Tiganá Santana destaca importância do Ilê Aiyê para seu letramento racial: “ me formou”
Por Francis Juliano / Alexandre Brochado
O cantor, compositor, violonista e poeta brasileiro Tiganá Santana é uma das personalidades presentes na saída do Ilê Aiyê, que acontece neste sábado (18), na Senzala do Barro Preto, no bairro do Curuzu. Em entrevista ao Bahia Notícias, o artista destacou a importância do bloco afro para sua formação.
“O Ilê me formou, minha mãe [Arany Santana] é diretora do Ilê, meu letramento racial foi por meio do Ilê Ayê. Devo tudo ao Ilê. O Ilê Aiyê é um acontecimento de formação. O chamado movimento negro de conteporaneo, ou os movimentos que acontecem no Brasil, no caso da Bahia, começam com Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil. O Ilê consegue uma coisa extraordinária que é unir de uma maneira feliz, incontornável, estética e política, agenda política com arte, com maestria. Se hoje eu posso compor canções em línguas africanas, ser o primeiro compositor brasileiro a apresentar um álbum como intérprete com línguas africanas, eu devo ao Ilê Aiyê”, disse.
Sobre seus novos projetos, Tiganá falou sobre seu álbum que teve estreia no mês passado. “ ‘Iroko’foi lançado em streaming em 20 de janeiro, um álbum que fiz com o pianista cubano Omar Sosa. Começo 2023 com ele.”, citou.