumulados em 12 meses estejam elevados, os itens já apresentam queda nos últimos meses, mas ainda não o suficiente para trazer preços mais baixos do que há um ano. Os custos majorados no ano passado trouxeram preços mais elevados, o que está sendo ajustado gradativamente agora.

 

Outras elevações foram de perfumes (13,35%), produtos para barba (12,98%) e produtos para cabelo (11,21%). São itens que também sofreram o repasse do aumento de custo dos insumos.

 

No sentido inverso, quem tem contribuído para amenizar a inflação do Dia dos Pais é o setor de eletroeletrônicos. Em um ano, os televisores, por exemplo, tiveram queda média na região de 17,97% e o computador pessoal retraiu 8,52%.
Mesmo com os preços subindo, em média, mais que a inflação oficial, a capacidade de consumo das famílias está muito melhor do que há um ano, ou seja, maior poder de consumo. De acordo com pesquisa da Fecomércio-BA, o índice de Intenção de Consumo das Famílias – ICF registrou aumento anual de 22,2% e o atual patamar do indicador, de 106,4 pontos em julho, é o mais elevado em 8 anos.

 

Esse cenário é possível diante do mercado de trabalho mais aquecido, maior disponibilidade de renda e preços mais acessíveis em relação ao ano passado. Lembrando que a cesta do Dia dos Pais do ano passado, também feito pela Entidade, apresentou aumento de 13,1%.

 

Além disso, os principais itens para presente, como vestuário e calçados, são de valores relativamente mais baixos, diminuído a necessidade de crédito e comprometimento da renda no longo prazo. Desta forma, com o aumento no poder de compra, fica mais fácil a compra de roupas e calçados.

 

Tecnicamente, é limitado fazer projeção de vendas para o Dia dos Pais, pois não há uma sazonalidade clara, por exemplo, no setor de vestuário. Em alguns casos na série histórica, as vendas de agosto são menores do que as de julho. Diferentemente do que ocorre entre novembro e dezembro com o Natal.

 

De qualquer forma, as condições econômicas das famílias e preços relativamente menos pressionados apontam para um cenário favorável para o comércio neste ano em relação a 2022, podendo levar ao incremento no faturamento no período.

IPCA-15 mostra deflação em Salvador pelo segundo mês seguido, puxada por queda em habitação, alimentação e bebidas
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), registrou deflação de 0,07% no mês de julho. Foi o que revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (25). Este foi o primeiro IPCA-15 negativo em 2023.

 

A pesquisa do IBGE revelou que na Região Metropolitana de Salvador houve uma deflação ainda maior do que na nacional, de -0,20% em julho, o que mantém a tendência de queda dos preços verificada na capital baiana também no mês de junho (-0,02%). A deflação medida neste mês representou o menor resultado do índice para um mês de julho na cidade de Salvador desde 2017 (na ocasião, o IPCA-15 registrou -0,25%).

 

Dentre as 11 capitais pesquisadas pelo IBGE, a deflação em Salvador só foi menor do que em Goiânia (-0,52%), Rio de Janeiro (-0,30%) e Fortaleza (-0,22%). A medição do IPCA-15 em Salvador também mostrou uma queda de preços maior do que a verificada em todo o País (-0,07%).  

 

No ano de 2023, a inflação medida pelo IPCA-15 na Região Metropolitana de Salvador foi de 3%, abaixo do índice apurado nacionalmente (3,09%). No acumulado dos últimos 12 meses, a capital da Bahia, com IPCA-15 de 3,01%, também tem números melhores do que os do País (3,19%). 

 

A análise do grupo de preços em itens de alimentação e bebidas mostrou que a cidade de Salvador teve a terceira maior deflação de todo o País: -0,70%, só perdendo para Brasília (-0,74%) e Goiânia (-0,52%). A maior que de preços neste grupo em Salvador foi verificada em óleos e gorduras (-4,49%), carnes (-2,98%) e cereais, legumes e oleaginosas (-2,26%). Na contramão da tendência de queda, os preços de hortaliças e verduras subiram 3,13%. 

 

O IPCA-15 na Região Metropolitana de Salvador foi puxado pra baixo principalmente devido à forte retração de preços no grupo Habitação. A queda neste setor na capital baiana foi de -1,95%, a maior dentre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE. O índice do grupo Habitação em Salvador também mostrou deflação bem maior do que a apurada nacionalmente (-0,94%). 

 

Salvador também teve deflação nos preços dos grupos de Artigos de Residência (-0,92%), Vestuário (-0,36%) e Comunicação (-0,17%). Houve alta de preços na capital baiana nos grupos de Transportes (1,58%), Educação (0,18%), Despesas Pessoais (0,12%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,02%). 

 

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de junho e 13 de julho de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de maio a 14 de junho de 2023 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
 

Governo Lula aumenta sua previsão para o crescimento da economia e reduz estimativa da inflação
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O Ministério da Fazenda divulgou nesta quarta-feira (19) as suas novas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação no ano de 2023. De acordo com as informações do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), o governo Lula elevou de 1,9% para 2,5% a projeção de crescimento do PIB neste ano. Já a estimativa de crescimento para 2024 foi mantida em 2,3%.

 

Ao contrário do PIB, a projeção da SPE em relação à inflação caiu, de 5,58% para 4,85% no ano. Segundo a Secretaria, a revisão para baixo nas estimativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi influenciada pela forte desaceleração dos índices inflacionários em abril e maio. Também contribuíram para a queda na projeção o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e as revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e de ônibus urbano.

 

Em relação ao Produto Interno Bruto, o otimismo do Ministério da Fazenda foi motivado pelo aumento de 1,9% do PIB no primeiro trimestre e pela expectativa de queda dos juros já na próxima reunião do Copom, no início de agosto. A melhora nas estimativas do PIB foi acompanhada de aumento nas projeções de crescimento em todos os setores. Para o agro, por exemplo, a projeção de crescimento do governo passou de 11% para 13,2%. Já no setor industrial, a estimativa avançou de 0,5% para 0,8%, enquanto a projeção para a área de serviços passou de 1,3% para 1,7%.

 

As novas projeções do governo Lula estão mais otimistas do que as análises feitas pelo mercado financeiro para os principais indicadores da economia em 2023. De acordo com o Boletim Focus do Banco Central divulgado na última segunda (17), os analistas do mercado aumentaram a sua previsão para o neste ano, de 2,19% na semana passada para 2,24%. 

 

Em relação à inflação, os economistas e analistas consultados pelo Banco Central estimam que o IPCA ficará em 4,95% neste ano de 2023. O índice estaria próximo do que avalia a equipe econômica do governo, que agora projeta inflação de 4,85% no ano. De qualquer forma, tanto a previsão do mercado como a do governo estão acima da meta de 3,25% estabelecida para 2023. Para a meta ser considerado cumprida, a inflação precisa estar entre 1,75% e 4,75%.

Brasil tem deflação de 0,08% em junho, com queda puxada por preços de alimentação, bebidas e transportes
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Como já vinha sendo aguardado pelo mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que marca a inflação oficial do país, foi de -0,08% em junho. O resultado ficou 0,31% abaixo da taxa verificada no mês de maio (0,23%). O IPCA de junho foi divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O novo IPCA revela que essa foi a menor variação para o mês de junho desde o ano de 2017, quando o índice foi de -0,23%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em comparação com junho de 2022, a variação havia sido de 0,67%.

 

De acordo com o IBGE, a queda verificada neste mês de junho foi influenciada principalmente pela desaceleração nos preços dos grupos de alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%). Também tiveram resultado negativo os preços nos grupos artigos de residência (-0,42%) e comunicação (-0,14%). Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de educação e o 0,36% de despesas pessoais. O grupo dos preços no setor de habitação foi o que revelou a maior alta, de 0,69% em junho.

 

A queda do grupo alimentação e bebidas (-0,66%) deve-se, principalmente, ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,07%), com destaque para quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). No lado das altas, batata-inglesa (6,43%) e alho (4,39%) subiram de preço. A alimentação fora do domicílio (0,46%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,58%), em virtude das altas menos intensas do lanche (0,68%) e da refeição (0,35%). Em maio, as variações desses subitens haviam sido de 0,71% e 0,47%, respectivamente.

 

Entre as 16 capitais avaliadas pelo IBGE, Salvador foi a sexta com resultado mais baixo do IPCA: -0,23%, uma queda maior do que a média para o País, de -0,08%. No ano, a capital baiana acumula uma inflação de 3%, e nos últimos 12 meses, o IPCA em Salvador registra um total de 2,70%. 

 

O boletim Focus do Banco Central desta semana, que concentra as estimativas de analistas e economistas do mercado, já havia detectado nova redução nas projeções para a inflação. O boletim mostrou nova queda nas expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023, de 4,98% para 4,95%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%.

 

Para se ter uma ideia de quanto já foi reduzida a perspectiva sobre a inflação, há quatro meses, em 13 de março, a projeção do mercado para a inflação em 2023 no Boletim Focus estava em 5,96%. 

 

O bom resultado da inflação eleva ainda mais a pressão sobre o Banco Central. A da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC sinalizou que já havia condições para a redução da taxa básica de juros, mantida desde o ano passado no patamar de 13,75%. Com a deflação verificada agora em junho, resta saber se no próximo dia 02 de agosto, o Banco Central vai promover um corte de 0,25% ou de 0,5% na taxa Selic.

 

Nesta terça o IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve queda de 0,10% em junho. O INPC é usado como referência para reajustes do salário mínimo, já que o cálculo se baseia na inflação para famílias com renda mais baixa. Em maio, a alta foi de 0,36%. Com o resultado de junho, o INPC acumula alta de 2,69% no ano e de 3% nos últimos 12 meses. Em junho de 2022, a taxa foi de 0,62%. 

Semana em Brasília tem Lula com agenda cheia, Congresso esvaziado e expectativa com anúncio da inflação
Foto: Divulgação

Após o esforço concentrado para a votação da reforma tributária e de projetos da agenda econômica, esta semana deve ter um Congresso esvaziado. Com a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de só votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no começo de agosto, um recesso informal já se iniciou nesta segunda-feira. 

 

O Senado ainda tem votações de projetos na área de educação e provavelmente do projeto que derruba os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que modificaram o Marco do Saneamento. E uma sessão do Congresso na próxima quarta-feira, com vetos e projetos de crédito orçamentário, praticamente encerra o semestre no Legislativo. 

 

A semana ainda tem CPMI do 8 de janeiro com a presença do tenente-coronel Mauro Cid, tem Lula com agenda cheia e viagem para o exterior, e o mercado ansioso pelo anúncio da inflação oficial, pelo IBGE. 

 

Confira abaixo a semana nos três poderes em Brasília. 

 

PODER EXECUTIVO

O presidente Lula começa a semana com reuniões marcadas com diversos ministros. Já na terça-feira (11), Lula recebe o presidente global do PNUD, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

 

Na quarta (12), o presidente presidirá a reunião de reinstalação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. Na quinta (13), Lula sanciona a medida provisória do programa Minha Casa, Minha Vida, e no final da tarde, o presidente participa do congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) no ginásio Nilson Nelson, em Brasília. 

 

Por fim, no sábado (15), o presidente Lula viaja para Bruxelas, onde participará da abertura da cúpula conjunta da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia, marcada para 17 e 18 de julho.

 

IBGE

O IBGE tem uma semana com a divulgação de diversos índices e pesquisas mensais. Na terça sai o IPCA de junho, o principal indicador sobre a inflação brasileira. A expectativa do mercado é de que o IPCA apresente a primeira deflação mensal desde outubro de 2022. Vale lembrar que o IPCA subiu 0,23% em maio, abaixo da estimativa de 0,33% do consenso de mercado, derrubando o acumulado em 12 meses para 3,94%.

 

Também no mesmo dia será divulgado o INPC de junho, indicador que mede a variação de preço de determinados produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com rendimento de 1 a 5 salários mínimos. Na quarta-feira o IBGE divulga a Pesquisa Mensal sobre o setor de serviços do país, e também a Pesquisa Industrial Mensal. Já na quinta será a vez da divulgação da Pesquisa Mensal de Comércio. 

 

PODER LEGISLATIVO

Câmara

Os deputados não têm compromissos previstos em Plenário. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estará fora nesta semana, e a maioria dos parlamentares não deve comparecer em Brasília.

 

As comissões permanentes devem realizar as reuniões que foram canceladas na semana passada. Entretanto, não há garantia de que haverá quórum para as reuniões. As quatro CPIs em funcionamento na Câmara - das Lojas Americanas, da manipulação de resultados no futebol, das pirâmides financeiras e do MST - ainda não divulgaram suas agendas para esta semana. As CPIs também tiveram suas reuniões da semana passada canceladas.

 

Uma das poucas comissões com agenda já definida, a Comissão de Defesa do Consumidor promoverá uma audiência, na próxima quarta (12), para debater o tema da manipulação de informações das Big Techs contra o PL das Fake News. Foram convidados o diretor do Google no Brasil e representantes das plataformas Meta, Twitter, Spotify e Telegram. A audiência precisou ser remarcada para julho devido à falta de resposta das plataformas em junho. 

 

Senado

A semana no Senado começa com uma reunião entre líderes do governo e da oposição, junto com integrantes do governo, para tratar do projeto que anula dois decretos presidenciais que promoveram mudanças no marco legal do saneamento básico. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pretende pautar a votação do projeto nesta semana. 

 

No Plenário do Senado, na terça, está programada a votação de cinco projetos da área da educação. Um deles é o PL 2.617/2023, que cria o programa Escola em Tempo Integral, que pretende fomentar a abertura de novas matrículas na educação básica com carga horária estendida. O projeto prevê cerca de R$ 2 bilhões em assistência financeira para 2023 e 2024.

 

Também serão votados o PL 1.372/2022, que determina a implantação, pelo Poder Executivo, do Sistema Nacional de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas; o PL 6.494/2019, que articula a formação profissional técnica de nível médio com a aprendizagem profissional, determinando a formulação de uma política nacional para o setor; o PL 2.201/2022, que obriga estados e municípios a criarem conselhos escolares e fóruns dos conselhos escolares; e o PL 5.649/2019, que permite a servidores efetivos e empregados públicos o acesso a bolsas de pesquisa de institutos federais. 

 

Já a CPI das Ongs se reúne nesta terça (11) para votação de requerimentos de convocação, pedidos de informações a órgãos do governo e requisição para a Polícia Federal disponibilizar um delegado que preste apoio técnico e investigativo. A CPI também terá o depoimento do ex-presidente da Câmara dos deputados e ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo. 

 

Congresso

O senador Rodrigo Pacheco agendou para a próxima quarta (12) uma sessão conjunta do Congresso para deliberar sobre cinco vetos presidenciais e projetos sete projetos com abertura de crédito especial. O Congresso tem 26 vetos em vetos na pauta, mas houve acordo entre governo e oposição para apenas cinco deles, considerados menos polêmicos. 

 

Entre os vetos que serão votados, três deles ainda são do governo Bolsonaro. Entre eles está o veto do então presidente, no ano passado, à lei que ampliou as atividades financiáveis com dinheiro do Fundo Geral de Turismo (Fungetur). Há também o veto referente à Lei 14.514, de 2022, que permitiu a atuação da iniciativa privada na pesquisa e lavra de minérios nucleares. 

 

Do governo Lula são dois os vetos a serem votados na sessão do Congresso. Um deles foi o veto negociado com os líderes partidários, para que o presidente Lula vetasse a destinação de 5% dos valores arrecadados pelo Sesc e 2% pelo Senac à Embratur para custeio e promoção internacional do turismo no Brasil.

 

Já entre os projetos de abertura de créditos, os chamados PLNs, o primeiro deles é o que abre crédito especial no Orçamento de 2023, no valor de R$ 3 bilhões, destinados a transferências para estados e municípios, para o atendimento da Lei Aldir Blanc, que criou uma política de fomento à cultura. 

 

Também está na pauta o PLN que assegura recursos para o reajuste de servidores das forças de segurança do Distrito Federal e de militares dos antigos territórios. Outros PLNs abrem crédito em favor das Justiças Eleitoral e do Trabalho, em favor da Justiça Federal e do Ministério Público da União, e outros que beneficiam diversos órgãos do Poder Executivo. 

 

A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga os ataques do dia 8 de janeiro deve ter nesta semana sua última reunião neste semestre. Na terça (11), os membros da CPMI vão ouvir o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid é suspeito de articular uma intervenção militar após as eleições do ano passado. Ele está preso desde 3 de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação. 

 

No mesmo dia, a CPMI terá uma reunião administrativa, para votar requerimentos. A comissão possui 868 requerimentos apresentados por deputados e senadores e que ainda não foram apreciados. Depois dessa reunião, a comissão voltará a se reunir apenas na primeira semana de agosto. 

 

PODER JUDICIÁRIO

O Poder Judiciário segue em seu recesso de meio de ano. Alguns julgamentos em plenário virtual estarão em andamento durante o mês. Também podem ser tomadas decisões monocráticas em atendimento a pedidos de liminar por ministros de plantão.

CMN modifica sistema de metas e determina em 3% alvo para a inflação em 2026
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta quinta-feira (29), mudar o sistema de metas de inflação. O conselho decidiu que a meta de inflação de 2026 será de 3%. A decisão encerra as incertezas acerca do papel do Banco Central nos próximos anos.

 

O conselho optou também por alterar o sistema de metas de inflação vigente há mais de 20 anos e estabeleceu um alvo contínuo a partir de 2025. 

 

A decisão foi tomada pelo colegiado formado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento Simone Tebet, além do presidente do BC, Campos Neto. 

 

Com a mudança, o CMN adotou um horizonte contínuo para cumprir as metas. O Banco Central agora não mira mais o índice de inflação do ano fechado para perseguir o alvo sem um calendário fixo. 

 

A decisão foi confirmada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva de imprensa. 

 

“Eu anunciei ao CMN e explico porque é ato prerrogativa do presidente mudança no regime em relação ao ano-calendário, conforme já discutido com sociedade, já tinha manifestado minha simpatia por uma mudança desse padrão que só se verifica em dois países, dentre os quais o Brasil, adotaremos meta contínua a partir de 2025, decidimos manter a meta a luz dos indicadores econômicos", explicou Haddad.

 

A alteração foi divulgada com o mercado financeiro ainda aberto, durante esta quinta-feira. O anúncio contrariou o próprio ritual de divulgação de decisão do CMN. 

 

Haddad apontou que a antiga regra não era "factível" e a substituição do ano-calendário seria "fundamental para o país" e uma "modernização necessária".


O ministro explicou ainda que a mudança no regime, a partir de 2025 está relacionada ao final do mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que será encerrado em dezembro de 2024.

 

"Por que a partir de 2025? Quando começa o mandato de um novo presidente, decidimos alterar o regime para horizonte contínuo a partir dessa data", afirmou.

 

A tradição do CMN fixa as metas de inflação a serem buscadas pelo BC com três anos de antecedência. Seguindo o rito comum, o colegiado anunciou o alvo de 2026. 

 

Os objetivos definidos previamente são de –de 3,25% para este ano é de 3% para 2024 e 2025, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos –seguem sem alteração.

 

A meta, que baliza as expectativas do mercado financeiro do país, estava sendo reduzida desde 2019 em 0,25 ponto percentual ao ano até chegar aos 3%, em alinhamento com outras economias emergentes.

 

O debate sobre a mudança nas metas entrou no radar depois que o presidente Lula (PT), criticou as metas fixadas nos últimos anos. Ele considerava os números muito baixos. Em abril, o presidente disse que a meta da inflação “está errada, muda-se a meta”. 

 

Após a repercussão negativa do mercado, sem boas expectativas e maiores pressões sobre os juros, efeito contrário ao almejado pelo Governo Federal, o debate sobre a eventual mudança perdeu força, dando mais espaço à mudança no formato. 

 

A calibragem da taxa básica de juros, a Selic, é realizada pelo Comitê de Política Monetária - Copom, com o papel de atingir o centro da meta de inflação. A meta é considerada formalmente cumprida se fica dentro do intervalo de tolerância.

 

Quando a inflação está acima do teto no período estabelecido para seu cumprimento, o até então “ano-calendário”,  o presidente do BC fica obrigado a apresentar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, explicando as razões de não ter cumprido a meta e dando as providências que serão tomadas para que a inflação volte ao intervalo fixado.

Região Metropolitana de Salvador registra a menor deflação de junho em mais de 20 anos
Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Região Metropolitana de Salvador (RMS) registrou em junho uma forte desaceleração no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE. No período, o resultado ficou em -0,02%, ficando bem abaixo do resultado registrado em maio (0,73%) e apresentando deflação.

 

Segundo o órgão, a queda geral de preços registrada pelo IPCA-15 da RMS no mês foi a primeira na região desde setembro/2022 (-0,17%) e o menor resultado para um mês de junho desde o início da série histórica da pesquisa, em 2000.

 

O índice ficou abaixo do registrado no país como um todo (0,04%). Dentre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IPCA-15, 7 registraram deflação, com a RMS tendo a 7ª maior queda geral de preços. As maiores foram registradas nos municípios de Goiânia/GO (-0,66%) e Brasília/DF (-0,28%), e na RM Belém/PA (-0,18%).

 

O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 16 de maio e 14 de junho de 2023.

 

No acumulado no primeiro semestre de 2023, o IPCA-15 da RM Salvador está em 3,20%, levemente maior que o do Brasil como um todo (3,16%) e o 4º mais alto entre as 11 áreas pesquisadas.

 

Já nos 12 meses encerrados em junho, por sua vez, a RMS tem o 2º maior IPCA-15 acumulado do país (3,51%), abaixo apenas da RM São Paulo/SP (4,37%). O índice nacional está em 3,40%.

Dia dos Namorados: Produtos mais procurados sobem 8,7%, indica Fecomércio-BA
Foto: Divulgação/Agência Brasil

Os produtos mais procurados para o Dia dos Namorados este ano terão um aumento de 8,7% ante o mesmo período do ano passado, na região metropolitana de Salvador, de 4,73%, segundo indicou o levantamento realizado pelo Fecomércio-BA, com base nas informações do IPCA-15, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Em uma de lista de 24 itens selecionados pela Entidade, o que mais variou positivamente, em um ano, foi o sapato masculino, em 23,52%. E não somente esse, mas a inflação para o evento foi puxada pelos produtos ligados a vestuário e calçados, principal setor demandado para o Dia dos Namorados. Na sequência vem a blusa com alta anual de quase 20%, seguido de bermuda/short feminino, com incremento de 18,43%.

 

Segundo o consultor econômico da Fecomércio, Guilherme Dietze, o avanço “não é por conta do Dia dos Namorados que os preços nesse segmento estão subindo. É um processo que vem desde o ano passado, com o encarecimento das matérias primas e dos custos logísticos, além, evidentemente, da recuperação da demanda”, destacou.

 

Outros produtos que estão em alta são os de cosméticos e de higiene e beleza. Os artigos de maquiagem, por exemplo, registram aumento médio de 22,19%. Os produtos para pele sobem, em média, 16,39% e produtos para cabelo avança 14,43%.

 

“Da mesma forma como os vestuário e calçados, os insumos mais caros têm provocado uma elevação nos preços nas gôndolas aos consumidores.

 

O estudo também citou a bijuteria que em um ano, houve aumento médio de 14,64%.

 

Do outro lado, os itens eletrônicos estão com queda de preços. Quem puxa a lista negativa é o televisor, com recuo médio de 16,92%, seguido do computador pessoal, com -11,56% e aparelho telefônico, -9,56%.

 

“Assim, no campo da inflação, os consumidores terão um certo trabalho para encontrar um produto para presentear e que possa caber no bolso. A dica é a mesma de sempre, procure em vários estabelecimentos, pois esses setores, sobretudo o de vestuário e calçados, têm forte concorrência e podem ter grandes diferenças de preços. Além disso, vale a pena e pesquisa e até mesmo comprar pela internet”, aconselha o economista.

 

Sobre as vendas, a Fecomércio-BA não realiza projeções para o Dia dos Namorados, pois a data não interfere na dinâmica do varejo ao longo do mês de junho. Não é possível separar as compras do dia a dia das compras para o evento. No entanto, “as condições econômicas dos consumidores estão melhores do que há um ano, conforme aponta o índice de Intenção de Consumo das Famílias, da Entidade, que cresce 23% em relação a maio do ano passado. Desta forma, acredita-se que as vendas tendem a ter um resultado superior à de 2022”, informa Dietze.

 

Outro setor que também se beneficia do evento de junho é o de serviços, principalmente os bares e restaurantes, com aumento importante da demanda, havendo, em muitos casos, a necessidade de reservas antecipadas.

 

Sendo assim, para o economista, “o Dia dos Namorados de 2023 deve ser positivo de maneira geral, mas com consumidores arcando, em média, com um preço mais salgado do que há um ano quando for comprar os presentes”.

Inflação oficial desacelera com queda nos preços de combustíveis, passagens aéreas e alimentos
Foto: Fabio Pozzebom / Agência Brasil

Depois da surpresa positiva na semana passada com os números do Produto Interno Bruto (crescimento de 1,9% na comparação trimestral), a divulgação dos índices de inflação do país, nesta quarta-feira (7), também reservou boas notícias. De acordo com o IBGE, o  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,23% no mês de maio, registrando expressiva desaceleração dos preços em relação a abril (0,61%). 

 

Segundo o IBGE, no ano de 2023, a alta acumulada do IPCA está em 2,95%. Já no cálculo dos últimos 12 meses, o índice inflacionário está em 3,94%. No mês de abril passado, o IPCA-15 marcou uma ata de 4,07% na avaliação dos últimos 12 meses. 

 

A queda nos números da inflação já vinha sendo aguardada pelo mercado financeiro. O Boletim Focus do Banco Central divulgado na última segunda (5), com as estimativas de mais de 100 analistas das instituições financeiras, havia projetada queda na inflação pela terceira semana seguida. Segundo o Boletim, a projeção para o IPCA de 2023 caiu de 5,71% na semana passada para 5,69%.

 

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A principal influência na desaceleração da inflação verificada em maio veio dos preços de passagens aéreas e da gasolina. As passagens aéreas tiveram recuo de 17,73% no mês passado, enquanto os preços da gasolina caíram 1,93%, puxando o IPCA para baixo. O resultado de maio na comparação com o mês de abril representou uma queda de 0,38% na inflação, e a A taxa oficial de 0,23% é a menor para o mês de maior desde 2020 (-0,38%) além de ser a menor taxa mensal desde setembro passado (-0,29%). No grupo combustíveis, houve queda também nos preços do óleo diesel (-5,96%) e do gás veicular (-1,01%).

 

A desaceleração do índice em maio também foi influenciada pelo resultado do grupo de Alimentação e bebidas, que passou de alta de 0,71% em abril para apenas 0,16% em maio. O principal destaque foi na alimentação no domicílio, que passou de 0,73% no mês anterior para uma estabilidade em maio. O grupo registrou queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%). Por outro lado, a alta teve como destaque a inflação do tomate (6,65%), do leite longa vida (2,37%) e do pão francês (1,40%).

IBGE confirma previsão da ministra Simone Tebet sobre queda da inflação oficial
Foto: Folhapress

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, estava certa. Em audiência nesta semana realizada pelas comissões de Infraestrutura e Desenvolvimento Regional do Senado, ela afirmou que a inflação oficial ficaria abaixo da estimativa inicial. Na manhã desta sexta-feira (12), o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, que foi de 0,61%.

 

Segundo o IBGE, o índice oficial que mede a inflação brasileira ficou 0,10% abaixo da taxa de 0,71% registrada em março. No ano, o IPCA acumula alta de 2,72% e, nos últimos 12 meses, de 4,18%, abaixo dos 4,65% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2022 a variação havia sido de 1,06%.

 

Os produtos alimentícios registraram alta de 0,61% em abril, após queda de 0,07% em março, como mostrou o IBGE nesta sexta-feira. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,50%, desacelerando em relação ao resultado de 0,87% observado em março.

 

Na audiência da terça-feira (9) no Senado, a ministra Simone Tebet disse que sua previsão sobre a redução da inflação se baseava em previsões do mercado financeiro, e não em antecipação de informações reservadas. Realmente o mercado havia projetado no início desta semana a queda do IPCA, mas a redução não chegou a ser na medida que era aguardada pelos analistas de instituições financeiras.

 

O Boletim Focus do Banco Central, que concentra as estimativas de mais de 100 analistas de instituições do mercado, saiu na última segunda-feira (8) com previsão para o IPCA de 2023 cedendo de 6,05% para 6,02%, após cinco semanas de alta. O Focus antecipou a tendência de queda do indicador, entretanto, o mercado esperava um avanço de 0,54% na base mensal e de desaceleração a 4,10% na anual, e os números oficiais mostraram uma inflação mensal de 0,61% e 4,18% na anual.

 

Em relação aos índices regionais medidos pelo IPCA, todas as áreas tiveram alta em abril, como mostrou o IBGE. A maior variação foi na cidade de Campo Grande (0,89%), em função do aumento da energia elétrica residencial (6,11%), enquanto em Salvador esse índice ficou em 0,50% (em abril a variação da inflação havia sido de 0,44% na capital baiana). A menor variação foi registrada em Recife (0,16%), influenciada pelas quedas da gasolina e nos consertos de automóveis.

 

Já no cálculo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, a cidade de Salvador desponta com o segundo maior índice entre as 16 capitais pesquisadas pelo IBGE (5,18%, abaixo apenas de São Paulo, com 5,18%). No ano de 2023, a capital baiana registra inflação de 2,87%, a quarta maior, atrás apenas de Vitória (3,03%), Goiânia (2,91%) e São Paulo (2,88%). 

 

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 28 de abril de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 1º de março a 29 de março de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

 

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Simone Tebet fala em missão de equilibrar gastos e afirma que inflação virá menor do que o esperado
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

Taxa de juros, arcabouço fiscal, reequilíbrio dos gastos públicos, combate ao déficit, inflação. Esses foram alguns dos assuntos tratados pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em audiência conjunta das comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional do Senado, na manhã desta terça-feira (9). A ministra foi convidada a comparecer ao Senado para falar sobre os desafios da sua pasta e para responder questionamentos de senadores e internautas. 

 

Durante a audiência, a ministra afirmou que a inflação oficial deve vir um pouco menor do que o esperado pelo mercado e analistas em geral. Simone Tebet se referiu ao anúncio que será feito pelo IBGE na próxima sexta-feira (12), dos dados relativos a abril do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

 

“Teremos uma surpresa. A inflação virá um pouquinho menor do que as expectativas”, disse a ministra do Planejamento. Ela, entretanto, reiterou que não recebeu qualquer informação sobre os números oficiais, e que fez a afirmação com base em projeções do mercado. “Não sou eu que estou dizendo, eu não recebo a informação antes da hora. Recebo os dados do IBGE uma hora antes do anúncio oficial”, explicou Tebet.

 

Na sua apresentação inicial, Simone Tebet destacou que o novo governo foi iniciado com um cenário de “imenso déficit fiscal”, e um quadro de aumento do empobrecimento da população, com 33 milhões de pessoas passando fome e outros 40 milhões com algum tipo de insuficiência alimentar. A ministra disse que, para piorar o quadro caótico em que o novo governo assumiu, não havia qualquer planejamento para o curto e o médio prazo no País. 

 

“Nosso déficit fiscal e social é imenso. Uma pandemia com mais de 700 mil mortos deixou nosso povo muito empobrecido. O Brasil voltou para o Mapa da Fome. E o que agrava a situação é não termos planejamento, não possuirmos uma cultura de planejamento. Cobramos muitos impostos e cobramos mal. E também gastamos muitos recursos públicos e gastamos mal. Somente o planejamento estratégico vai resolver os problemas do país. Vamos mostrar que é possível ter responsabilidade fiscal com compromisso social”, disse a ministra.

 

Simone Tebet destacou que a sua pasta está elaborando dois documentos que nortearão as diretrizes das políticas públicas tocadas pelo ministério que ela comanda: o planejamento de médio prazo, definido no Plano Plurianual (PPA), e o planejamento de longo prazo, que será lançado no formato de projeto para o Brasil no período 2024-2040. Segundo afirmou a ministra, a formulação do PPA será “participativa e consultiva”, e contará com a participação da sociedade em todos os estados.

 

Sobre o projeto do governo que impõe um novo arcabouço fiscal para o País, Tebet disse que é esperado que o Congresso promova mudanças no texto, mas desde que a "espinha dorsal" seja mantida. O projeto do arcabouço fiscal é relatado na Câmara pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA), que ainda não entregou o seu parecer. 

 

“A espinha dorsal está sendo preservada e isso é importante. Há a vontade do Congresso em fazer as alterações, mas a espinha dorsal precisa ser preservada. O objetivo da proposta é transmitir credibilidade à política fiscal. Nesse ponto, os parâmetros do projeto estão claros, como, por exemplo, não permitir que haja crescimento de despesas acima das receitas”, afirmou a ministra.

Sem aumento real, governo propõe salário mínimo de R$ 1.389 em 2024
Foto: Bahia Notícias

O salário mínimo em 2024 será de R$ 1.389 e, por enquanto, não terá aumento acima da inflação. O reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, enviado nesta sexta-feira (14) ao Congresso Nacional. O reajuste segue a projeção de 5,16% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este ano.

 

O projeto também apresentou previsões de R$ 1.435 para o salário mínimo em 2025 e de R$ 1.481 para 2026. As projeções são preliminares e serão revistas no PLDO dos próximos anos.

 

Até 2019, o salário mínimo era reajustado segundo uma fórmula que previa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos anteriores mais a inflação oficial do ano anterior.

 

Nos últimos anos, o reajuste passou a seguir apenas a reposição do INPC, por causa da Constituição, que determina a manutenção do poder de compra do salário mínimo. O novo governo está discutindo uma nova política de valorização real (acima da inflação) do salário mínimo.

 

“Eventuais novas regras de reajuste, que prevejam aumentos reais para o salário mínimo, serão oportunamente incorporadas ao cenário fiscal quando da elaboração da lei orçamentária anual”, divulgou o Ministério do Planejamento, em nota.

 

Segundo o Planejamento, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 368,5 milhões no orçamento. Isso porque os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e diversos gastos são atrelados à variação do mínimo. A conta considera uma alta de R$ 374,8 bilhões nas despesas e ganhos de R$ 6,3 bilhões na arrecadação da Previdência Social.

 

O valor do salário mínimo para o próximo ano ainda pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do INPC neste ano e da nova política de reajuste. Pela legislação, o presidente da República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor do piso para o ano seguinte.

 

Em 2023, o salário mínimo está em R$ 1.304, com ganho real de 1,41%. Com o reajuste para R$ 1.320, previsto para 1º de maio, a valorização subirá para 2,8% acima da inflação de 2022.

 

O projeto original da LDO foi enviado ao Congresso com o teto de gastos ainda em vigor. O texto, no entanto, traz a permissão para que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024 preveja despesa primária em valor superior ao teto de gastos, condicionada à aprovação do novo arcabouço fiscal pelo Congresso Nacional.

Apesar de pressão de Lula, Banco Central mantém taxa de juros em 13,75%
Foto: Marcello Casal Jr. / EBC

Uma das reuniões mais aguardadas da história do Comitê de Política Monetária (Copom) encerrou com a permanência da taxa selic em 13,75% ao ano. A decisão do Banco Central vinha sendo pressionada pelo governo federal, principalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pedia a diminuição do juros.

 

Com isso, o Brasil mantém a posição de maior pagador de juro do mundo, de acordo com levantamento da Infinity Asset. O país segue no topo do ranking de juros reais, com taxa de 6,94%. O estudo desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses (ex-ante), tendo como referência o Boletim Focus.

 

A decisão manteve a expectativa de especialistas, que não viam espaço para o corte na taxa selic até, pelo menos, o mês de junho. O juros é utilizado, normalmente, para controlar os índices de inflação, que acumulam uma variação de 5,60% nos últimos 12 meses.

 

AS CRÍTICAS DE LULA E RUI COSTA

Em fevereiro, Lula tensionou as relações com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, após a autarquia manter o juros em 13,75%. O petista alegou que a taxa alta dificultava a implementação de programas sociais do governo, além de impedir o avanço da economia.

 

Mais recentemente, o ex-governador da Bahia e atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), também questionou a política de juros do Banco Central e colocou em xeque a independência da entidade (veja mais aqui).

 

“A inflação está em 5%, metade do que estava quando ele decidiu ir para 13%. Como é que a inflação hoje está na metade do que estava e a taxa de juros está no mesmo percentual de quanto a inflação era 10%? Não há parâmetro no mundo para essa taxa real de juros. Então muitos ficam se perguntando o que está motivando o presidente do Banco Central a manter essa taxa de juros: é quebrar a economia brasileira?”, disse Rui.

Preços de alimentos disparam e Salvador tem a 2ª maior inflação do Brasil nos últimos 12 meses
Foto: Mariana Gonçalves / G1

Salvador registrou, nos últimos 12 meses, a segunda maior inflação entre as 16 cidades brasileiras pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A capital baiana acumulou um crescimento inflacionário de 6,53% no período, ficando atrás apenas de São Paulo, com 6,67%.

 

A cebola foi o principal vilão da inflação em Salvador entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023, registrando um aumento de 76,7% no seu preço.

 

Outros alimentos também puxaram o IPCA em Salvador para cima, registrando uma inflação acima de 30%, segundo o IBGE: maçã (45,35%), batata doce (44,11%), melancia (42,26%), maracujá (38,35%), milho verde em conserva (38,18%), batata inglesa (36,88%), feijão carioca (36,28%) e farinha de trigo (36,04%).

 

Além da alimentação, aprender a dirigir e ter um carro próprio também ficou mais caro em Salvador. Isso porque o custo da autoescola ficou em segundo lugar na lista do IPCA, com um crescimento inflacionário de 58,73%. Já contratar um seguro voluntário de veículo registrou inflação de 39,66%.

 

Por outro lado, os combustíveis apresentaram uma redução de preço nos últimos 12 meses em Salvador. O valor da gasolina caiu 20,03% na capital baiana durante o período, enquanto o etanol regrediu 19,05%.

 

O acesso à internet também ficou mais barato entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023, com uma redução inflacionária de 13,94%.

 

Confira abaixo o ranking de IPCA em 16 capitais brasileiras, além da média brasileira:

 

  1. São Paulo - 6,67%

  2. Salvador - 6,53%

  3. Rio de Janeiro - 6,47%

  4. Brasília - 6,08%

  5. Fortaleza - 5,9%

  6. Brasil - 5,77%

  7. Aracaju - 5,74%

  8. São Luís - 5,52%

  9. Rio Branco - 5,5%

  10. Recife - 5,4%

  11. Vitória - 5,39%

  12. Belém - 5,3%

  13. Campo Grande - 5,15%

  14. Curitiba - 4,72%

  15. Belo Horizonte - 4,66%

  16. Porto Alegre - 4,4%

  17. Goiânia - 4,24%

"Quero que o Estado penalize menos o consumidor", diz Tiago Correia sobre ICMS na Bahia
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

O deputado estadual, Tiago Correia (PSDB), comentou sobre a situação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na Bahia e afirmou que, durante o aumento nos preços da gasolina, sugeriu a diminuição da incidência do tributo. Segundo ele, a medida poderia reduzir a “penalização” do consumidor sem que a arrecadação do governo diminuísse. A declaração foi dada nesta segunda-feira (6), em entrevista ao Projeto Prisma, do Bahia Notícias.

 

“Com combustíveis o governo arrecadou R$ 5,2 bilhões em 2019. Em 2020, com o aumento da gasolina, mantendo a mesma alíquota, essa arrecadação saltou para mais de R$ 7 bilhões. A sugestão que eu dei foi para que reduzisse a alíquota e mantivesse a mesma arrecadação de R$ 5 bilhões. Todos os serviços ficam mais caros por conta do aumento da gasolina. Não é que eu queira que o estado arrecade menos, que ele mantenha a arrecadação, mas penalize menos o consumidor”, disse o Tiago Correia.

 

Questionado sobre a viabilidade do projeto, o deputado complementou que a medida seria possível pois não houve reajuste salarial dos servidores públicos durante o período, não aumentando, também, os gastos do governo do Estado.

 

“Os salários dos professores não aumentaram, os salários dos policiais não aumentaram, não houve aumento dos custos. Caso houvesse, com certeza eu acho que teria que acompanhar ou até manter um certo aumento para acompanhar a inflação, que é impactada pelo próprio aumento que ele está causando no combustível. Então se, por exemplo, ele aumentasse 10%, ele teria incremento de receita, mas ainda sim ele estaria longe dos R$ 7 bilhões que foram arrecadados de nosso bolso”, explicou Tiago Correia.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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